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(POV) Narrador.

Após Lauren sair para sua casa, Camila se sentou no sofá analisando toda a situação. Pensando em como seria possível Matthew tomar tal atitude; chantagear Lauren para que ela ficasse longe da mesma.

Nunca havia passado tal possibilidade em sua cabeça e algumas coisas pareciam ter mais sentido, como: a implicância de Taylor com o mesmo e o ódio mortal de Dinah sobre a tal Lucy, os avisos e alertas que Norminah soltavam sobre Lucy ser perigosa.

A mesma negou com a cabeça e se pôs de pé caminhando até a cozinha onde não encontrou ninguém, caminhou até a geladeira abrindo a mesma e pegando a bandeja de morangos e o pote de creme de avelã e sentou-se junto a bancada, era uma das formas que Camila vencia as sensações de ansiedade.

Já Lauren, chegou em casa mais leve do que imaginava estar, ter exposto todo o seu lado, tudo o que ela guardava e todos os seus motivos lhe causou alívio. A mesma caminhou até a cozinha e abriu o congelador pegando uma lasanha à bolonhesa e caminhando até o micro-ondas.

Lauren sentiu fome, sentiu sua mente e seu corpo leve, pois já havia meses em cima de meses que a mesma não se sentia em paz.

Paz.

Era o que Lauren almejava a um tempo. Lauren estava com fome e vontade de assistir televisão, ao ouvir bip do micro-ondas a mesma andou até a cozinha, pegou sua lasanha e voltou a sala. Ela ligou a televisão e passava: Encantada.

Lauren não era lá o tipo de pessoa que se interessava por filmes de contos de fada, mas uma coisa havia lhe chamado a atenção no filme: a realidade.

O fato de uma princesa ter que lidar com a realidade; o fato de o amor não ser encantado e sim complicado.

(POV) Lauren.

Enquanto assistia o filme e comia minha lasanha, senti meu corpo relaxar mais que nunca, de verdade, eu nem estava prestando tanta atenção assim no filme, apenas no sabor da lasanha.

A mais de meses eu não me sentia tão livre, leve e em paz. Acho que de alguma forma eu só precisava sentar e contar tudo o que havia acontecido de forma clara para Camila.

A verdade.

Sempre ouvi dizer que a verdade sempre reina, sempre aparece.

Olhei a casa em volta e reparei o tanto que era grande somente para uma moradora. Acho que se eu comprasse um apartamento melhor e alugasse a mansão, não seria tão mal, por mais que eu estivesse acostumada com todo o processo de segurança, meu espaço, estava na hora de mudar e afinal a mansão sempre seria minha.

Levantei-me e caminhei até o escritório pegando meu velho notebook e ligando o mesmo. Voltei a me sentar no sofá.

Abri a janela de pesquisas e fui atrás de alguns apartamentos a venda e já de cara um deles me chamou total atenção. Pesquisei sobre o bairro e sobre as coisas que me interessavam no condomínio.

O bairro era tranquilo e próximo a casa da minha mãe, o condomínio era espaço e haviam duas garagens; o que me deixou um tanto tranquila.

Peguei em cima da mesinha de centro o bloco de notas que eu havia deixado a uns dias e anotei o endereço, logo pela manhã eu iria até lá para ver o apartamento.

(...)

10:37.

Ouvi um barulho de gente caminhando pela casa e abri os olhos, ergui a cabeça pra olhar por cima do sofá e vi Sinuhe com uma vassoura na mão e um pano nos ombros.

Me sentei e olhei a mesinha de centro. Limpa. Sem o pote sujo de lasanha e sem meu computador, somente o bloco de notas estava a mesa.

–Ah, bom dia Lauren! — Ouvi a voz calma de Sinu.

TUDO de uma VEZ. (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora