Escolhas (KaiSoo - ABO)

A hora está chegando

Alguns dias depois

 O sol invadia o quarto, as cortinas dançavam conforme o vento. 

Seu corpo estava pesado, e sentia como se tivesse acabado de sair de uma guerra. Seus ouvidos estavam incomodados com o som das cortinas, mas não tinha vontade alguma de levantar e fechar as mesmas.

— Pelos deuses. — Se remexeu em meio aos lençóis. — Todo meu corpo … — Gemeu de dor após tentar mexer as pernas. — Nossa, parece que minha alma vai ser arrancada.

— Senhor Seokjin? — O ômega olhou na direção que a voz vinha e se deparou com uma linda beta. — Eu sou Haru, o senhor Namjoon mandou eu lhe trazer seu café da manhã.

— Namjoon? — A beta sorriu gentilmente e se aproximou do ômega com uma bandeja. — Não, isso não é necessário. Eu devo comer junto aos outros, não na cama.

— Desculpe-me, mas eu recebi ordens do rei para trazer algo para você comer. — Ela colocou a bandeja sobre as pernas do ômega e sorriu. — Eu irei preparar seu banho e logo irei me retirar.

— O quê? Não, você não irá preparar nada. — Seokjin ajeitou se sobre a cama e tocou a mão da Beta. — Me ajude a comer, sim? 

— Mas senhor, eu não devo.

— Deve e vai, então não se preocupe. — Seokjin sorriu e puxou Haru para junto de si. O ômega sabia que a beta deveria ter na faixa etária de quatoze anos, o que deixou seu coração apertado. — Coma a vontade, está bem?

O coração do ômega estava apertado, e se perguntava várias vezes como alguém teria coragem de colocar alguém tão jovem para fazer alguns afazeres. Em sua mente, Haru deveria estar brincando e aprendendo com a vida.

— Haru. — Seokjin chamou a mais nova.  — Onde estão seus pais?

Ela pareceu meio receosa em falar algo, mas largou o bolinho de sua mão e suspirou.

— Eu não sei. Para ser sincera, eu nunca os conheci. — Seokjin queria chorar. — Eu fui deixada em frente ao castelo quando eu era um bebê, o senhor Jongin me encontrou. — Um sorriso doce e gentil tomou conta dos lábios da beta. — Eu fui criada pelos empregados, mas o príncipe, sempre que podia estava comigo. 

— Entendo. Jongin é um ótimo rapaz, e com certeza será um rei excelente.— Seokjin e Haru escutaram batidas na porta e rapidamente a beta desceu da cama e limpou a boca que estava um pouco suja. — Entre.

— Com licença. — Uma senhora passou pela porta e em suas mãos algumas veste. — Jovem Seokjin, o senhor Namjoon pediu para que trouxesse essas roupas para você.

— Quê?

— Agora eu preciso ir, tenho muitos afazeres. E Haru, volte para ajudar. — A beta assentiu.

— Desculpe, mas você pode me falar onde Namjoon está?

— No escritório. — Seokjin agradeceu e logo ele encontrou se sozinho. 

— Por que você está querendo me agradar, Namjoon?

(...)

— Sinceramente, você deveria colocar um pouco mais de esforço, não acha? — Kyungsoo suspirou pela milésima vez apenas naquela manhã. O ômega estava cansado e começava a se perguntar que mal tinha feito. — Kyung, eu já disse que controlar a água é fácil, mas você precisa se concentrar.

— Certo. Minseok, agora me diga como farei isso se não sei quando vem a água ou o fogo. — Seus braços se cruzaram e um bico se formou. — Não é fácil, sabia?