Elisabeth Morelli
Estava voltando pra casa depois de deixar cada criança em sua respectiva escola. Parei no sinal vermelho e aguardei pacientemente. De repente o sinal abre de novo e o carro na minha frente não anda.
— Qual é, agiliza!
Comecei a buzinar sem parar. Então, quando eu menos esperava, as portas laterais do carro se abrem e saem dois polícias do FBI armados. Eu não percebi logo de primeira, mas de cada lado meu e até na traseira da minha minivan haviam mais três carros pretos. Logo todos os policiais saíram dos veículos e ficaram envolta, me encurralando.
— Que merda é essa? O que está acontecendo?
Olhei ao redor e vi que um dos policiais fazia sinal para que o restante dos carros atrás passassem por outro lado.
— Elisabeth Morelli...
Abriu com força a porta da minha minivan.
— Não acredito...
Era uma velha conhecida minha, Cristina.
— Sentiu saudade?
— Pra falar a verdade, eu nem me lembrava mais da sua existência.
— Saia do carro, por favor.
— Pra que?
— Saia do carro, por favor.
— Isso tudo é por causa de umas multinhas do ano passado de quinhentos mangos que eu não paguei? Porque se for, é um exagero.
— Saia. Do carro. Por favor ou vou alegar resistência contra a vistoria.
Rangiu entre os dentes.
— Okay. Já que você pediu com educação tantas vezes...
Tirei o cinto o segurança e desci do carro.
— Agora entre no veículo.
— Isso é um sequestro ou você vai me levar pra jantar?
— Entra logo.
Disse entredentes, me empurrando para dentro do carro. Nós duas estávamos sozinhas enquanto o restante dos agentes circulavam o carro fort.
— Quanta gentileza.
Disse com ironia.
— Agora eu vou te fazer umas perguntas e é melhor você me responder corretamente, ouviu bem?
— Sim.
Balancei a cabeça em um não.
— Onde está Sebastiã Montanari?
— Ai meu Deus, fala sério!? Você não tem mesmo mais nada melhor pra fazer, né? Vai multar o pessoal que estaciona em vaga de deficiente, vai.
— Não vou perguntar de novo.
— Isso tudo é vingança por ele não ter te dado valor? Qual é, supera.
— Meu marido é chefe do gabinete da polícia local. Eu já segui em frente há muito tempo.
Eu não duvidava. Quando a vi, não sei há quanto tempo atrás, na estrada, a mesma usava uma aliança e parecia estar muito bem de vida. O marido devia ser daqui e estava na Itália de passagem. A chamou para ir morar com ele e agora os dois trabalhavam juntos na polícia.
— Não era ontem mesmo que você estava do outro lado da lei... Abril?
— Escuta aqui...
Puxou sua arma do quadril e a levou pra debaixo do meu queixo.
— Eu não tenho medo de usar isso.
— Esse é o seu "policial mal"? Porque se for, não está dando certo já que... eu não tenho mais medo desse tipo de ameaça.
— Você sempre será uma vadia sem precisar estar encima de um palco, rebolando e recebendo notas de vinte no elástico da calcinha.
— E você nunca fará papel de boazinha mesmo estando do lado certo agora. Me diz aí, o maridão sabe da sua vida passada? De tudo o que já te aconteceu antes de você começar a brincar de polícia e ladrão?
Senti que a minha frase surtiu efeito, pois seu olhar ficou vago e ela amoleceu um pouco.
— Se não me contar aonde o Sebastiã está... Cass, eu vou...
Tirou da trava de segurança. Nessa hora eu perdi a cabeça. Cristina só estava tentando me provocar, mas eu senti que ela estava mesmo era falando da minha filha, por isso a ataquei : joguei sua arma longe e parti pra cima dela, a imobilizando no chão.
— Não sei aonde o Sebastian está e eu gostaria muito que você me deixasse em paz. Estou feliz com a minha vida atual e a última coisa que eu gostaria é que aquele canalha voltasse para ferrar com tudo novamente.
— Se tem tanto ódio mortal por ele, por que não nos ajuda a pegá-lo?
Pensei a respeito na proposta, saindo de cima dela.
— Eu ganharia algo em troca?
— Poderia ficar com o seu orfanato pra sempre. Pensa só que trágico seria se eu... sei lá, decidisse constatar que você não é qualificada ou... não tem uma moradia estável e realmente boa para aquelas crianças. Qualquer um acreditaria fácil, fácil numa policial.
— Não se tira um filho dos braços de uma mãe, sabia disso?
— Então nos ajude nessa. Você tinha ligação com eles, fez amizade. Use isso. Descubra aonde ele está e você ficará livre de mim. Esqueço até essas multas que você mencionou sem querer.
Okay, não vou mentir. Eu não tinha um ódio mortal pelo Sebastian nem por ninguém da família dele. Guardava mágoas, mas ódio mortal é uma palavra muito forte.
— Tudo bem. Eu tô dentro.
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AI EU TO BEM QUIETINHA NA MINHA , E BIXIN VEM MEXER COMIGO 😑😑😑
TACA FOGO NESSE CABARÉ 🔥🔥🔥🔥
MDS TO COM MEDO
COMENTEM MUITO ❤️🤗
A foto na multimídia é a Cristina 💁
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CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
Chick-Lit• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie