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Vicente aperta Diana em seus braços. Ele está dividido. Dois    pensamentos    lutando    para    serem    ouvidos    acima    do rugido    da sua vontade que é inerente a ele. O beijo se aprofunda. Seu primeiro pensamento é mergulhar entre suas pernas, sentir seu gosto de sua intimidade abraçando seu membro e fazê-la gozar enquanto geme seu nome. Mas o pensamento seguinte diz que ele não tem o direito de amá-la. Ele a fez sofrer. Ele não a merece.

Então a razão o faz voltar a si e parar com o beijo. Vicente abraça a mulher até que ela adormece rapidamente devido ao dia extenuante. Ele deixa sua mente nas lembranças do passado que compartilharam e que ele mesmo estragou.

- Deixá-la foi a pior coisa que fiz, meu amor. - ele pensa, triste e com raiva de si mesmo. - Nunca serei capaz de me perdoar pelo que te fiz sofrer.

Pensando que a quer tanto quanto o ar que respira, sabe que não pode tê-la. Há muito tempo Vicente perdeu esse direito. E assim ele adormece com a mulher da sua vida em seus braços.

***

Eu acordo nos braços dele. Nos braços do homem que amo. Que por mais que tenha me magoado, eu nunca consegui esquecê-lo.

Levanto meu olhar e o vejo adormecido. Sou transportada a um passado em que eu era tão feliz. Um passado em que Vicente era meu marido e era tão comum acordar assim, nos braços dele. Mas o presente não condizia em nada com o passado. Eu estava ali por outros motivos, apesar de continuar tendo as mesmas sensações do passado.

Suas palavras na noite anterior aqueceram meu corpo. Mesmo estando em seus braços, meu coração dói de saudade. Saudade do que fomos e que, creio eu, nunca mais seremos capazes de ser. Temo esse amor tão forte que tenho por ele, pois acho que jamais serei capaz de amar outra pessoa com a mesma intensidade. Sei que ele me ama também, mas sua desconfiança me quebrou em tantos pedaços que acredito que nunca conseguirei repará-los.

Vicente abre os olhos e me pega no flagra, encarando-o. Ele me dá aquele velho e conhecido sorriso. Mais uma das coisas que amo nele.

- Bom dia.

Eu tento sorrir e varrer pra debaixo do tapete o meu constrangimento.

- Bom dia.

- E o Bê? - pergunto pra esquecer a vergonha que estou sentindo.

Ele sorri.

- Eu acordei logo cedo e pedi a Andréa que o levasse pra passear.

Lembro logo da ameaça da Elvira e meu coração acelera.

Tento me desvencilhar de seus braços, mas ele não permite.

- Vicente... - tento pedir que ele me solte, mas ele me interrompe. - É perigoso.

- Acalme-se, amor. Eu pedi que ela levasse dois seguranças. - franzo o cenho.

- Você tem seguranças?

- Eu não. Mas eu empresario gente famosa, então os seguranças são meus contratados.

Suspiro um pouco aliviada.

- Quo horas são?

Ele pega o celular no criado-mudo.

Eu odeio meu ex-marido (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora