Por Shakila
Eu estava exausta, mas o meu peito estava preenchido de alivio e felicidade! Vendo Raíd, admirar o nosso filho, fruto do nosso amor em seus braços era um sentimento inexplicável. Ele me olhou, seus rosto lavado pelas lágrimas e um enorme sorriso em seus lábios, contagiando todos ao seu redor.
Ele se aproximou e me estendeu aquele pequeno bebê. Ele ainda estava sujo de sangue, do meu sangue. Mas ele era tão lindo, tão meu, tão nosso. Lágrimas desceram pelos meus olhos e tratei logo de limpa-las. Ele chorava, mesmo tão pequeno e indefeso, ele chorava com força.
_ Calma meu amor. Mamãe está aqui. _ Disse acariciando sua mãozinha pequena. Ele pareceu reconhecer a minha voz e foi se acalmando aos poucos. E pela primeira vez ele abriu seus olhos. E um sentimento de amor puro e sincero invadiu-me. Seus olhos, negros como os do pai, eram tão intensos assim como os deles. Meu coração disparou e um enorme sorriso surgiu em meus lábios.
_ Ele se parece muito com você habibi. _ Disse o olhando. Raíd ao meu lado, não desgrudava os olhos do filho, emocionado e orgulhoso.
_ Cubra ele, nós temos que sair. _ Disse Raíd, beijando a minha testa carinhosamente e em seguida. Ele foi na direção de Jamal. Enquanto eles conversavam, eu embrulhava meu bebê. Peguei o lençol ao meu lado e o partir ao meio com a mão, deixando um tamanho confortável para que eu pudesse carrega-lo. Depois de embrulhado e aquecido, meu pequeno bebê parou de chorar.
Raíd se aproximou novamente e uma ideia me surgiu.
_ Empresta-me seu turbante. _ Pedi. Ele mesmo sem entender, tirou o turbante e me estendeu. Amarrei as duas pontas, cruzando em minhas costas, fazendo um canguru e o coloquei dentro. Raíd sorriu ao ver a minha ideia.
_ Consegue andar? _ Ele perguntou carinhosamente.
_ Devagar, minhas pernas ainda tremem. _ Disse.
_ Então vou carregar você. Não podemos andar devagar. _ Ele disse e eu assenti. Raíd me levantou tão rápido me fazendo soltar um grito de surpresa. Coloquei uma mão atrás do seu pescoço para me segurar e a outra eu segurava o meu bebê, protegendo-o como um instinto.
_ Vamos. _ Assenti. Logo Jamal se posicionou a nossa frente com a adaga de Raíd nas mãos. Nunca vi eles caminharem tão rápido.
_ Sabe para aonde estão indo? _ Perguntei, vendo eles entrarem em vários corredores. Aquele lugar parecia um labirinto.
_ Estamos fazendo o mesmo caminho que entramos. _ Disse Raíd, atento, olhando tudo ao redor. Quando chegamos no final de um dos corredores, pude sentir o vento do deserto em meu rosto. O sol já estava se pondo e a temperatura já estava começando a cair. Meu queixo bateu e me abracei com força contra o peito de Raíd, protegendo o nosso bebê contra as rajadas de vento. Não demorou muito eu ouvi a porta de um carro abrindo e logo Raid me posicionou no banco de trás. Ele sentou ao meu lado e Jamal no banco do motorista.
_ Para aonde vamos? _ Perguntou Jamal.
_ Para o Hospital. Shakila e o bebê precisam de cuidados. _ Jamal assentiu e acelerou o carro.
Por Raíd
Era difícil de acreditar que aquilo estava acontecendo comigo. Finalmente eu havia a encontrado. Minha Shakila. E para a minha maior surpresa, eu havia feito o parto do meu filho. Meu herdeiro.
Agora, Shakila estava com a cabeça apoiada em meu ombro. Adormecida, com o meu filho em seus braços. Minhas mãos ainda estavam sujas de sangue e o meu coração ainda batia descompassado em meu peito. Mais o alivio que eu estava sentindo naquele momento era recompensador.
_ Chegamos Raíd. _ Disse Jamal.
