Elisabeth Morelli
Quatro horas de viagem dentro do mesmo ambiente que o Sebastiã. Foi uma completa tortura! A culpa estava me corroendo por dentro. Cristina não nos deixou ficarmos nem perto um do outro. Não sei se agradecia ou se achava ruim.
— Como ele está?
Perguntei, interessada.
"— Quieto na dele. Você devia tentar fazer o mesmo."
Chegamos à delegacia e havia uma multidão de repórteres na porta.
— Estamos aqui agora, ao vivo, em frente a delegacia local esperando por algum depoimento da policial Cristina Carote, que está chegando neste exato momento com o principal suspeito de matar Vagner Montanari, Sebastiã Montanari, seu sobrinho, este que era dado como fugitivo há anos.
Enquanto passávamos pela multidão, percebi que a Cristina não se pronunciava, apenas escondia um sorrisinho, tentando pagar de séria. Acontece que ela gostava de toda aquela atenção, mas não podia falar nada porque : A - deve ter recebido ordens, e/ou B - não tinha o que dizer.
Ignoramos os repórteres e entramos para dentro da delegacia. Cristina levou o Sebastiã para uma sala de interrogatório e eu fiquei sentada na sala de espera.
— Ainda bem que você chegou. O que é aquela multidão toda lá fora?
Um homem, usando uma farda diferente da Cristina e que aparentava ser superior a ela, se aproximou da mesma.
— Eu o peguei, delegado. Eu, sozinha, prendi Sebastiã Montanari.
Disse com certo orgulho.
— Aé, e pelo o quê?
Cruzou os braços.
— Pelo assassinato de Vagner Montanari.
— Foi dito que o Sebastiã era uma suspeita não confiável, que era possível mas que não tínhamos como provar. O exame da autópsia revelou que a morte do Vagner foi por causas naturais. O cara morreu porque tinha que morrer. E outra, o Sebastiã estava fora, não tinha como ele ter matado o tio. Sem falar que era jurisdição da polícia italiana, não nossa. Só ficamos sabendo pela televisão e começamos a discutir sobre quem poderia ter sido. Você levou muito a sério.
— Mas... se ele não for preso por isso, p-pode ser por outras coisas, tipo... eles são da mesma família! Deviam ter ligações nos negócios, como importações ilegais, tráfico humano, contrabando, rede de prostituição, esse tipo de coisa.
— Da onde tirou essas maluquices?
Eu estava escutando tudo em um canto, e na mesma hora que ouvi àquilo, senti que a Cristina queria dizer sobre os maus tratos que sofreu na boate, mas não queria porque tinha medo de arruinar toda a vida perfeitinha que tinha construído.
— Eu trouxe uma testemunha comigo. Só espere aqui e eu vou lá buscá-la, assim o senhor...
— Já chega! Eu não quero saber de mais nada sobre isso, apenas quero que você pare de tentar culpar um inocente e deixe de lado essa sua obsessão pelo Sebastiã. É bom ir lá agora pagar pela sua irresponsabilidade de dizer pra todo mundo que a polícia da cidade não é uma piada, mesmo que, por sem querer, tenha ido atrás de uma pista furada.
— Mas senhor...
— Está suspensa por tempo indeterminado. Vê se tem graça, organizar uma equipe sem minha permissão. Parece que se esqueceu de quem está no controle, mas sempre se lembre de uma coisa, você não é mais que ninguém aqui só porque é casada com o meu braço direito.
— Então vamos liberar um criminoso? Pra ele continuar com as suas tramóias?
O delegado não disse mais nada, apenas abriu a porta da própria sala, de onde saiu a Giovana.
— Srta. Montanari... não que tenha a obrigação, mas será que teria como fazer o favor de...
— Nem vem que não tem, delegado. Essa daí e o outro irmão dela também estão envolvidos. Deviam estar algemados e cada um dentro de uma cela.
— Eu não vou mentir, realmente mexo com alguns negócios que aos olhos de muitos parece ser... uma coisa ilegal, mas se eu explicar bem e a pessoa entender, está tudo resolvido.
— É verdade que você administra uma rede de sexo?
— Só tomo conta de uma boate, nada demais. As meninas dançam seminuas, não dormem com os clientes.
— Disse que também cuida de um armazém de armas?
O delegado continuou e a Giovana rebatia de uma forma impressionante.
— Sim, nós fabricamos armas, para vários departamentos de polícia; e as lojas distribuidoras só vendem para pessoas maiores de idade. E é para uso próprio. Sabe, proteção.
— E as drogas?
— Uso medicinal. Como a maconha, que serve muito bem para as pessoas com glaucoma.
— Isso é ridículo! Acredita mesmo nela?
— Mais do que em você. Agora vai, seu público à espera.
— Com licença, eu vou buscar meu irmão.
Saiu do meio da rodinha e caminhou até a sala de interrogatório. Eu a vi chegando e me levantei.
— Giovana... Você contratou um advogado?
— Não foi preciso. O Sebastiã não está envolvido com nada ilegal, ele é inocente e nós também fomos ao acreditar que você sempre estaria do nosso lado.
— Gio, me desculpa. E-eu não fiz de propósito, fui forçada. Precisa acreditar em mim.
— Você não acreditou quando o Cristian disse que o Sebastiã ainda te amava, porque se tivesse acreditado, nunca teria feito isso.
— Eu não tive escolha. A Cristina ameaçou tirar minhas crianças de mim se eu não ajudasse.
Comecei a chorar.
— Nada disso importa mais.
Abriu a porta e segundos depois saiu novamente acompanhado do irmão, que levantou as mãos e esperou pelo guarda tirar suas algemas.
Não demorou muito até o Cristian chegar, dizendo que o carro já estava pronto. Os três passaram por mim e seguiram reto até a saída.
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Vixi Beth será que o seba te perdoa?
Não sei viu
Gente eu sou muito chata pedindo pra ficarem comentando?
Deve ser por irei que vocês não comentam😂😂😂
Mas ajuda gente
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CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
ChickLit• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie