C.18

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Aperto o cinto com a mão nervosa, Nicholas permanece todo o caminho em silêncio

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Aperto o cinto com a mão nervosa, Nicholas permanece todo o caminho em silêncio. Ele passa pelo portal da capital. Respiro fundo. Eu não estava preparada para voltar para esse ambiente hostil depois de cinco meses longe. Tento desamassar o vestido bordado sem nem mesmo estar amassado.

- Você gosta de arroz? - pisquei algumas vezes o olhando. E ele começa a rir.

- Ué qual é da pergunta aleatória? - questiono rindo. 

- Você está nervosa, estou tentando de entreter - aperto os lábios para evitar sorrir. - Enfim, gosta dele mais cozido ou soltinho? 

- Solto - ele concorda - Feijão por baixo ou por cima? Cuidado com a resposta, isso definirá nossa amizade.

- Hum, nenhum dos dois - diz batendo os dedos no volante, ele se vira para mim e pisca - Do lado. 

Começo a rir colocando a mão na boca. Nicholas dá um meio sorriso. Ele entra em algumas ruas até o local que tinha informado ao GPS. Depois de um tempo ele para um pouco atrás de uma casa enorme com um jardim iluminado na frente com luzes coloridas. 

- Chegamos - diz tirando o cinto, o imito e coloco as mãos sobre o colo. - Vai ficar tudo bem.

- Essas palavras não consolam ninguém Nicholas - reviro os olhos e ele sorri. 

Abro minha bolsa retirando meu guarda-lentes. Tinha vindo de lente azuis, porém a antiga Wendy não usava lentes coloridas no passado. Olho para Nicholas e ele me examina curioso. Suspiro forte. Levo a mão nos olhos retirando a lente e as guardando, não o olho. 

- Me deixa ver? - questiona e fecho os olhos, um hora ou outra ele iria perceber a verdadeira cor dos meus olhos. Os abro lentamente e me viro para o moreno ao meu lado. Pisco algumas vezes e ele arregala os olhos - Seus olhos...

Desvio o olhar rapidamente, esse era o tipo de reação que não queria que tivesse. Nicholas se põe de lado e pega meu rosto com as duas mãos me forçando a olha-lo. Levo um susto com seu ato e tento sair mas ele segura firmemente.

- Que cor mais bela de olhos - diz baixo a pouco centímetros de mim e olhando fixadamente. 

- Você acha? - ele confirma e sorrio de lado. - Precisamos ir. - Abro a porta do carro mas ele a fecha novamente saindo mais rápido que o Flash e parando na minha porta a abrindo.

- Eu sei que a senhorita pode abrir a própria porta, mas hoje me deixe ser cavalheiro - reviro os olhos rindo e pego sua mão esticada. - Wendy, como vou me apresentar? 

- Como assim? - Franzi a testa e ele tranca o carro. 

- Amigo, namorado, marido, amante...? Essas coisas - diz tímido e não seguro a risada. 

- Ah isso, depende da situação. É um bom ator? - Começamos a andar pela calçada até pararmos na porta e depois de um tempo ele confirma. - Então improvise. 

Simplesmente um segredo | Pausa | RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora