V.

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— Você sabe o que vai fazer? — Mal pergunta sentada na mesa, eu balanço a cabeça

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— Você sabe o que vai fazer? — Mal pergunta sentada na mesa, eu balanço a cabeça.

— Não tenho ideia — bufo abrindo a geladeira dela e pegando um suco. — Acredita que o filho da puta não deu mais sinal de vida? — Me jogo na cadeira na sua frente. — Ele vai mesmo apenas ignorar, não é dentro dele que o problema está, né? — Balanço a cabeça. — Você não tem ideia do quanto eu estou me odiando por ter confiado naquele desgraçado.

— A culpa não é sua por ter confiado nele, Lucian que é um babaca — Mal sorri e segura minhas mãos. — Conta comigo pra tudo, amiga — beija as costas das minhas mãos, pula da mesa e respira fundo me abraçando.

— Posso dormir aqui hoje? Não quero ter que encarar meus pais agora.

— Claro que pode, fica a vontade.

Envio uma mensagem para o papai avisando e me arrumo na cama com a Mal.

°

Minhas mãos estão suando, meu estômago embrulhado e eu tenho vontade de vomitar.

— Rebecca Petterson? — A moça da recepção me chama, eu levanto e vou até ela. — A doutora vai te atender agora — aponta para a sala, sorrio e agradeço.

Entro sentindo minhas pernas moles, parece que vou cair a qualquer momento. A sala é toda branca, com o diferencial de uma única parede que é cor gelo. A doutora sorri sentada atrás da sua mesa.

— Rebecca Carter Petterson, certo? — Pergunta e estende a mão, concordo e aperto sentando na sua frente. — Vi aqui que a senhorita veio fazer um ultrassom — me olha, balanço a cabeça.

— Eu fiz dois testes de gravidez e deram positivo, então quero fazer pra ter certeza — digo controlando minha voz.

— Bom, hoje em dia esses testes de farmácia são muito confiáveis, poucos dão resultado errado — avisa levantando e preparando a cama. — Mas entendo a sua suspeita, é sempre bom ter certeza, né? — Sorri e aponta. — Pode sentar.

Deixo minha bolsa e meu casaco na poltrona e sento.

— Vou erguer sua blusa pra passar o gel, ele é gelado mesmo, não se assuste — explica. — Você estava planejando? — Pergunta.

— Não, longe disso, aliás — sussurro com receio, ela sorri e concorda.

— Então foi uma surpresa?

— Foi sim, coloca surpresa nisso — respiro fundo, seu sorriso aumenta.

— Boa ou ruim? — Me olha, franzo os lábios.

— Ainda não sei te responder — sussurro. Ela coloca o aparelho e começa a deslizar por minha barriga. A doutora então pergunta sobre minha última menstruação para fazer as contas.

— Olha ali — aponta pra tela da TV —, isso é o feto — explica. — Você está de quatro semanas e cinco dias, quase cinco semanas — me olha sorrindo. — O feto está no tamanho certo, aparentemente não tem nada de anormal. — Ela me dá lenços para me limpar e volta pra sua mesa. Vou me limpando e sento na frente. — Você pretende continuar com a gestação? — Pergunta séria, engulo seco. — Porque tudo bem se não, isso é uma decisão somente sua. Você tem algum contato com o pai?

Balanço a cabeça.

— Nós namoravamos, mas... Bom, posso dizer que não estamos mais. Ele não está interessado em ser pai — sussurro.

— E você quer ser mãe? — Seu tom é suave, a expressão é calma.

— Não, eu acho que não — falo baixinho.

— Certo. Pode preencher isso pra mim? Nós podemos marcar o próximo pré-natal ou... — entrega outro papel — aqui estão algumas informações sobre a interrupção da gravidez.

Seguro e balanço a cabeça.

— Qualquer dúvida, pode me procurar.

— Obrigada — sorrio e apertamos as mãos.

Saio da sala apertando os papéis contra mim e sentindo meu coração disparado.

Saio da sala apertando os papéis contra mim e sentindo meu coração disparado

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Kess.

05.07.2019

Incondicional - Becky / Henry [5°história].Onde histórias criam vida. Descubra agora