Eu acordei com dor de cabeça, olhei para meu corpo e estava no original de antes, suspirei aliviado. Ficar um dia inteiro no corpo de uma estranha garota estava ficando estranho e cansativo. Senti um corpo colado ao meu e reparei que era Henry, esqueci que ele dormiria aqui, o que a Star fez para ele dormir na minha cama comigo? Não sei, mas gostei da idéia, ele se mexe e seus olhos começam a se mexer, fecho os olhos fingindo dormir.
Senti sua respiração perto de mim e senti um estalo na cama, Henry se levantou cambaleando ainda derrotado pelo sono, e foi ao banheiro do meu quarto. Abro os olhos e solto um pequeno sorriso pela cena. Me levanto da cama e sinto os dedos congelarem nesse chão frio.
Aproveitei que ele usava o banheiro e troquei de roupa, tirando meu pijama e coloquei uma calça jeans, all star preto e uma camisa rosa até que estilosa. Peguei minha jaqueta pelo frio que fazia e vestir, Henry demora no banheiro demais então só chego entrando, ele cantarolava no chuveiro e por sorte tinha uma cortina poupando minha visão e minha pressão sanguínea. Fiquei escovando os dentes enquanto meus ouvidos quase sangravam pela voz horrível dele cantando no chuveiro.
Ele abriu a cortina e gritou de susto e só coloquei a mão no peito tremendo pelo susto.
- Não me mata assim! - Ele respirou fundo, estava enrolado na toalha e foi até a pia onde eu estava, terminei e lavei a boca.
Tinha uma tábua branca deitada em horizontal onde eu guardava algumas coisas, guardei a escova em um potinho e tampei, e me estiquei para pegar um remédio lá em cima, porém Henry se esticou também e pegou uma escova extra que minha mãe sempre guardava, Henry se encostou demais em mim demais e senti tudo, minha pele ardeu e peguei logo a caixinha saindo da frente dele todo vermelho, ele ficou escovando os dentes enquanto eu fui para a cozinha.
Passei pela sala e Julian estava assistindo televisão e rindo de um seriado antigo de comédia, cheguei na cozinha e vi comida em cima da mesa, me sentei e comi uma panqueca que minha mãe fez e tinha uma bolinha marrom em cima com umas barrinhas marrons por cima como cobertura.
- O que é isso? - Pergunto alto para o Julian.
- Brigadeiro, no Brasil tem muito disso - Eu já comi brigadeiro mas não me lembrava muito, eu tinha uns dez anos.
Peguei ele e comi e uma explosão doce preencheu minha boca, meu corpo se arrepiou todo e até fechei os olhos saboreando.
- Eu que fiz gostou? - Julian entrou na cozinha e ainda estava me acostumando com a presença dele.
- Vou chorar de tão bom... como sabe fazer?
- Passei dez anos no Brasil - Essa eu não sabia.
Terminei de comer e saio de casa indo para a lanchonete Hills, a viagem será em duas horas e tinha que me apressar. Quando entrei vi Ruby no caixa, logo estampei um sorriso e fui até ela.
- Oi neném! - Ela me olhou de cima a baixo e me abraçou mesmo com o balcão atrapalhando, beijou minha bochecha e se afastou.
- Oi princesa! Cadê a Sam? - Perguntei tentando olhar para os fundos da loja, aquela porta que leva a um lugar estranho, escuro e que me dá medo.
- Folga hoje... por quê?
- Preciso me despedir, mas mando mensagem.
- Vai para a viagem né?
- Sim - Ela me olha como cachorro sem dono e me abraça mais.
- Vou sentir saudades.
- É só uma semana! - Ela me aperta e tira meu ar mas depois solta.
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Marca das trevas
Любовные романыDo mesmo universo de "O escolhido da Lua". Cal era um simples garoto normal, porém despertou um poder que ia além da sua compreensão, logo ele terá que sobreviver no novo mundo sobrenatural, com isso ele se apaixona por um garoto que conhece, seu mu...