QUINZE

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glaucielle1234

pat_IAAP_1325

Jane_tarzan

Vcs são top!!!

kkkk

Adorei a análise psicológica do Vicente q vcs fizeram.

Bora lá?

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Vicente subiu eufórico as escadas da sua casa. Queria mostrar ao pai o troféu de melhor jogador de futebol da escola, pois foi o que havia feito mais gols. Correu para o quarto dos pais e escancarou a porta gritando pelo pai. Mas a cena que viu fez com que seu coração infantil acelerasse desgovernado.

Sua mãe estava deitada na cama com motorista da família.

Não foi nada fácil para um menino de dez anos encontrar a mãe naquelas circunstâncias.

Vicente soltou os pequeno troféu que segurava. Diante daquilo que encontrou, seu prêmio não significava mais nada. Correu e se trancou no quarto. A mãe nem se dignou a ir atrás dele. Vicente chorou. Teve raiva da mãe. Teve pena do pai. Teve ódio de si mesmo devido a sua impotência. Queria ter arrancado aquele homem da cama do seu pai e ter lhe dado uma lição.

Horas depois, a mãe abriu a porta com uma chave mestra. Vicente ainda tinha o rosto molhado de lágrimas. Ele olhou pra mãe com ódio no olhar.

- Eu odeio você. - ele gritou.

- Está certo, meu amor. Quando você crescer, entenderá que todo adulto tem... - deu uma pausa. - certas necessidades. Isso faz parte da vida, não precisa ficar aí se lamentando e chorando como um bebê. - a mãe de Vicente se virou e esquecendo de algo, voltou-se pra ele novamente. - Não conte ao seu pai. Ele ficará triste. E nós não queremos seu pai triste, não é mesmo? - sorriu. Um sorriso que ele odiou.

- Eu vou contar ao meu pai e ele fará você ir embora daqui. - Vicente gritou.

Ela sorriu.

- Faça o que você quiser, meu amor.

Então saiu do quarto do filho.

Quando o pai chegou, Vicente correu para contar-lhe tudo o que vira.

- Vá para o seu quarto, Vicente. - ordenou o pai.

- Mas, papai...

- Chega! - gritou o pai.

Vicente saiu correndo dali. Naquele dia ele odiou o pai mais do que tudo. E jurou a si mesmo que jamais seria como ele.

E aquela vez só foi a primeira de uma sucessão de vezes que viu o pai ser traído.

***


- Você só pode estar brincando? - eu sorrio. - Não, não. Espera. - eu rio mais. - Acho que fui eu não ouvi direto.

Vicente permanece sério.

Eu odeio meu ex-marido (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora