01:08
Sebastiã Montanari
— Eai, conversou com ele?
Perguntei ao ver a Elisabeth voltando pro quarto.
— Sim, conversei. Ele disse que estava a procura da mãe e... nossa, foi difícil revelar que ela já havia partido dessa pra melhor.
Se sentou na cama e puxou as cobertas.
— Como ele ficou todo esse tempo sem saber que a mãe estava morta?
— Bom... a Ângela cortou completamente contato com todos que conhecia quando decidiu se tornar uma stripper e se juntar com o Bartolomeu.
— Mas até com o filho?
— Você quem devia ter ido lá conversar com ele.
— E por que eu?
— Você é a pessoa mais próxima que ele tem de um tio, certo?
— Eu mal cuido da minha filha, vou cuidar do filho dos outros também? Já basta o meu irmão que é maluco, agora descubro que ele "procriou."
— Chega a ser assustador, né? Uma criança vinda de uma mãe suicida e um padrasto, por assim dizer, assassino e com sérios problemas mentais.
— Não fala uma coisa dessas. Me faz querer esse moleque fora daqui. Vai que ele decide seguir os mesmos passos. Sabe o que devíamos fazer? Um teste de DNA.
— Pra quê? Ninguém chegaria aqui, dizendo "ah, eu sou filho de fulano" quando não é.
— Querida, uma das coisas que eu aprendi nessa vida é que você deve confiar em poucos e desconfiar de todos. Não sabemos nada a respeito desse menino e você já foi o colocando para dentro de casa.
— Se queremos conhecê-lo melhor, é mais fácil chegar nele e perguntar do que pedir um fio de cabelo ou uma pitada da saliva.
— Você é tão ingênua...
— Ele é só um garoto assustado que não tinha mais pra onde ir. Eu disse pra ele que podia ficar alguns dias.
— Ficou doida? Sem me consultar?
— O orfanato é meu, não nosso. E outra, eu também não conhecia nenhuma das crianças que moram aqui, mas com o tempo aprendi a amá-las e hoje considero todas parte da minha família.
— Pelo menos me prometa que será dura com esse rapaz. Ele já é de maior, bote ele pra trabalhar.
— Com licença pessoal, só vim dizer boa noite e... agradecer por me deixarem ficar.
CJ deu uma batida e abriu a porta do quarto.
— Oh garoto, as pessoas educadas batem primeiro, esperam pela permissão e depois entram.
— Não foi nada, CJ.
Elisabeth me deu um tapa no braço, na intenção de me silenciar.
— Tenha uma boa noite também.
Ele sorriu, tirando a cara do vão da porta.
— Viu só? Ele estava escutando nossa conversa.
— Chega de paranoia. O garoto acabou de chegar, pare de pegar tanto no pé dele.
— Eu estou te dizendo, Beth. Não podemos dar voto de confiança. Tudo e qualquer pessoa relacionada ao Bartolomeu, seja lá qual for o tipo de ligação, eu não confio.
— Boa noite, Sebastiã.
Elisabeth deitou com a cabeça no travesseiro e apagou o abajur, fechando os olhos.
— Me ignora mesmo. Não vou me cansar de falar "eu te disse" pro resto das nossas vidas quando ele te der uma rasteira.
***
No dia seguinte...
— Bom dia pra todos.
Cheguei na cozinha, encontrando as crianças tomando café da manhã enquanto o CJ arrumava o lanche deles. Todos retribuíram, me cumprimentando educadamente.
— Eu só vim preparar o café da manhã da Elisabeth.
Comecei a vasculhar os armários.
— Precisamos fazer compras...
— Não é mais o tio Gabriel que vai cuidar da mamãe?
Marvin perguntou, tentando lamber o danone do canto da boca.
— Não, porque eu estou aqui agora -sorri pra ele-
— Ele foi embora igual ao tio Ritchie?
— Quem são o tio Gabriel e o tio Ritchie?
CJ perguntou, interessado.
— Ninguém.
Eu respondi, rude.
— São os ex's da Elisabeth.
Stella respondeu, me fazendo fuzilá-la com os olhos.
— Ah, sim. Tenho certeza que nenhum deles chega aos pés do Sebastiã. Bom, todo mundo já terminou de tomar café? Precisamos ir logo antes que vocês se atrasem.
— Vão pra onde?
Eu questionei o CJ.
— Pra escola. O CJ vai levar a gente.
Disse a Cass, se levantando da cadeira.
— Ah, eu não sei não. Não me leve a mal CJ, mas acho que a Elisabeth não concordaria com isso. É que você acabou de chegar, nem sabemos se tem carteira e...
— Qual é, Sebastiã! Tô de fazendo um favor. Hoje tem jogo na TV, você pode assistir de boa. Eu levo as crianças, volto, limpo a casa e a Elisabeth não vai desconfiar de nada. Palavra de honra.
Levou a mão ao peito. Na mesma hora, me lembrei da conversa que tive com a Beth ontem a noite sobre parar de pegar no pé dele e tentar compreendê-lo.
— Tá bom, mas volta logo. A Elisabeth ainda não pode andar. É minha responsabilidade levar as crianças, se ela ver que foi você quem saiu com eles, vai ficar zangada.
— Okay, deixa comigo. Todos a bordo, pessoal.
Pegou a chave da minivan e foi pra fora junto com os outros. Olhei para o lado do fogão e vi que tinha uma bandeja de café da manhã preparado.
— É, acho que eu estava enganado em relação a ele.
Peguei a bandeja e subi de volta pro quarto.
— Aw amor, assim eu vou ficar mal acostumada.
A coloquei sobre o seu colo e lhe dei um beijo.
— Cadê as crianças?
— Já as levei pra escola.
— Sério? Tão rápido!
— Tinha que voltar correndo pra você.
Me sentei ao seu lado.
— E o CJ?
— Lá embaixo, assistindo televisão. Sabe, tô começando a gostar desse garoto.
— Eu te disse.
*****"
Kkkkkkkk mano sebastiã é muito FDP
Eai confiam no Cj?
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CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
ChickLit• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie