XIX.

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Arregalo os olhos incrédulo

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Arregalo os olhos incrédulo.

— Seu... filho? — Sussurro ainda sem acreditar.

— Fala oi para ele, Sol. É o tio Henry — Briela pede sorrindo pra ele, o menino continua me olhando desconfiado. Tira a chupeta e fala:

— Oi — sussurra baixinho com a voz meiga de criança.

— Oi — respondo também sussurrando. Briela levanta me olhando.

— Vai brincar no seu quarto, meu amor, vai — pede e sorri, o menino se vira e corre para o quarto, mas ele para na porta e esconde o corpo atrás e fica só com a cabeça pra fora olhando, Briela não vê por estar me encarando.

— Por que você não contou que tinha um filho? — Pergunto baixo realmente sem entender. Ela balança a cabeça.

— Eu sei que eu deveria ter contado, desculpa. Mas aconteceu tão rápido nossa relação... — Bufa. — No começo eu achei que não seria nada além de encontros casuais, mas... — Ela morde a boca me olhando. — Acabou sendo — sussurra.

Balanço a cabeça.

— Eu não entendo, Briela. Como pode não contar sobre ele? É seu filho! — Aponto e bufo. — Eu te contei até sobre minha irmã ter interrompido a gravidez, confiei em você. Mas você não confiou pra contar uma coisa tão... tão grande assim.

Balanço a cabeça.

— Eu não entendo, quem esconderia que tem um filho?

Ela franze os lábios e tenta se aproximar, mas eu me afasto.

— Desculpa Henry, mas eu estava pensando no bem estar do meu filho. Não estava escondendo a existência dele. Tanto que várias pessoas na empresa sabem, a Charlotte, por exemplo, o Spencer... Eu vivo falando com eles sobre o Sol.

— Mas não falou nada comigo nesse tempo todo. Ele é seu filho, Briela! Você tem um filho.

Bufo e me viro saindo do apartamento.

— Espera, Henry! — Ela vem atrás. Chamo pelo elevador. — Eu não queria que vocês tivessem contato, é verdade, mas foi pra proteger ele!

Eu a encaro.

— Acha que eu faria algo com seu filho, Briela?

Ela nega.

— Não, claro que não. Mas Sol se apega muito rápido as pessoas, principalmente homens. Não podia arriscar dele se acostumar com você e nós eventualmente terminassemos... Solomon iria sofrer muito.

A encaro e sorrio negando.

— Como iríamos terminar se nem começamos? — Ela abaixa a cabeça e engole seco.

— Eu posso ter errado, Henry, mas fiz pensando no meu filho — fala. — Se você tivesse um, me entenderia. Desculpa ter ocultado uma parte tão importante minha, mas eu não fiz por mal, foi bem o contrário, na verdade — me olha, o elevador abre e eu entro.

Incondicional - Becky / Henry [5°história].Onde histórias criam vida. Descubra agora