Capítulo 17

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Naquele mesmo dia, mais tarde...

Elisabeth Morelli

Eu estava em casa, na cozinha, tomando um copo de água. O CJ tinha dormindo no sofá e o Sebastiã havia saído pra fazer compras.

— Elisabeth! Elisabeth!

Gabriel começou a gritar do lado de fora e a bater na porta. Fui arrastando os pés, na intenção de atendê-lo.

— O que foi? Aonde é o incêndio?

— Você tá bem? Tá legal?

Começou a me apalpar.

— Melhor do que nunca, por que?

— Como assim por que? Você acabou de me mandar mensagem no celular dizendo que estava passando mal, precisava de mim.

— Tá doido? Nem toquei no meu telefone.

— Olha...

Pegou o celular no bolso traseiro, me mostrando a mensagem. Realmente tinha sido enviada do meu número, mas não tinha sido eu quem havia enviado.

— Talvez uma das crianças tenha pego e te mandado sem querer.

— Mas elas me conhecem... por quem enviariam uma mensagem, se passando por você e dizendo que você estava passando mal?

Me questionou, desconfiado.

— Eu não sei. Elas podem estar preocupadas e provavelmente querem te ver por perto pro caso de alguma emergência.

— Tá tudo bem, a parte boa que você não está correndo perigo. Aode está o Sebastiã?

— Saiu pra ir ao supermercado.

— Vamos bater um papinho quando ele chegar. Vou fazer questão de mencionar o fato de que a namorada dele fica enviando mensagens pro ex durante sua ausência.

Tentou ser engraçado, mas eu logo o cortei com a minha seriedade.

— O Sebastiã nunca acreditaria em você porque te odeia e sabe que eu nunca faria isso se não fosse preciso. Só ele já completa por intei...

Cambaleei um pouco para o lado. Foi como se eu tropeçasse nos próprios pés; e para que eu não caísse, instantaneamente pensei em me segurar em um dos ombros do Gabriel.

— Calma... Vem, você precisa se sentar. Não pode ficar em pé por muito tempo.

Fechou a porta e me levou até o sofá. Reparei que o mesmo estava vazio. CJ já devia ter se levantado.

— Você está aqui sozinha? Tem mais alguém aqui?

— Não, o...

— Oi gente.

Saiu da cozinha e veio pra sala,mordendo uma maçã.

— Gabriel, esse é o CJ, filho de uma amiga. Ele chegou ontem aqui no abrigo. CJ, esse é o Gabriel, meu...

Eu pensei em dizer ex, mas achei que ele não precisaria saber disso. Também não podia ser classificado como um amigo, e nós dois éramos mais do que conhecidos.

— Meu médico.

— Eai, garoto.

Gabriel acenou.

— Por que o seu médico está na sala da sua casa? Está tudo bem com você, Elisabeth?

— Sim. Hoje ele está aqui como... um colega.

CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora