Eu estava sorridente e feliz como nunca, pelo menos no meio desse caos todo eu tenha alguém que me ame, de uma forma diferente e que eu goste. Dormi a noite toda sonhando com Henry e eu, eu tinha alguém e não vou perdê-lo por uma guerra boba. Acordo e olho pela janela, é hoje que irei a o coliseu, Henry já tinha acordado e canta no banheiro enquanto eu fico pensando como vamos tentar parar. Ele sai do banheiro só de toalha e seu cabelo ruivo fica lindo molhado, ele sorri quando me vê e suas covinhas são uma beleza.
- Está pensando em como evitar não é?
- Sim, estou nervoso, será que vai dar certo? - Ele me envolve com seus braços e beija o topo da minha cabeça - Você confia em mim?
- Claro, eu te amo.
- Acharei um jeito de concertar isso tudo, isso não pode acontecer, ainda nem nos casamos.
- Está querendo casar? - Riu e me beija devagar - Está rápido senhor Henry.
- O que tem? - Ele parou e fitou meus olhos por um tempo - Nossa garoto como você deixou tão... apaixonado, eu te amo coisa fofa - Ele aperta minhas bochechas um pouco com cuidado já que é onde minhas marcas estão.
Fomos de mãos dadas para a recepção onde estão reunindo as pessoas para o passeio, todos olham para a gente, mais precisamente nossas mãos dadas, parece que somos de outro planeta. O professor para mas logo retoma o que falava. Eu estava constrangido e suando frio, mas de alguma forma, meu namorado estava orgulhoso por mim, de alguma forma, eu não ligo para o que disserem. Mas o problemas não está comigo, aliás todos sabem que fico com garotos.
Mas como Henry é galinha, e pra eles, "hétero", é uma novidade e tanto. Espero não ter que passar por tudo isso sozinho.
Uma van pegou todos os alunos em frente, fiquei olhando o nome do hotel sumindo pela janela. Henry ainda estava tenso segurando minha mão, ainda suando. A poltrona era confortável mas para ele era como pedra. A estrada estava boa e não tinha muito barulho da van o que deixava mais pesado esse clima.
Reparei que ele suava e pessoas ao nosso redor sussurrava e se ouvia "bichas" e "falso" por todo lado. Não sei se Henry estava mentindo dizendo que era hétero ou não, mas de toda forma não era uma coisa minha.
Laura apareceu entre a gente por cima da poltrona sorrindo.
- Não liga para o que dizem, acho vocês super fofos - Victória também aparece.
- Sempre achava que vocês iam ficar juntos mesmo, o casal mais lindo da escola.
- Obrigado - Henry disse devagar e apertei mais sua mão, para passar confiança. Elas voltaram para seus lugares e logo percebi alguns sorrisos e gente fazendo corações com as mãos mas não era de preconceito, nos apoiaram.
Logo chegamos e a van estacionou. Henry apertou minha mão e nossas forças eram capazes de explodir uma parede agora. Descemos todos em desordem e quase fui atropelado por um monte de gente. O coliseu me passava uma energia negativa e um frio na barriga. Ele se aproxima de mim.
- Já vou indo - Henry sussurra e me beija. Parece uma despedida, como se o Titanic fosse afundar. O pior, é que é uma despedida, bom, talvez.
Ele segura minha mão, talvez pela última vez e o vejo sair por aí devagar para não ser pego pelo professor. Entramos e cada parte de mim queria correr dali e se esconder. Mas não podia mais, alguma instrutora nos explica coisas mas eu não prestava atenção. Eu tinha que fazer isso.
Sai de perto das pessoas e vou andando por um beco escuro, algo toca no meu ombro e meus pelos sobem.
- Onde vai? - Quase grito quando me viro, era só o Julian.
- Preciso de ar, ficar longe de gente, tóxica.
- Entendo então vou com você - Não!
- Volta, não quero companhia - Continuo a andar enquanto ele ficou parado lá. Vejo algumas coisas escritas e o que parecia ser celas para prisioneiros, ou animais ferozes. Saio por uma passagem e reparo que era o centro do coliseu. Engulo em seco, as nuvens já estavam cinzas mas silenciosas, até o som dos pássaros sumiu, parece que o planeta estava ansioso para testemunhar o começo do fim.
Ando mais um pouco, o solo era um pouco seco e rachado, mas era de vários anos atrás. Olho para frente e vejo uma garota, mas ela está um pouco longe, mas reconheço, a ligação com ela é forte. Star.
- Cal? - Nos aproximamos - Então vai ser verdade?
- Eu estou planejando parar, meu amigo vai parar tudo isso - Vejo areia dourada saindo do corpo dela.
- Eu estou me sentindo controlada, saiba que não é nossa culpa - Involuntariamente sai breu de mim, vai começar. Um relâmpago rompe as nuvens e olho para trás e percebo Julian, nos olhando apavorado, mas eu não posso falar, não mais. Só penso e um matá-la. Não me controlo.
Lâminas douradas se formam e avançam na minha direção, me protejo fazendo um escudo e minhas asas negras se formam me fazendo voar, disparo lâminas afiadas contra ela que gira o corpo e desvia de todas. Asas de borboletas se formam nela e logo estamos de frente um para o outro no ar. Ela faz uma lança dourada enquanto eu invoco minha espada corrompida, a nossa força faz sair faísca das armas.
Ela me prende em um chicote e a areia negra queima minha pele, saio como vulto negro.
- A alguns dias - Ela tenta se impedir e resistir - Um demônio me atacou, mas eu o matei e roubei sua lança, eu a encantei.
- Um anjo me atacou e corrompi sua espada - Pelo visto não fui o único atacado. O inferno também não quer essa briga, outro raio rompe o céu.
Avancei contra ela que me chutou e segurou minha perna me jogando no chão, a força fez criar rachaduras. Olho para o lado e vejo Julian, sem controle o Breu o ataca mas por sorte Star entra no meio e o protege. Um dinossauro de areia dourada me morde e corre comigo na boca, soco seu dente e logo a areia dourada vira negra. E do dinossauro, surge cavalos e corvos.
Ouço o som dos cavalos negros que expelem fumaça negra no lugar dos pelos. Star estava no meio de unicórnios brilhante e pássaros de luz. Rápido Henry. Corro e o impacto do meu poder com o dela cria rachaduras no coliseu, e logo estávamos lutando perto de prédios, ela me jogava em tendas de feirantes enquanto se defendia de corvos. Aproveitei que ela estava distraída e me concentrei e formei aquela super borboleta que usei no anjo, as árvores morriam a minha volta, e joguei nela que fez uma borboleta igual, só que de areia dourada e feixes de luz, o choque me jogou para trás e caí no chão com força o chão abriu um buraco com a destruição. Me senti mais fraco. Cada vez mais. E a areia ao meu redor se dissipou, o mesmo aconteceu com Star. E consegui controle de mim mesmo.
- O que aconteceu? - Ela correu até mim, mas estava com controle.
- Acho que Henry conseguiu! - Olho em volta em me toco do caos - Melhor corremos.
- Bom mesmo - A puxo para longe.
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Marca das trevas
RomanceDo mesmo universo de "O escolhido da Lua". Cal era um simples garoto normal, porém despertou um poder que ia além da sua compreensão, logo ele terá que sobreviver no novo mundo sobrenatural, com isso ele se apaixona por um garoto que conhece, seu mu...