— Henk? Cadê você? — Pergunto quando ele atende o telefone.
— Desculpa, já estou indo — responde e desliga em seguida, franzo o cenho e bufo colocando o celular no bolso.
Começo a puxar o sofá para o lugar que acho que ficará melhor, e me jogo em cima dele em seguida exausta de tanto arrastar as coisas pesadas.
Henry já devia ter chegado aqui, mas por algum motivo está muito atrasado.
— Que se dane — sussurro e pego meu celular procurando os contatos até o Kenai, ligo.
— Becky? Tudo bem?
— Oi, Kenai. Desculpa te ligar essa hora, mas eu queria saber se você poderia me dar uma ajudinha... Se não for te atrapalhar, claro.
— Pode falar, estou sem nada pra fazer mesmo.
Sorrio.
°
— Não sei como tive a cara de pau de te chamar pra me ajudar com isso — falo rindo assim que abro a porta, Kenai sorri balançando a cabeça.
— Não vejo problema nenhum. Afinal, seu irmão devia te ajudar, mas não apareceu ainda, certo? Você não pode fazer tudo sozinha — da de ombros e entra.
— Certo, podemos começar pela sala? Não tem muita coisa, sabe? Nós trouxemos o básico pra ficar confortável, então aos pouquinhos vamos melhorando — digo apontando.
°
— Aqui, prontinho — digo pegando o último parafuso da cabeceira da minha cama, entrego ao Kenai que termina de parafusar. Ele levanta e sorri.
— Agora vamos testar, né? — Levanta as sobrancelhas e agarra minha cintura se jogando na cama comigo por cima. Rio pelo susto e arregalo os olhos.
— Você é maluco? E se isso quebrasse? — Pergunto me apoiando no seu peito, Kenai sorri me olhando e toca a lateral do meu rosto levando meu cabelo para trás da minha orelha. Eu o encaro fechando o sorriso e percebendo que estamos próximos demais, em cima da minha cama. Estou com o corpo deitado ao lado do dele, mas meu tronco está em cima e meus braços sobre seu peito.
Kenai é um cara lindo, e de perto assim, fica ainda mais. Ele não é aquele tipo galã sedutor dos filmes eróticos, e sim aquele cara mais estilo geek, fofo. Seus cachinhos curtos caídos para o lado formando uma franja na testa, os olhos castanhos e as infinitas sardas espalhadas pelo rosto.
Ele fica sexy quando fica sério, e isso me deixa agitada de um jeito estranho. Mas Kenai me afasta e levanta rapidamente, eu fico levemente desconcertada, e me levanto também.
— Enfim, isso não foi tão difícil — sussurra, mordo minha boca e o encaro, ele está sorrindo outra vez.
— É... Obrigada pela ajuda, facilitou muito pra minha coluna — digo e sorrio, Kenai pisca um olho.
— Estou aqui para o que precisar, querida. — Joga um braço por meus ombros quando começamos a caminhar pra fora do quarto.
— Juro que vou esganar meu irmão — resmungo olhando a hora. — Ele deve estar com alguma mulher.
Kenai bufa.
— Talvez tenha ido ajudá-la com a mudança — brinca me fazendo rir. Paramos na frente da porta, ele a abre e pisca um dos olhos pra mim. — Se precisar, já sabe.
Concordo.
— Obrigada. Eu te pago um almoço qualquer dia pra retribuir. Um almoço, um jantar, os dois... O que quiser — jogo uma piscadela, Kenai sorri.
— Vou cobrar — se vira e vai. Sorrio balançando a cabeça e volto pra dentro do apartamento.
Kess.
13.07.2019
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Incondicional - Becky / Henry [5°história].
Romance5° história da segunda Geração da série Corrompidos. História da Becky contada junto com a história do Henry. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Todo o conteúdo desta obra é protegido pelas leis de direitos autorais e direitos conexos. É exp...