Destino... Pode brincar!

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— Você não deveria ter feito isso! — Os guardas permaneciam com a cabeça voltada para o chão. Eles não sabiam se deviam permanecer no local e como não receberam ordem para saírem do local, permaneceram no mesmo lugar. — Você ao menos cogitou a ideia... Meu pai, não esqueça que ele ainda é seu filho, meu irmão.

Os destroços estavam por todos os lados, e o cheiro insuportável de sangue incomodava cada indivíduo que estava no local.

— Eu nunca esquecerei isso, mas eu dei a ele uma chance. — O rei olhou para o corpo ensanguentado do filho, seu peito doía, mas algo, uma vontade o forçava a ir contra seu instinto paternal. Ele precisava acabar com o Park, seu filho.

— Eu vou matar o ômega. — Um baixo gemido deixou os lábios de Chanyeol, e uma lágrima caía por seu rosto. — Não existe necessidade de fazer isso.

O príncipe não recebeu resposta de seu pai, mesmo assim estava esperançoso que seu pai mudasse antes que fizesse qualquer loucura. Embora Chanyeol tivesse feito o que fez, o príncipe tentava entendê-lo, e seu carinho por Chanyeol estava consumindo-o, pois ele sabia muito bem que seu pai não era piedoso.

— O que está feito... — Ele andou com passos firmes até o filho. — Está feito. Não somos deuses para mudar o futuro ou passado, temos que viver o presente. — O rei levantou o rosto do filho para que ele olhasse em seus olhos. — Eu ainda consigo lembrar de você e Namjoon correndo pelo castelo, não sabe como isso me deixa feliz, mas são apenas lembranças, essas que nunca mais voltarão. Sabe meu filho, eu sempre achei que um dia, você e seu irmão seriam grandes governantes, mas pelo que pude ver, ambos são fracos demais.

Chanyeol sentiu seu corpo doer, aos poucos seu coração se apertava com toda situação. Ele não sabia o que havia acontecido com seu ômega ou com seu filho, mas tinha esperanças que ambos estavam bem.

— Namjoon, vá atrás do ômega e me traga aquela maldita criança, de preferência, vivo. Eu quero poder ver meu segundo neto. — Namjoon sentiu um frio em sua espinha. — Você não me ouviu? Ande, pegue a quantidade de guardas que precisar, me traga ele. — O rei agachou-se perto do filho e passou a mão levemente em seus fios. — Você sempre foi como um tesouro para mim, sabia? Nunca pensei que você pudesse me dar esse desgosto meu filho... Logo você. — Ele puxou os fios de Chanyeol e recebeu um gemido de dor logo em seguida. — Mas, eu deveria me lembrar que as pessoas são traiçoeiras, até meus melhores amigos podem se voltar contra mim e me apunhalar pelas costas. — Namjoon apertou os dedos contra sua palma, ele amava o irmão e sabia muito bem do que seu pai era capaz. — E você. — Olhou para o príncipe. — Faça o que eu mandei.

Assim fez. Mesmo sentindo seu coração falhar uma batida, mesmo sua respiração ficando pesada... Ele saiu dali.

— Você poderia ter escolhido a nós, por que você escolheu eles? Por quê? — Perguntava para si mesmo enquanto se afastava. — Você é meu irmão, faz parte da minha família. Chanyeol... Irmão...

Assim o príncipe seguiu seu caminho indo atrás do príncipe da nação da água. Ele acharia Baekhyun, acabaria com ele... " Por sua culpa meu irmão está passando por isso, você deveria ter continuado na sua nação e não deveria ter se envolvido na minha família!" Esses pensamentos consumiram o príncipe de raiva. Seu único irmão... O único. Ele tinha certeza que seu pai não perdoaria o que seu irmão tinha feito, por isso temia o pior e colocava a culpa toda em Baekhyun.

— Me diga Chanyeol... Por quanto tempo você acha que pode suportar? — O rei perguntou assim que notou que seu filho estava perdendo as forças. — Quão tolo você pode ser? Ela levou praticamente toda sua força. E ainda sim, você prefere se sacrificar para deixar aquele demônio vivo...

Escolhas (KaiSoo - ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora