Começando as perdas e ganhas

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Kyungsoo sentia seus ombros mais leves e sua cabeça doer levemente devido ao choro de alguns instantes atrás. Mas, sentia-se bem, talvez, melhor do que nunca.

Todavia, ainda tinha algumas coisas que ele queria saber: Por que Seokjin nunca lhe contou a verdade? Por que a feiticeira quer tanto ele? E acima de tudo, por que seus pais tiveram que morrer?

— Kyungsoo? — O ômega olhou para trás e encontrou os olhos curiosos do príncipe do fogo. — Você está bem?

O sorriso singelo do ômega fez brotar um nos lábios do príncipe. Ele estava preocupado devido a demora para Kyungsoo abrir os olhos.

— Sim, estou. — Kyungsoo não esperou e abraçou Jongin. Ele precisava disso. Mais do que nunca precisava se sentir protegido, e Jongin era a pessoa perfeita para transmitir essa segurança e paz.

— Você tem certeza?

— Sim. — Embora a imagem do rosto de Chanyeol ainda reinasse em sua mente, ele se sentia melhor. — Agora, que tal treinarmos?

— Você tem certeza?

— Jongin! — Kyungsoo suspirou. — Se estou falando, é porque eu tenho certeza.

— Eu me preocupo.

— E eu agradeço, mas eu preciso treinar, não é? — Jongin assentiu levemente. — Eu não sei qual o grau da situação que estamos, mas eu sei que preciso treinar e você será o responsável por mim. Você irá cuidar de mim, não é?

— Para sempre...

(...)

Ele tentou, mas falhou miseravelmente. Infelizmente, ele não pôde com ela; traiçoeira, cada segundo foi ocorrendo conforme ela havia planejado.

— Você deveria saber que comigo não se brinca. — Sua voz ganhava cada vez mais espaço. — Entrar no castelo e fingir ser alguém que não é, foi realmente bastante inteligente. Bom, digamos que eu não desconfiava que você era descendente do ar, e ainda é a pessoa que me causou tanta frustração nesses anos todos. Seokjin, é impossível impedir o que deve acontecer...

O castelo encontrava-se silencioso, os empregados ou guardas, não estavam por nenhum canto. O silêncio reinava. Porém, ainda tinha alguém ali; seu corpo estava estático e seus olhos parados olhando fixamente para o chão.

— Nunca imaginei que fosse ser tão fácil controlar você. — O sorriso satisfeito era grande em seu rosto, em seus olhos estavam a satisfação de fazer aquilo. — Esse foi seu pior erro Namjoon: amar alguém. Eu sei, sei bem como é a sensação de amar alguém e não poder fazer nada quando essa pessoa está em perigo ou quando está morrendo em seus braços... É difícil.

— So-solta ele... — A voz do ômega saia com dificuldade, seu corpo inteiro doía.

— Soltar? Soltar? Desculpe Seokjin, mas isso não acontecerá tão cedo, não enquanto eu não tiver Kyungsoo nas minhas mãos. — Seokjin sentia seu estômago embrulhar, estava um pouco enjoado e a leve verigem que sentia de minutos em minutos, não ajudavam para manter-se firme. — Você não sabe quando tempo eu esperei por isso, quantas encarnações eu tive que viver em busca de alguém que nem sequer eu sabia que poderia existir! Então, não Seokjin, não irei soltar o Namjoon e farei o impossível para ter Kyungsoo.

— Não ouse tocar no meu filho! — Mesmo fraco, Seokjin não deixaria que nada acontecesse com seu filho. — Eu acabo com você.

Ela se aproximou tão rápido como o vento, que Seokjin não teve tempo para escapar de sua mão antes que agarrasse seu pescoço.

— Não Seokjin... Kyungsoo não é seu filho e você sabe disso. — O aperto que antes era leve, começou a ficar mais forte. — O único filho que pertence a você é esse que você carrega no ventre, que por sinal talvez nem sequer nasça.

Escolhas (KaiSoo - ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora