Any
Eu encaro um ponto aleatório do quarto e todos os momentos que estive com minha mãe passam pela minha mente. Foi tudo tão rápido.Eram 4:30 da manhã, eu precisava dormir, precisava deixar minha mente descansar e me tirar daquele sofrimento.
[...]
Acordo com o despertador, eu já não ligo mais para ele gritando no meu ouvido. Eu não ligo mais para nada, nem para Dytto, nem para Josh, nem para a escola e nem para minha vida.
Decido ir para a escola mesmo assim, olho meu celular e vejo 24 mensagens da minha tia mas decido ignora-las, não dava para lidar com minha família agora.
Não tomo café da manhã e vou para a escola. Depois de alguns períodos era o almoço, mas também não comi.
O sinal toca e todos caminham de volta para as salas, passo por Dytto e Josh que parecem estar tendo uma briga mas a única coisa que escuto é algo como "Você está sempre atrasado, não tem mais tempo para mim."
Continuo andando, mas paro ao sentir uma dor de cabeça horrível, escuto sons abafados de conversas de outros alunos, olho em volta e está tudo girando.
- Any você ta bem? - Escuto alguém me chamar e no mesmo instante minha visão fica preta, a única coisa que sinto é alguém me segurando pelos braços.
Talves fosse melhor eu não acordar.
Josh
Any estava pálida, haviam olheiras em seus olhos e os mesmos estavam inchados. Ela estava agora desmaiada em meus braços, parecia que qualquer movimento poderia fazê-la quebrar.- Alguém chama uma ambulância!! - Grito, pegando Any no colo. Olho para Dytto e ela está encostada no armário mexendo no celular, inacreditável.
- Josh, por favor, leve Any para a ambulância. - Uma professora chama minha atenção e eu começo a andar rápido, mas com cuidado, pelo corredor.
Chego do lado de fora e os paramédicos estão lá esperando, eles ajeitam Any na maca e a colocam dentro da ambulância. Quando estou prestes a entrar alguém segura meu braço com força.
- O que você ta fazendo? - Dytto exclama, apertando ainda mais meu braço. - Você não vai com ela. - Consigo sentir suas unhas compridas apertando meus pulsos.
- Eu vou cuidar dela. - Digo tirando a mão de Dytto do meu pulso.
Entro na ambulância e fecho a porta deixando Dytto para trás, foi satisfatório ver o rosto dela ao me ver entrar na ambulância.
Durante o caminho eu penso por que ainda estava com Dytto. Bem, ela me ajudou quando meu pai bêbado abandonou a mim, minha mãe e meus irmãos, ela esteve lá para dizer "Vai ficar tudo bem." Mas hoje enxergo que era tudo mentira.
Dytto só quer uma coisa: Ser melhor que todos. E não importa o que ela tenha que fazer para conseguir isso.
Chegamos no hospital e os médicos levam Any para a sala de exames, eu não posso entrar então fico esperando na sala de espera.
- Você é o familiar da Any? - Depois de um tempo um enfermeira me chama.
- Sou o amigo dela.
- Pode vir comigo. - Ela diz fazendo um gesto para eu acompanha-la. - Você sabe se a mãe da Any mora na cidade?
- Desculpe, não sei. - Na verdade eu não sabia nada sobre a Any, mas seria legal descobrir.
- Ela já vai acordar, pode esperar aqui. - Ela aponta para a poltrona ao lado da maca onde Any estava.
Fico sentado lá por um tempo a observando, ela ainda era muito bonita. Me assusto quando vejo alguns cortes em seu pulso, mas quando tento virar seu braço para olhar mais de perto ela segura minha mão com força.
Um toque nunca fez meu coração bater tão forte.
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My reason to be alive {Beauany} // Concluída
FanficAny agora mora sozinha em Los Angeles em seu último ano escolar. Sua vida está um caos, tudo desmoronando e ela não pode fazer nada para mudar isso. Então ela decide acabar com esse sofrimento, mas acaba encontrando uma razão para viver. 2 temporada...