Capítulo 4 - Assassinato

1.5K 169 56
                                    


N/A: Gente se tiver erros e tals, me perdoem. Estou no final do semestre da facul, então to meio corrida. Então eu coloquei que Katarina era delegada(doida), mas ela é detetive. Já mudei. Só isso mesmo. Amo vocês <3



-Querida eu amo você, mas acho melhor tomar seu vinho. – Jayce pegou a garrafa em minha mão. – Você não tem muita tolerância para bebida. – Rolei os olhos e me deitei no tapete. – Você precisa de umas férias.

-Todo mundo fica me dizendo isso. – O teto estava rodando. Jayce e eu morávamos juntos, ele me ajudava com Alice.

-Ouvi a porta batendo de madrugada... Você e aquela detetive... – Ele bebeu o vinho direto da garrafa, me olhando com pena.

-É legal, aquela sensação de ódio e tesão. Eu a mataria sem pensar, mas não faço... Sabe? – Cobri o rosto e me sentei. – O sexo é bom também...

-Tensão sexual. – Ele deu uma piscadela. O silencio se instalou por algum tempo até que Jayce o quebrou. – Seu irmão está mesmo vindo...

-A gente trabalha muito, Alice precisa de companhia. Não posso deixa-la na casa dos meus pais todos os dias assim... – Finalmente entendi sua pergunta, por conta de seu sorriso sacana. O chutei. – Que nojo.

-Ele é um gato Samanta... – Tomei a garrafa de sua mão e dei um gole na bebida.

-Eu sei. – Dei de ombros. – Jay eu ainda sinto aquele frio na barriga.... – Não precisei citar seu nome para que ele soubesse de quem eu estava falando. Ele se aproximou, ficando ao meu lado. Estávamos escorados no sofá. Me levantei e caminhei até o aparelho de som, colocando sua música.

"Bitches Broken Hearts"

Jayce jogou a cabeça para trás rindo. Acompanhei sua risada, começando a cantar junto com a música.

-You can pretend you don't miss me. (Você pode fingir que não sente minha falta). – Cantei dançando no ritmo. – You can pretend you don't care (Você pode fingir que não se importa) – Continuei. – All you wanna do is kiss me (Tudo o que você quer fazer é me beijar) – Eu estava gritando a música. Jayce se levantou e cantou comigo o restante, segurando em minha mão.

-Tem alguém na porta. – Eu estava imersa na música, mas Jayce me sacudiu. Rolei os olhos e a abaixei, caminhando saltitante para a porta. Abri a porta de uma vez, vendo Billie do outro lado. Meu sorriso sumiu. Eu estava ofegante.

-Que bom que curte minha música. – Ela enfiou as mãos nos bolsos e sorriu. Meu rosto estava vermelho. – Posso? – Percebi que estávamos nos encarando, paradas na porta. Assenti e a deixei entrar, me sentindo uma idiota.

-Eu adoro sua música. – Jayce sorriu, pegando a garrafa de vinho e caminhando em direção ao corredor. – Tenho que pegar um negocio ali... – Ele nem se deu ao trabalho de continuar a mentira. Desliguei a música e me sentei no sofá

-Aconteceu alguma coisa? – Eu estava tentando me recuperar. Não estava a esperando, nem nos sonhos.

-Jessica me mandou algumas mensagens ofensivas, eu estava olhando o local de um show. Disseram que ela apareceu no meu apartamento, exigindo subir. Fez um escândalo e depois foi embora quando alguém ligou pra ela. – Billie sentou-se ao meu lado. – Acho que tem alguma coisa acontecendo. – Ela tirou seu celular do bolso do colete. Ela suspirou. – Me mandou uma localização, faz uma hora. – Billie estendeu o celular, me fazendo pega-lo.

-É um galpão no subúrbio da cidade. – Analisei bem o loca. – Vou chamar a policia e falar o que está acontecendo.

-Samanta. – Jayce se aproximou, ele estava com meu celular em mãos. – Jessica tirou as acusações, mas nem sequer ficou para receber as acusações... – Ele me entregou o telefone. Katarina estava me ligando desenfreadamente. Atendi.

-Jessica está morta, onde sua cliente está?

-Na minha casa. – Eu disse pacificamente. – Ela veio assim que recebeu ameaças e uma suposta localização dela...

