Peguem os lencinhos e se preparem para chorar kkkkkkkkk
Por Shakila
Depois de muito gritar, finalmente eu havia sido atendida. A mesma mulher que entrava no quarto para deixar a comida, veio me socorrer.
_ O que está acontecendo? _ Ela perguntou friamente. Ela me olhava com puro desdem e até nojo. Engoli em seco, limpando as lágrimas do meu rosto com as costas da minha mão.
_ Estou sangrando... _ Disse, mostrando as minhas mãos.
_ Você está de quanto tempo? _ Ela perguntou, cruzando os braços em meu peito.
_ Oito meses, ainda não está na hora. _ A mulher se aproximou e segurou em meu braço, logo começou a me puxar abruptamente em direção a porta.
_ Pra aonde está me levando? _ Perguntei, ainda chorosa.
_ Parece que seu bebê resolveu se adiantar... _ Saímos do meu quarto e começamos a andar por um enorme corredor. Eu podia ver a luz do sol entrando pelas longas janelas. Tiver que piscar meus olhos algumas vezes para eles se acostumarem com a claridade repentina. Depois de tanto tempo vivendo praticamente no escuro, agora eu estava sensível a luz. A mulher, que eu não sabia o nome, andava cada vez mais rápido. Minhas pernas começaram a tremer e uma dor dilacerante irrompeu-me, fazendo-me parar e soltar um grito de dor.
_ Yalla, Yalla. _ A mulher gritou, para que eu andasse mais depressa. _ Não quero que suje o chão da minha casa com o seu sangue. _ Ela segurou em meu braço novamente e me puxou com mais força, fazendo-me chorar.
_ Por favor! Para aonde está me levando? _ Choraminguei. Eu já estava perdida, de tantas passagens que havíamos entrado.
_ Quieta! _ Ela praguejou. Engoli em seco, engolindo também as minhas lágrimas. De longe eu avistei uma porta escura, de madeira. Ao nos aproximarmos, ela abriu, revelando um quarto enorme, com uma cama de casal com dossel, completamente confortável. O quarto também estava iluminado com luz de velas e ao longo havia enormes cortinas com um tecido pesado. Imagino eu que sejam as janelas. A mulher puxou-me em direção a cama e praticamente me jou na mesma. _ Tire essa roupa e deite-se. _ Ela ordenou. Logo depois ela andou até uma lareira, que ficava de frente para cama, para acender o fogo. O quarto era grande e apesar dos móveis antigos, era aconchegante. Porque eu não fiquei aqui desde o início?
Comecei a tirar as minhas roupas e aos pés da cama pude ver uma camisola branca de algodão. A peguei depressa e a coloquei, escondendo a minha nudez. Assim que sentei na cama, não pude conter o gemido de satisfação. Depois de dormir vários dias naquela completamente desconfortável, finalmente eu ia conseguir relaxar meu corpo cansado.
Entretanto, uma onda de cólica me atingiu, lembrando-me que eu não relaxaria tão cedo. Levei a mão ao meu ventre e puxei pequenas respirações, para conter a dor repentina.
_ Calma meu filho... por favor... não está na sua hora. _ Sussurrei, em uma prece, implorando a Allah, que não permitisse que acontecesse alguma coisa com meu filho.
_ Vou buscar água quente e a parteira. _ Disse a mulher saindo do quarto e me deixando sozinha novamente. Deitei na cama e tentei relaxar meu corpo. Mas era quase impossível. Eu estava tensa, com a possibilidade do meu filho nascer antes da hora e eu pudesse perde-lo. Um arrepio subiu pelo meu corpo juntamente com um tremor. Uma dor imensurável subiu-me novamente. Não consegui conter o grito. Lágrimas já vieram ao meus olhos, lágrimas de desespero e aflição.
_ Se acalme Shakila, vai ficar tudo bem _ Eu tentava repetir aquelas palavras de consolo para mim mesmo. Enquanto eu inspirava e expirava com força.
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A Odalisca
Любовные романыPLÁGIO É CRIME. Violar direito autoral da pena de detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. art. 3º da Lei nº. 9.610/98 Está é uma obra de ficção.Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer sem...