_ Avise na recepção, já vou leva-la. _ Ele assentiu e saiu do quarto. Me mexi devagar, e acariciei seu rosto. Ela parecia abatida e até um pouco suja. Mas ainda continuava lindissima, com suas feições delicadas. Acariciei seu rosto devagar e chamei seu nome. Ela abriu olhos e se contemplou com aquele azul hipnotizante de seus olhos.
_ Vamos habibi. Você precisa de cuidados médicos. _ Ela assentiu. Saí do carro e a peguei em meus braços novamente. Quando entramos dentro do hospital, já estava toda uma equipe especializada esperando por eles.
_ Boa noite Principe Raíd. Sou Mohamad, chefe da equipe médica. _ O médico se apresentou, enquanto as enfermeiras verificavam os sinais vitais do bebê e de minha esposa.
_ Quero sigilo total de toda a sua equipe e do hospital, ninguém pode saber que minha esposa está aqui. _ Disse friamente, olhando atentamente para Shakila, que descansava na cama do hospital.
_ Sim senhor! _ Disse o médico.
_ E como ela está e o bebê? _ Perguntei, agora olhando-o.
_ O bebê está bem, apesar de prematuro. Ele ficara em torno de sete dias ainda no hospital em observação. _ O olhei e ele logo completou. _ Sua esposa está bem também. Apesar de está muito desidrata e com uma pequena infecção. Ela ficará bem. _ Soltei uma longa respiração de alivio. Allah, obrigado! Todos estão fora de perigo.
Logo uma enfermeira se aproximou e ele me deixou sozinho no quarto com a minha esposa. Shakila dormia tranquilamente. Quando Jamal entrou no quarto devagar.
_ Posso entrar? _ Ele peguntou e eu assenti. Ainda a olhando. _ Como ela está?_ Ele perguntou, ficando ao meu lado.
_ Fora de perigo. _ Disse com um suspiro.
_ Acho melhor você descansar Raíd! Tomar um banho, para quando ela acordar, você está bem para ela. _ Sorrir ironicamente.
_ Não vou sair de perto dela, nunca mais. _ Disse firmemente.
_ Então ela ficará enjoada de você rapidinho. _ Ele brincou. Me virei e o olhei. _ Jamal, eu nem não sei como te agradecer por tudo o que você fez por mim e por ela. Pela minha familia. _ Coloquei a mão em seu ombro e senti as lágrimas virem aos meus olhos, eu estava abrindo o meu coração. _ Muito obrigada irmão! Sem você ao meu lado, eu saberia se eu teria conseguido encontrar a minha familia. _ Eu já estava com a voz embargada de emoção. E antes que eu chorasse ele me puxou e me abraçou.
_ Mesmo você não sendo meu irmão de sangue, tu és meu irmão de alma. _ Ainda com os olhos embargados, agradeci novamente.
_ Vá para a o Palácio. Avise a todos que estamos bem. E certifique-se que Zayn esteja preso. _ Ele assentiu e saiu. Me deixando sozinho com ela novamente.
Sentei nos pés da cama e segurei em sua mão. Sua pele estava quente e convidativa. Totalmente diferente de como a encontrei. Acariciei sua mão devagar e a peguei levando até os meus lábios em um beijo casto.
_ Eu te amo meu amor. _ Sussurrei a olhando.
Desculpe a demora meninas!
Essa semana sai capítulo de novo para vocês, quem sabe o grande final também. rsrsrs
Outra coisa.
Eu vou CASAR *-*
Isso mesmo, e eu tenho um mês para resolver tudo e organizar a festa. Então talvez eu fique um pouco sumida aqui do wattpad esse mês novembro. Porque a louca aqui tem 1 mês para organizar tudo kkkk
enfim!
Mas antes de tirar o meu 1 mês de folga. Eu vou publicar o final de a Odalisca ok?
Mil beijos meninas.
obrigada por me acompanhem.
YOU ARE READING
A Odalisca
RomancePLÁGIO É CRIME. Violar direito autoral da pena de detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa. art. 3º da Lei nº. 9.610/98 Está é uma obra de ficção.Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer sem...