-Eu espero que seja verdade senhorita Becker. – Engoli em seco. – As acusações de estupro foram retiradas. – Ela tinha desgosto no tom de voz. – A intimação de depoimento logo vai chegar aí Becker.

-Aguardando Moralles. – Desliguei o telefone, sentindo uma onda de ódio me percorrer. Levantei e andei em círculos. – Vadia do caralho.

-Jarro do OPA. – Jayce se aproximou com aquela droga de vaso. Rolei os olhos e resgatei minha carteira da mesinha de centro, colocando moedas ali no jarro. Billie nos observava, confusa.

-Vou enfiar esse jarro no seu...

-O que está acontecendo? – Billie me interrompeu.

-Jessica está morta. – Eu disse, simples. Billie arregalou os olhos e colocou a mão na boca. Parecia ter levado um murro. Ela teve que sentar, parecia que cairia. Me sentei ao seu lado e a abracei de lado. – Eu vou dar um jeito nisso. – Billie colocou a mão no rosto. Acariciei suas costas, tentando conforta-la.

-De novo. – Eu pedi para que Billie repetisse seu depoimento mais uma vez. Estávamos em meu escritório. Minha secretária entrou, desesperada, junto com Jayce. Em seu encalço Katarina entrava com policiais.

- Billie Eilish Pirate Baird O'Connell você está presa pelo assassinato de Jessica Elizabeth Virtzus. Você tem o direito de permanecer calada, tudo o que disser poderá ser usado contra você num tribunal. – Respirei fundo, vendo Billie me olhar confusa.

-Baseado em que? – Caminhei até Katarina cruzando os braços.

-Arma do crime foi encontrada no carro da sua cliente. Os legistas confirmaram. A promotoria está fazendo a acusação. – Meu estomago se revirou. Billie se levantou e ficou ao meu lado.

-Não fala absolutamente nada sem minha presença, vou conseguir liberdade durante o julgamento. – Segurei nas mãos de Billie, pude ver Katarina revirar os olhos. – Isso tudo é sem cabimento. – O policial se aproximou com algemas. – Não precisa disso e vocês sabem. Ela não vai resistir.

-Tá, tanto faz, mas ela vai comigo. – Cerrei os olhos. Billie estava sendo escoltada. Caminhei até Jayce.

-Vai com ela, não fala nada. Vou conseguir a liberdade provisória.

-Isso costuma demorar.

-Não demora se for eu quem pedir. – Eu disse baixo. – Garante que Katarina não converse com ela.

Tirei o cabelo de seu rosto e acariciei suas bochechas.

-Eu não estou mais aguentando isso. – Ela suspirou. – Acho que já chega.

-Eu já montei a defesa, você só precisa responder as perguntas e convencer o júri. Vou tentar um induto, apesar de ser um assassinato não foi qualificado... Então não é hediondo.

-Samanta eu não estou entendendo nada, você fala, fala e eu simplesmente não entendo. – Suspirei e assenti.

-Induto é uma forma de te inocentar. Crimes hediondos não tem essa possibilidade. O promotor queria tornar o rime hediondo para que eu não pudesse pedir induto, mas o juiz não aceitou a acusação de hediondo apenas assassinato simples. – Segurei em suas mãos.

Durante esses quinze dias de espera Billie e eu nos víamos todos os dias, sem exceção. Ficar tão próxima assim dela estava me deixando mais do que confusa. Apesar da tristeza Billie ainda era a mesma. Brincava com Alice, ela era adorável com crianças, sempre achava algum jeito de me fazer rir. Eu estava apreensiva. Em todos os casos, que não eram poucos, eu tive plena certeza de vitória. Os que eu não venci, poucos, foram recorridos e eu consegui contornar. Eu teria que ser brilhante no tribunal, ou eu deixaria uma pessoa tão importante apodrecer atrás das grades. A mídia estava especulando e acusando, o que não favorecia nosso lado. Apesar dos pronunciamentos feitos, a contragosto, por Billie as coisas ainda estavam tensas. Estava chegando o dia do julgamento, Billie estava exausta de tanta coisa.

Eu sentia falta da época que nossos problemas eram por ciúmes e imaturidade.

O azul dos teus olhos - pt. 2 - Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora