Sebastiã Montanari
Foi tudo muito corrido. Esse negócio de levar a Elisabeth no hospital acabou atrasando as coisas pro meu lado. Eu tive que voltar para casa, arrumar minhas malas e ainda por cima explicar pras crianças o que estava acontecendo. A Giovana já tinha feito a compra das nossas passagens, mas como as que ela havia comprado vieram com um horário mais cedo, não tive escolha a não ser comprar outra.
Cheguei na Itália já era uma da manhã. Me hospedei em um hotel, paguei minha estadia completa –por todas as noites que eu ficaria– e mandei mensagem pra Giovana.
"— Já estou aqui."
"— Que bom! Agora vai dormir que amanhã é cedo."
É claro que eu não a obedeci. Fui direto para a minha antiga boate. Fiquei alguns minutos do lado de fora só admirando. Tanto tempo havia se passado, ela estava completamente mudada. Entrei para dentro e tive a enorme surpresa e felicidade em reencontrar o Downey. Ele falou que havia voltado a ativa e estava trabalhando pra Gi, agora que era ela quem comandava tudo.
Eu disse que estava apenas de passagem, pro enterro da minha mãe. Mencionei também o fato de ser pai de uma menina, de ter voltado com a Elisabeth, que estávamos morando juntos... Ele ficou contente em saber sobre as notícias. Cada um explicou o que fez depois da última vez que nos vimos, como estavam as coisas atualmente... foi uma longa conversa.
Depois ele foi separar uma briga entre dois adolescentes e uma dançarina. Parece que o cara havia posto a grana no sutiã dela, a garota deixou cair sem querer, o rapaz pegou o dinheiro de volta e não queria devolver. Já eu fui beber alguma coisa no bar e acabei revendo outro rosto conhecido.
— Drica!
A cumprimentei, me debruçando sobre o balcão.
— O bom filho a casa torna. Eai bonitão, vai querer o quê?
— Uma coca com vodka, por favor.
— Tem certeza que não quer algo mais forte? Eu sei que você é chegado num whisky.
— Até que eu gostaria, mas tenho que acordar cedo amanhã. Vou no enterro da minha mãe.
— Eu fiquei sabendo mesmo. Sinto muito.
— Ela teve uma boa vida...
Respondi meio desinteressado.
— Toma aí, vai. Só pra te deixar alegrinho.
Encheu um copinho com whisky pra mim.
— Por conta da casa.
— Valeu, Dri.
Levantei o copo pra ela.
***
Após relembrarmos o passado, darmos risadas de várias coisas e tomarmos umas boas doses de tequila, eu e a Drica estávamos como?
— Nossa, nem me lembro mais quando foi a última vez que transamos.
Entramos eufóricos para dentro de um quartinho, nos fundos da boate, nos agarrando e nos beijando.
— Na época que eu ainda era o dono e transava com toda garota que eu contratava.
Fui jogado na cama.
— Ah é, verdade.
Ela subiu encima de mim e começou a arrancar minha roupa.
Sim, nós homens somos uns idiotas. Não que eu quisesse trair a Elisabeth, eu a amo, foi culpa do momento e das circunstâncias. Eu estava bêbado e... a Elisabeth não fazia sexo comigo há dias por conta das crianças. Agora que ela fez essa cirurgia, provavelmente demoraria ainda mais tempo até que eu pudesse tocá-la. Acho até que me faria bem ficar esse tempo sem transarmos, pois assim eu poderia apagar aquela imagem de ver a vagina dela sangrando.
— Awn! Isso, Beth.
Arfei ao sentir a Drica beijar o meu pescoço e passar a mão por cima do meu membro.
— E paramos por aqui...
Saiu de cima do meu colo, ficando de pé no meio do quarto.
— Foi mal. E-eu quis dizer Drica.
Apoiei meus cotovelos na cama, olhando pra ela.
— Não adianta. Isso foi um balde de água fria.
— Tá surpresa por causa de quê? Você sabe que estamos juntos.
— É, mas quando se está pensando em trair, você não cita o nome da sua ex.
Pegou suas roupas e começou a se ajeitar.
— Quer tentar de novo?
Sexo. Era só o que eu queria. Sem envolvimento romântico e sem que virasse uma rotina. Seria só aquela vez e pronto.
— Volta pra sua mulher, Sebastiã. Tá na cara que você é caidinho por ela e não quer fazer isso.
Abriu a porta e saiu do quarto. Assim que ela saiu, eu me peguei pensando nisso e dei uma risada espontânea. Eu não conseguia acreditar na minha mudança. Antigamente eu dormia com várias mulheres, cada noite com uma diferente, e agora não conseguia tirar uma da cabeça.
Sentia que podia estar na companhia da mulher mais bonita do mundo, que mesmo assim seria na minha Elisabeth que eu estaria pensando. Sem mais delongas, peguei meu celular e digitei uma mensagem pra ela.
"Estou com saudade, meu anjo. Não vejo a hora de te ver de novo ♡"
Dois minutos depois, ela me respondeu.
"Também estou com saudades, amor. Espero que tenha feito uma boa viagem. Volta logo."
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CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
Genç Kız Edebiyatı• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie