C.14

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Viro para Wendy que permanece todo o caminho em silêncio

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Viro para Wendy que permanece todo o caminho em silêncio. Abro a boca três vezes e fecho, por fim desisto de puxar assunto.

- Pergunta – ela diz, bato os dedos no volante e a olho confuso – Pergunta o que tem para perguntar!

- Quem disse que eu quero perguntar alguma coisa?

- Seu olhar diz isso – permaneço em silêncio, é claro que eu queria saber do que se tratava quando a vi duas vezes no telefone e depois chutando as coisas.

- O que aconteceu para ficar alterada duas vezes hoje? – digo por fim sem esperanças de ser respondido. Wendy era muito fechada para falar essas coisas, ainda mais comigo.

- Ariella – diz encarando a estrada – Não vem ao caso agora contar toda a história, porém eu tenho muita raiva da dona desse nome.

- Era sua amiga? – questiono aproveitando que ela se ''abriu'' um pouco e ela confirma – Entendi.

- Onde está me levando? – pergunta se ajeitando no banco e mudando de assunto – Está me sequestrando?

- Quem iria querer te sequestrar Wendy? Você pode ser mandona e estressada quando quer – ela fecha a cara e não aguento, começo a rir e ela me fuzila com o olhar.

- Cuidado para eu não arrebentar essa sua carinha bonita Nicholas.

- Ah então eu tenho uma cara bonita? Admite isso Wendy? Que me acha bonito? – viro-me para encara-la que fica vermelha na hora. Nunca a tinha visto constrangida, ela se remexe e tosse voltando ao normal.

- Você é bonito que nem aquelas geladeiras prata, grandona que sai água na porta – começo a rir com a comparação e ela ri junto comigo.

- Você deveria rir mais, tem um sorriso muito bonito – ela arqueia as sobrancelhas, mas não diz nada – Chegamos.

Estaciono o carro no estacionamento da academia apagada e saio dele abrindo a porta para ela.

- Alguém sabe ser cavalheiro quando quer né – diz sarcástica e dou ombros a conduzindo para dentro. Pego a chave no bolso e abro a porta de vidro. Acendo as luzes e ela observa tudo em volta surpresa.

- Bem-vindo ao meu lugar preferido – ela me fita brevemente.

- Sério que me trouxe em uma academia? – confirmo – Logo eu que sou sedentária?

- Você acostuma com o tempo, eu também não gostava de exercícios. Todavia, esse não é o lugar certo ainda! – ela se põe ao meu lado e caminha para o elevador. A levo para sala no último andar com vista para a cidade iluminada.

- Uma sala de boxe? – balanço a cabeça – Cara olha essa vista que maravilhosa. Você faz boxe? 

- Desde que tinha onze anos, na verdade ninguém sabe que faço boxe. - Ela me olha surpresa. 

Simplesmente um segredo | Pausa | RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora