Seja forte, aja como um alfa

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Era possível sentir a dor, seus gritos traziam agonias para qualquer um. Enquanto mais implorava por ajuda, por misericórdia, mas riam de desespero.

- Isso… mostre para ele quem manda. - O homem falava com gosto na voz, era prazeroso ver o medo no olhar do menor amarrado por correntes e com o corpo cercado de seu próprio sangue. - Veja, é isso que você merece, ninguém passa por cima das minhas ordens.

Sua satisfação era quase palpável, e o sorriso macabro mostrava o quão prazerosa aquela cena poderia ser para ele.

Ele piscou e sorriu assim que viu um de seus homens puxar com força o cabelo do menor.

- Calma, ele continua sendo apenas um ômega indefeso. - Ele levantou de sua cadeira, e seguiu em passos lentos até o ômega. - Você possui um belo corpo, seus lábios parecem macios e deliciosos… Mas sabe, eu não estou muito a fim de brincar. - Ele voltou a andar e seguiu para a saída daquela sala que fedia a puro sangue. Antes de sair do local, falou: - Façam o que quiserem.

Os alfas dentro daquela sala vibraram de prazer e satisfação. Eles teriam um ômega apenas para eles, com toda certeza, iriam fazer o que bem entendessem com o indefeso ômega.

A porta se fechou e o grito do jovem pode ser ouvido por todo aquele corredor.

Seja forte quando precisa ser, seja mal quando deve ser.

As palavras não fazem sentidos para quem busca um pouco de coerência na vida, e algumas ações fazem questão de embaralhar pensamentos de jovens e crianças. E para ele, era isso, suas ações só fazem sentidos apenas para ele. Nada mais importa…

Quando finalmente chegou ao seu destino, pode sentir o cheiro que tanto lhe agradava. Ele abriu a porta, e se permitiu sorrir.

- Cadê meu garoto? - Perguntou olhando para o menino na faixa etária de oito anos de idade, que sorriu ao ver o pai.

- Appa…! - O pequeno correu em direção ao homem abraçando suas pernas. - O senhor demorou!

Ele sorriu, era bom ver como seu menino estava crescendo. Algum dia, ele herdaria todo aquele reino, e seria bom, pois ele estava sendo ensinado por ele. Nada mudaria seus planos.

- Desculpa Jongin, mas você sabe que eu estava ocupado. - Disse repousando a mão na cabeça do menor e fazendo carinho. - Agora, já terminou de brincar. - O menor respondeu um "sim" com um leve balançar de cabeça. - Então, vamos treinar.

- Outra vez? - Perguntou encarando o pai com uma expressão decepcionada.

- Sim, pois você sabe muito bem, que um dia, você herdará tudo isso. E sabe, que deverá ser um ótimo líder.

Nada mais foi dito, apenas os brinquedos foram guardados. E logo, ambos saíram da sala, seguindo para a ala de treinamento.

Criança brinca, não mata! Ela não deve saber o que é isso, não deve saber que algo cortante é capaz de arrancar uma alma de um corpo. Uma criança, deve conhecer brinquedos e saber qual dor sente-se quando ralar o joelho após uma sessão de correria. Uma criança de oito anos, não precisa saber como deve segurar uma arma, ou como é a melhor maneira de atirar no crânio de alguém a quilômetros.

- Jongin, seja mais rápido! Você acha que seu inimigo vai esperar você respirar antes de matar você?! - Jongin negou, seu corpo pedia por uma pausa. Mas seu pai, não queria oferecer nem sequer, cinco minutos de descanso.

Ele continuou movendo o corpo com cuidado e muita atenção, sabia muito bem que qualquer passo errado, ocasionará um erro. Ele não quer errar, não quer que o pai veja seu erro.

Escolhas (KaiSoo - ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora