Capítulo 13 - Herdeiro

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A dança para mim era algo que me acalmava, com os movimentos eu me entregava ao ritmo sejá que qual fosse o instrumento. A hora em que eu me vestia, era como se eu estivesse em conexão com algo maior, algo que eu não sabia explicar. Queimava por dentro criando uma onda de energia. Exatamente, era assim que eu me sentia, como seu eu estivesse eliminando qualquer energia negativa, frustrações, tristeza, desapontamento. E me energizando do positivo. Eu me sentia linda, mesmo com pouca roupa ou joias, eu me sentia sexy, mesmo vestida. Eu me sentia completa!

Mesmo ele sentado a minha frente, eu fechei meus olhos e me dediquei  ao que eu amava fazer. Que era dançar. Eu estava sendo movida pela paixão dos movimentos e pela sensualidade que eu estava emanando. Sim! Eu podia confirmar isso, pois seus olhos não desgrudavam de mim, Raíd sequer piscava. Abandonei meu véu e me aproximei dele. O mais sensual que eu conseguia ser. Ele olhava, como se estivesse hipnotizado. Balancei meus quadris no ritmo Shimmie de frente para o seu rosto. O barulho das miçangas batendo umas nas outras era realizador. Desde que me casei, desde que o vi gloriosamente nu e maravilhoso na minha frente eu quis estar assim. Sem segredos! Mostrando a melhor parte de mim.

Me afastei e virei de costas. Ainda me movimentando no ritmo da música pude sentir sua presença atrás de mim. Raíd fez menção de me tocar, mas eu me virei. Ainda o olhando eu o puxei pela roupa e o trouxe lentamente até a cama.

Eu estava me sentindo devassa, eu estava me sentindo realizada!

Praticamente o joguei na cama ele deu uma risada gostosa. Senti uma imensa vontade de beija-lo. Mas eu não o faria. Eu estava no comando agora! Subi em cima da cama e comecei a mexer meus quadris intercalando com o meu busto no ritmo Shimmie. Pude sentir suas mãos subirem por minhas pernas levantando minha saia.

Fui me abaixando devagar e sentei bem em cima do seu membro que já estava apontando na calça. Meus seios ficaram na altura de seu rosto. Seus olhos não desgrudavam deles e eu os balançava chamando a sua atenção. Vi Raíd engolindo em seco e minha Deusa misteriosa vibrou. Voltei a balançar meus quadris. Raíd jogou a cabeça para trás, sim! Eu estava o exitando ao máximo. Eu queria deixa-lo louco de desejo e tesão. Eu queria tê-lo em minhas mãos.

Eu sabia que a música estava perto do final, então eu levantei. E fiquei a sua frente. Raíd levantou da cama, seus olhos estavam entorpecidos pelo desejo. Ele me queria, assim como eu também o queria. Quando a música finalmente acabou. Eu parei e o olhei. Eu estava ofegante, não só pelos movimentos que eu havia acabo de fazer, mas também pelo desejo que eu estava sentindo. Meu corpo queimava e eu podia sentir um formigamento lá em baixo.

Eu o queria... eu o queria muito! Mas hoje ele provaria do meu veneno. Eu não cederia!

Ficamos nos olhando por alguns segundos e antes que ele levantasse e tomasse uma atitude eu voltei para o closet. Tirei o véu do meu rosto. Eu estava começando a tirar a minha saia quando ele apareceu na porta.

_ Você já dançou para algum outro homem? _ Ele perguntou encostado na parede.

_ Não! _ Como ele pode pensar isso de mim? Eu me casei virgem. Ele se aproximou tão rápido que quando notei já estava encostada na porta do armário. Seu corpo estava tão colado ao meu, era como se fossemos um.

_ A partir de hoje você nunca irá dançar para nenhum outro homem. _ Ele olhava-me no fundo dos olhos, não era um pedido. Era uma ordem!

_ Você não manda em mim! _ Disso o olhando com a mesma intensidade. Sim! Eu não era mais aquela menina com medo do marido, eramos iguais e ele me trataria como tal. Ele sorriu ironicamente.

_ Eu sou marido, você tem que fazer o que eu mandar. Além disso, eu posso contar para todos, imaginem saberem que a princesa Maluf é uma odalisca.

A OdaliscaWhere stories live. Discover now