Doze - Bingo

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Oi! Eu só queria agradecer pelos votinhos que vocês andam dando nos capítulos.
Eu sei que não são muitos que lêem, mas ainda assim fico muito agradecida :}
Beijos, Laro.

Depois da décima bolinha de papel arremessada na lixeira, Jaebum soltou um quase grito de frustração. A sua mente já não estava funcionando da melhor maneira, e ter que lidar com aquelas vozes irritantes não o ajudava em nada.

Já fazia alguns dias desde que a palavra intrigante o tivesse inspirado de uma maneira extremamente intensa e, mesmo assim, ele sentia dificuldade.

― O objetivo não era uma canção que não fosse de amor? ― Jihye disse. Ela estava com aquelas roupas de couro de sempre, dessa vez se deu o luxo de usar uma saia com algumas correntes penduradas e uma bota de cano curto e salto fino além da blusa decotada. Estava bonita, com aquele sorriso sugestivo no canto dos lábios.

― Não é uma canção de amor. ― Jaebum retrucou, arrancando uma folha com alguns versos soltos que ele não havia detestado por completo.

― Deixe-me afundar, ― Hyeon começou a ler ― indo fundo e mergulhando além. As ondas intrigantes que me afogam são as que mais me machucam.

― Era menos ridículo até você ler. ― JB bufou, envergonhado. Odiava quando liam suas letras ignorando o ritmo e a melodia por trás, porra, parecia a merda de um poema feito por um adolescente em uma aula de redação.

― Parece amor para mim. ― O espectro do bem falou. Jihye riu e cruzou os braços.

― Parece tesão para mim.

― Jihye! ― Hyeon protestou.

― Ah, fala sério! Você leu o verso que diz sobre os lábios dele? Jaebum está morrendo de vontade do garoto, pelo amor de Deus. ― Ela revirou os olhos, irritada.

― É errado, e você sabe. ― Hyeon manteve o tom cauteloso na voz enquanto JB massageava as próprias têmporas, sussurrando frases que poderiam dar continuidade na canção. ― Jackson é comprometido.

― Por tempo contado.

A frase fez Jaebum abrir os olhos e parar de pensar por um segundo. Aquele pensamento já rodeava sua mente há tempo, mas parecia absurdo demais confessar aquilo em voz alta, porque, de certa forma, ele ficava levemente esperançoso ao afirmar aquilo.

― Não. Começa. ― O espectro bom falou.

― O casamento daqueles dois não vai dar certo, Hyeon. Jinyoung pode ser super dependente do Jackson, mas isso não vai impedir ele de fugir daquilo. Além disso... ― Ela caminhou até atrás da cadeira que JB estava sentado e colocou as mãos em seus ombros, inclinou o corpo para deixar os lábios próximo da orelha do coreano e, conforme descia as mãos lentamente pelo tronco do cantor, sussurrou: ― Não seria melhor escrever uma música sobre experiências vividas? As mãos dele correndo pelo seu corpo enquanto você perde os sentidos lentamente... A respiração pesada no seu ouvido e o roçar das coxas... O que acha, Jaebummie? Ou devo dizer... Hyung?

― Chega! ― Jaebum esbravejou, levantando de maneira abrupta e espalmando as mãos na mesa, fazendo algumas folhas saltarem pelo impacto.

Uns toques suaves na porta do estúdio fizeram os espectros desaparecerem e um suspiro aliviado escapar dos lábios do coreano. Ele virou a cabeça para enxergar a cabeça de Jackson no vão da porta semi aberta.

― Jaebum-hyung? ― O chinês chama, cauteloso. O apelido fez com que os pêlos do coreano se arrepiassem e este precisou cerrar os punhos para lutar contra seus hormônios.

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