Unidos por um milagre

Capítulo 4

Kate

Ainda faltavam três dias para a viagem, era de manhã, abri meu guarda roupa e percebi que eu estava com poucas roupas então resolvi ir ao shopping.
Quando eu estava em uma esquina quase chegando no shopping, do nada começou um tiroteio e eu começei a ver tiro pra todo lado e pessoas correndo, quando de repente, eu sinto alguém me puxar pelo braço e eu acabei caindo dentro de uma casa.

Jake

Três dias antes da minha viagem, eu estava sentado na porta da minha casa observando a rua e adivinha quem passa em frente a minha casa, sim aquela menina que eu esbarrei na lanchonete. Eu ia falar com ela, me desculpar melhor pelo acontecido, mas quando eu fui fazer isso, do nada começou um tiroteio, rapidamente eu a puxei para dentro da minha casa, ela estava tonta parecia que ia desmaiar.

- Você? Quer dizer obrigada por me tirar desse tiroteio, mas você não é aquele garoto da lanchonete? - perguntou Kate enquanto bebia um copo de água, que Jake ofereceu.

- Sim, sim sou eu! É...de nada! - Jake responde meio tímido.

- Bom desculpe por eu ter te xingado naquele dia.

- Tá tudo bem, eu não agi da maneira correta naquele dia, eu reconheço.

- Eu devia ter pedido para meu pai me trazer de carro. Não sabia que essa rua era tão perigosa.

- Sim é perigosa. Principalmente para meninas como você.

- Como eu?

- Sim, que se vestem como riquinhas e tals.

- Mas na verdade eu sou rica mesmo, menino que eu não sei o nome.

- Tá bom então, bom meu nome é Jake e eu não sou rico rs.

- Meu nome é Kate.

- Prazer Kate!

- Será que o tiroteio já acabou? Quero voltar pra minha casa, desisto de ir ao shopping!

- Deve ter acabado a essas alturas. Quer que eu te leve até a casa?

- Não, obrigada.

- Eu insisto Kate, vamos eu te acompanho.

Jake

Assim, eu acompanhei ela até sua casa, no meio do caminho conversamos, eu fui contanto um pouco da minha história para ela e ela foi contando um pouco da história dela pra mim. Kate era uma menina mimada, sempre teve tudo que quis mas apesar disso ela não era tão metida quanto eu pensava. Pelo o que eu entendi ela acabou sendo influenciada por suas amigas a ser daquele jeito meia "patricinha".

Kate

O Jake me levou até minha casa, fui conversando com ele no caminho, ele era um rapaz muito diferente e apesar de ser pobre era feliz, ele me contou que passou a infância em um orfanato foi adotado aos doze anos, por um casal também pobre, quando ele tinha 17 anos o seus pais adotivos faleceram em um acidente e ele ficou morando na casa dos mesmos, se sustentando sozinho, com um emprego de garçom de restaurante. Fiquei emocionada com a história da vida dele. Pois eu a vida toda sempre fui rodeada de tudo que eu quis, de bens materiais a amor e carinho, nunca passei necessidades, e não era tão feliz quanto ele.

Jake

Deixei ela na rua da sua casa, ela se despediu de mim com um tchau, e eu também.
E assim voltei para minha casa.