Elisabeth Morelli
Assim que pousamos o jatinho, já tinha até um carro alugado nos esperando. A chave já estava dentro. Foram quatro horas de voo e eu nem ao menos consegui pregar os olhos ou comer alguma coisa de tão nervosa que estava. Cristian dirigiu até o hotel e nós subimos de elevador.
— Você tá bem?
Ele perguntou enquanto caminhávamos pelo corredor.
— Tô aflita.
Dei uma risadinha. Eu sentia as minhas mãos suando frio e as pernas bambas.
— Normal. Este aqui é o quarto aonde ele está hospedado.
Paramos na porta de número 170.
— E se você estiver errado e ele não quiser me ver? Tô começando a achar que foi um erro ter vindo.
Lhe dei as costas.
— Elisabeth, não. Espera.
Me segurou pelo braço e me fez ficar de frente pra ele.
— Isso não é aflição, nervosismo ou enjoo, é ansiedade. Você quer entrar lá dentro, só não sabe o que irá fazer primeiro, se irá abraçá-lo, se vai beijá-lo, se irá agredi-lo, se irá começar a falar pelos cotovelos.
— Você não avisou que nós viríamos, né?
— Não, quis fazer uma surpresa.
— Bom, já que nós estamos aqui...
Suspirei.
— É assim que se fala! Vou deixar vocês a sós. Qualquer coisa estarei no saguão.
Foi em direção ao elevador, com a intenção de descer e me esperar lá embaixo.
"— Quase pensei que você fosse realmente embora... Agora entra e vê se ele está aí mesmo."
Abri a porta e entrei, a fechando de novo. O quarto era gigantesco e muito bem decorado. Tinha uma vista maravilhosa e tudo se encontrava arrumado, o que era surpreendente para um homem que vivia sozinho.
Ouvi passos e prendi o fôlego, não me aguentando de tensão. Era ele, descalço, com uma tigela de salgadinhos na mão, alguns fios de barba por fazer, os cabelos bagunçados e usando apenas uma cueca boxer preta. Ele estava do mesmo jeitinho... Seu corpo todo tatuado a mostra e seus incríveis olhos azuis vidrados, me encarando sem acreditar.
— Elisabeth?
— Sebastiã!
— O-o que faz aqui?
Se aproximou, deixando a tigela encima da mesinha de centro.
— O Cristian me trouxe. Eu... eu vim ver você.
Ele abriu um sorriso de orelha a orelha, correndo até mim e me pegando pela cintura.
— Como você fez falta!!!
Levei minhas mãos até a sua nuca e o puxei para um beijo.
"— O pássaro está no ninho. Repito, o pássaro está no ninho. Vão, vão, vão!"
De repente eu comecei a chorar e virei meu rosto.
— Que foi?
Soltou uma risadinha.
— Eu não beijo tão bem quanto antes ou é muita emoção pra você?
Acariciou os meus cabelos.
— Me desculpa.
Toquei seu rosto e ele, um tanto confuso, limpou minhas lágrimas.
— Pelo o que? Por que tá chorando?
— SE AFASTA DA MOÇA. MÃOS NA CABEÇA AGORA!
Policiais chegaram eufóricos, arrombando a porta.
— O que... O que está havendo? Como entraram aqui?
Obedeceu, dando alguns passos para longe de mim.
— Bom trabalho, Beth.
Cristina chegou no quarto, com um sorriso vitorioso nos lábios.
— Olá, Sebastiã. Também sentiu minha falta?
— Cristina? V-você estava trabalhando pra Cristina?
— Sebastiã, eu sinto muito. Ela me obrigou. Eu não queria que...
— Sim, ela estava. Deixa que eu faço isso.
Foi para trás do Sebastiã e empurrou o policial que já estava fazendo o seu trabalho, querendo ter o prestígio de algema-lo.
— Não sabe o quanto isso é gratificante e prazeroso pra mim. Um dia por cima, outro dia por baixo. Que ironia do destino, não?
Sussurrou no ouvido dele.
— Sebastiã Montanari, você está preso pelo assassinato de Vagner Montanari.
— O que?
— Você tem o direito de permanecer calado. Tudo o que disser pode e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado. Se não puder pagar por um, terá um defensor público. Você entendeu os direitos que eu acabei de ditar?
— Eu não matei o meu tio.
— Você entendeu os direitos que eu acabei de ditar?
Ele bufou, achando não ter outra escolha a não ser responder e se entregar.
— Sim.
— Ótimo.
O levou até a porta.
Durante toda a ação, eu o fitei com os olhos, já ele nem olhava na minha cara. Encostado na porta estava o Cristian, balançando a cabeça em um não, incrédulo e completamente arrependido.
"— Desce, Elisabeth. Você virá conosco. Poderá ter que depor contra o culpado. Vai esclarecer tudo ao juiz sobre o que você passava quando ainda trabalhava na boate. Os mals tratos, o abuso..."
— Não acredito que você foi capaz disso. Eu confiei em você.
Cristian me repreendeu, aproximando-se de mim.
— Não era minha intenção.
Passei correndo, com os olhos cheios de água e envergonhada de mim mesma.
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É cada burrada que meu deus
CARALHO BETH
COMENTEM MUITO
QUE POSTO O PRÓXIMO CAPÍTULO... TÁ PRONTINHO AQ
VOCÊ ESTÁ LENDO
CRISTIAN- MÁFIA MONTANARI [L3]Irmãos Da Máfia 2018
ChickLit• completo × livro 3 Para entender este livro é necessário ler Sebastiã e Bartolomeu Erros ortográficos como sempre Mas quando concluirmos os 3 livros entraram em Revisão Plágio é crime E blá blá blá Você sabe não copie crie