O futuro é incerto

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O que fazer quando nossa mente se perde? É comum, de fato, isso acontecer e muitas vezes acabam nos deixando em completa confusão. Mas, e quando você é uma pequena criaturinha e não tem força nem para andar ou sentir-se firme quando seus pequenos pés se pousam sobre o chão?

—  Não fique assim. —  As ninfas em volta tentavam ao máximo animar o pequeno ser, mas nada nem ninguém, apagava os segundos mais torturantes de sua vida. —  Haly, por favor, não permaneça assim. Devemos avisar a vovó Jung, o mais rápido possível.

Era claro que eles estavam desesperados. Não esperavam que uma tarde calma fosse acabar em matança. 

—  Precisamos mandar alguém lá, o mais rápido possível. A vovó deve nos ajudar a impedir ela. —  O desespero poderia ser visível em todos os rostos delicados, e doía saber que o futuro estava destinado à conflito e incertezas. —  Apenas ela poderá nos ajudar.

— Eu vou! — A determinação em seus olhos era tanta, que mostrava um lado corajoso que apenas Haly tinha. — Eu vou encontrá-la.

— Mas, e o garoto, filho de Park Chanyeol? — Uma das ninfas lembrou. — Não podemos, em hipótese alguma, deixar que ela coloque as mãos no menino. 

— Então, eu preciso ir atrás dele. — Haly juntou as mãos, e direcionou elas a boca e logo em seguida pode ser ouvido um lindo som que a pequena criatura fazia com a boca. Não demorou muito, e uma linda águia pousou ao seu lado. — Eu prometo que as mortes de nossos amigos não serão em vão, a feiticeira do fogo será destruída! 

E assim, ela partiu. Mesmo estando com medo e tendo um grande receio de sair de sua casa, ela não desistiria tão fácil. Ela viu cada maldito segundo que passou e a feiticeira do fogo se aproveitando para tirar a vida das pequenas criaturas. Cada cena estava mais do que gravada em sua mente. Ela vingaria aquelas mortes, mesmo sendo pequena, sua determinação e coragem eram maiores do que podia se imaginar. 

(...)

Seus pés tocavam com firmeza o chão frio. Em seus lindos olhos era visível o desespero, e olhando aquela cena, o jovem sentia-se tonto a cada momento que passava.

Não poderia ser possível aquilo que seus olhos estavam vendo.

— Criaturas malditas! — As crianças encolhiam-se com medo. — O que vocês querem? 

Kyungsoo apertou seus punhos e por um momento teve a enorme vontade de ir embora daquele lugar desconhecido.

— Pare… — Sussurrou. — Por favor, não machuque essas crianças. — Mas sua voz não era ouvida, ele estava vendo, mas ninguém o via ou sequer o ouvia. — Eles são crianças. — Os homens olhavam para as crianças com raiva, e isso apertou o pobre coração do ômega.

E antes que pudesse dar um passo, seus olhos se abriram revelando seu quarto.

— Bom dia Kyung! —O sorriso de seu irmão o trouxe de volta a realidade. — Você está bem? Parece meio assustado. 

— Eu estou bem. — Kyungsoo respondeu e respirou fundo ao sentir seu coração bater freneticamente quando lembrou-se da forma que as crianças estavam sendo tratadas. — Você já arrumou minhas coisas?

Kyungsoo levantou de sua cama, e aproximou-se de seu irmão, Jungkook prontamente abriu os braços para receber o irmão e dá-lhe um doce beijo na testa. 

— Você estava tendo um pesadelo? — Kyungsoo negou. — Você vai mesmo mentir pra mim?

— Tive um sonho muito estranho, não sei explicar. — Ele suspirou profundamente e sentiu seu coração apertar em seu peito com as lembranças do sonho. — Mas, que bom que acabou.

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