Eu odeio meu ex-marido (FINALIZADO)

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Assim que Diana saiu com Carlinhos, Vicente foi em direção ao seu carro enquanto ligava para Tadeu que atendeu ao primeiro toque.

- Oi, cara.

- O Henrique está morto. - diz sem rodeios.

-  O que você fez, porra? Você matou ele? - Vicente revira os olhos.

- Eu não fiz nada, Tadeu. A Diana...

- A Diana matou ele? - interrompeu. 

- Porra, Tadeu, quer parar de fazer suposição e me escutar? 

- Desculpa, cara. Fala.

Vicente contou até onde sabia e falou que estava indo pra delegacia.

- Estou a caminho, Vicente. 

- Obrigado,  cara. Eu chego em uns dez minutos. - disse enquanto estacionava seu carro. - Estaremos te esperando. 

- Diga a Diana que não fale nada antes que eu chegue. - Vicente assente como se o amigo o estivesse vendo.

- Pode deixar.

Os dois desligam e Vicente liga pra Andréa pra saber do filho.

***

O caminho até a delegacia é feito em silêncio. Estou com medo. Claro que não fui eu quem matou o Henrique.

- Meu Deus, o Henrique tá morto. - penso.

- Acalme-se, florzinha. - vejo que pensei alto e olho para o Carlinhos. - Nós vamos provar que você não tem nada a ver com a morte desse homem.

- É o que eu peço a Deus, Carlinhos. - falo com a voz embargada.

- Chegamos, minha bela. - dou um suspiro alto. - E o policial já vem até nós.

Olho na direção que Carlinhos está olhando e vejo quando o policial abre a porta pra mim.

- Acompanhe-me, dona Diana.

- Pode deixar, policial. - Vicente cola em nós.

- Vicente! - falo como se ele fosse minha tábua de salvação.

Ele, então, passa a mão por minha cintura e dá um leve sorriso, que nem chega aos olhos. Eu o conheço, ele está preocupado também.

- Eu estou aqui com você, amor. Você é inocente, então não há o que temer. - assinto mesmo não estando nada confiante.

- Vamos entrar logo. - diz o policial. - O delegado já está nos esperando.

- Nós vamos esperar nosso advogado. - Vicente fala, contundente.

- Para uma pessoa que se diz inocente...

- É melhor nem completar, policial. - Vicente fala interrompendo o policial. Ele dá um sorriso cínico.