Sebastiã Montanari
Fiquei tão preocupado com a Elisabeth que não pensei duas vezes em levar ela –e o tapado do Gabriel– para o hospital. O médico disse que por pouco eles não entraram em coma alcoólico. Ambos precisaram ficar um tempo no hospital, tomando soro. Quando receberam alta, Cristian levou Gabriel pra casa dele e eu, a Elisabeth e a minha irmã voltamos pro orfanato.
As crianças estavam preocupadas, pois ninguém acabou indo buscá-la na escola e, ao chegarem em casa, não nos encontraram. Eu simplesmente não sabia o que dizer. Por sorte a Giovana estava por perto e me ajudou, lendo algumas histórias pra dormir pro Marvin e a Kaya, dando dinheiro pra Stella sair com os amigos e deixando o Robert na residência do namorado. O meu desejo era que elas ocupassem a cabeça com outra coisa.
Já estava achando a Giovana incrível por conseguir "comprar" à todos, só que faltou uma única pessoa...
— Toc, toc.
Bati na porta do quarto da Cass.
— Entra.
Ela me deu permissão.
— Oi, meu amor.
— Oi, pai.
Disse entristecida, cutucando a unha.
— Ainda preocupada com a mamãe?
Me sentei ao seu lado na cama.
— É. Ultimamente ela vive entrando e saindo do hospital. O que está havendo? Eu odeio ser a última a saber das coisas que acontecem na minha família.
Respirei fundo.
— Então querida, a mamãe está... ela está bem, só está... passando por alguns pequenos problemas. Nada com que você tenha que esquentar sua cabecinha, okay?
Deitou a cabeça no meu ombro.
— Okay.
— Você vai ficar bem?
Balançou a cabeça em um sim.
— Ótimo!
Abracei-a, beijando o topo de sua cabeça. A última vez que fiz àquilo com minha filha, ela tinha 3 anos de idade. Achei que seria uma coisa difícil tentar aproximação com a Cass. Eu estava errado. Infelizmente teve que acontecer uma coisa dessas pra gente se unir.
Me levantei e fui até a porta.
— Filha...
Me virei. Aquela era a primeira vez que a chamava de filha em voz alta.
— Papai te ama, tá?
Ela deu um sorriso de orelha a orelha.
— Também te amo, pai.
Abri a porta e sai do cômodo.
— Isso foi lindo!
Atrás da porta, escutando tudo, estavam a Giovana e o Cristian.
— Eu que sou tio tenho mais afinidade com ela do que você que é pai. Ainda bem que você está tentando mudar isso, irmão.
Tocou meu ombro.
— Mas tem que melhorar pra não soar forçado ou estranho pra você.
Giovana me aconselhou.
— Parem de se intrometerem e me digam como ela está.
É, parece que uma parte do Sebastiã insensível e amargurado ainda vivia dentro de mim.
— No momento, o melhor remédio é ela descansar. Será bom se a mesma dormir o dia inteiro hoje, pra amanhã já ter se recuperado por completo.
Ditou Giovana.
— Tem um garoto que entrou recentemente dizendo ser filho da Ângela. O nome dele é CJ e eu tenho quase certeza que foi o pivetinho quem fez isso.
— Como assim a Ângela teve um filho? Com quem?
Perguntou Cristian, curioso e perplexo.
— Ainda não sabemos. Eu preciso conversar com o Bartolomeu pra tirar isso a limpo.
— Ah, se ele tiver tido algum contato com o nosso irmão, estará claro porque ele é doido de pedra.
Continuou o meu irmão.
— E cadê esse garoto agora?
Perguntou a Gio.
— Eu sei lá. Na hora que o circo tava pegando fogo, ele estava na primeira fila da platéia. Agora que estamos a procura do incendiário, o capetinha sai vazado.
— Por que acha que ele tem culpa?
Ela quis saber.
— Só estavam os dois aqui. A Elisabeth nunca fez isso, daí ele surge e de repente esse tipo de coisa acontece!? Meio suspeito, não acham? Esse garoto é muito misterioso e com certeza esconde algo. Vou fazer questão de desmascara-lo.
— E pra fazer isso, você precisará aliar-se ao seu inimigo.
Cristian debochou.
— Como assim?
O questionei, não entendendo.
— Já entendi tudo e acho que o Cristian tem razão. Ele pode ajudar.
— Do que estão falando?
Os questionei, confuso.
— Você não pode perguntar diretamente pra Elisabeth. Ela agora só sabe defender e proteger esse tal de CJ.
— Aonde é que vocês querem chegar?
— Por que será que tem sempre que ter um lerdinho no meio?
Cristian bagunçou os meus cabelos. Peguei seu braço e torci o mesmo, fazendo ele reclamar de dor.
— Tá bom, cara. Desculpa. Não precisa partir pra violência.
— Devia ter te matado no berço quando tive oportunidade.
Como eu disse, o velho Sebastiã não tinha ido totalmente embora.
— Quantos anos vocês têm, hein? Cinco? Cresçam!
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O livro está em reta final .
Leiam com atenção
Um abraço!
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CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
ChickLit• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie