Capítulo 25

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Sebastiã Montanari

Os dias foram se passando, nós não tivemos mais notícias do CJ, a Elisabeth se recuperou por completo, as crianças estavam nos eixos –principalmente a Stella–, eu acabei enfim conhecendo o atual namorado da minha irmã –que era um rapaz de 18 anos que fazia o curso de administração dela–, o Cristian e a Florença assumiram o namoro e o tão esperado dia do meu casamento havia chegado. Eu estava tão feliz e pelo visto tudo parecia estar finalmente se encaminhando.

E aonde eu, o noivo, se encontrava?

— Sebastiã... quanta formalidade. Tudo isso só pra me ver?

Bartolomeu comentou, reparando no meu traje.

— Já é hoje o dia do seu casamento?

— O que? Anunciaram na televisão?

— Você é um Montanari, não se esqueça disso.

— Eu vou ser direto. Vim te fazer um convite e gostaria que a sua resposta fosse sim.

— Tudo vai depender do que você for me pedir.

— Gostaria... que fosse... ao meu casamento.

— Isso é sério?

— É. Se você concordar em realmente ir, será do mesmo jeito quando você foi ao enterro da mamãe.

— Seria legal... sei lá, voltar a rever a Elisabeth e a Cass.

Por algum motivo eu não me senti ameaçado, pelo contrário, senti preocupação e afeto naquela frase.

— Ela está enorme! Mês que vem completa 18. A primeira coisa que ela quer fazer é tirar carteira de motorista.

— Ai meu Deus, ela é uma graça mesmo!

Sorriu, com os olhos brilhando.

— Ainda me lembro dela pequenininha, brincando no jardim lá de casa e me chamando de tio.

— É bem provável que ela se lembre de você. Caso contrário, eu apresento um ao outro.

— Adoraria bater um papo com ela.

Olhando o meu irmão através de uma parede de vidro, me fez pensar porque estava fazendo àquilo. Eu queria me redimir com todos que mereciam meu perdão. Agora que eu estava prestes a começar uma vida nova com a Elisabeth, teria que me desapegar do passado e deixá-lo para trás. Resolver meus problemas para ter um futuro promissor e fazer com que a minha consciência ficasse limpa.

— Me desculpa. Por tudo. Eu sei que não fui um bom irmão e que isso pode ter influenciado você a ser quem é hoje. Eu era um imbecil, não sabia o que era certo e errado e agia por pura infantilidade. Fui mesquinha e te esnobei até você crescer com rancor da minha pessoa e querer ser melhor que eu em tudo. Sinto muito.

Bart permaneceu em silêncio e de cabeça baixa.

— Eu te perdôo.

— Mas me diz aí, como você tá? Tô vendo que você ficou mais maromba, fez novas tatuagens. Parece que a cadeia tá te fazendo bem.

— É, aqui geral me respeita por ser um Montanari, mas muitos ainda ficam surpresos por me verem aqui. Ninguém imaginaria.

— Sei que é tudo muito legal e maravilhoso, mas você precisa se manter na linha.

— Eu tô ligado. Principalmente agora que eu tentando fisgar uma mulher aí. Aí já sabe né, tenho que demostrar que mudei.

— Como assim, cara?

CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora