Capítulo 25

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 Eu estava sorridente e feliz como nunca, pelo menos no meio desse caos todo eu tenha alguém que me ame, de uma forma diferente e que eu goste. Dormi a noite toda sonhando com Henry e eu, eu tinha alguém e não vou perdê-lo por uma guerra boba. Acordo e olho pela janela, é hoje que irei a o coliseu, Henry já tinha acordado e canta no banheiro enquanto eu fico pensando como vamos tentar parar. Ele sai do banheiro só de toalha e seu cabelo ruivo fica lindo molhado, ele sorri quando me vê e suas covinhas são uma beleza.

- Está pensando em como evitar não é?

- Sim, estou nervoso, será que vai dar certo? - Ele me envolve com seus braços e beija o topo da minha cabeça - Você confia em mim?

- Claro, eu te amo.

- Acharei um jeito de concertar isso tudo, isso não pode acontecer, ainda nem nos casamos.

- Está querendo casar? - Riu e me beija devagar - Está rápido senhor Henry.

- O que tem? - Ele parou e fitou meus olhos por um tempo - Nossa garoto como você deixou tão... apaixonado, eu te amo coisa fofa - Ele aperta minhas bochechas um pouco com cuidado já que é onde minhas marcas estão.

Fomos de mãos dadas para a recepção onde estão reunindo as pessoas para o passeio, todos olham para a gente, mais precisamente nossas mãos dadas, parece que somos de outro planeta. O professor para mas logo retoma o que falava. Eu estava constrangido e suando frio, mas de alguma forma, meu namorado estava orgulhoso por mim, de alguma forma, eu não ligo para o que disserem. Mas o problemas não está comigo, aliás todos sabem que fico com garotos.

Mas como Henry é galinha, e pra eles, "hétero", é uma novidade e tanto. Espero não ter que passar por tudo isso sozinho.

Uma van pegou todos os alunos em frente, fiquei olhando o nome do hotel sumindo pela janela. Henry ainda estava tenso segurando minha mão, ainda suando. A poltrona era confortável mas para ele era como pedra. A estrada estava boa e não tinha muito barulho da van o que deixava mais pesado esse clima.

Reparei que ele suava e pessoas ao nosso redor sussurrava e se ouvia "bichas" e "falso" por todo lado. Não sei se Henry estava mentindo dizendo que era hétero ou não, mas de toda forma não era uma coisa minha.

Laura apareceu entre a gente por cima da poltrona sorrindo.

- Não liga para o que dizem, acho vocês super fofos - Victória também aparece.

- Sempre achava que vocês iam ficar juntos mesmo, o casal mais lindo da escola.

- Obrigado - Henry disse devagar e apertei mais sua mão, para passar confiança. Elas voltaram para seus lugares e logo percebi alguns sorrisos e gente fazendo corações com as mãos mas não era de preconceito, nos apoiaram.

Logo chegamos e a van estacionou. Henry apertou minha mão e nossas forças eram capazes de explodir uma parede agora. Descemos todos em desordem e quase fui atropelado por um monte de gente. O coliseu me passava uma energia negativa e um frio na barriga. Ele se aproxima de mim.

- Já vou indo - Henry sussurra e me beija. Parece uma despedida, como se o Titanic fosse afundar. O pior, é que é uma despedida, bom, talvez.

Ele segura minha mão, talvez pela última vez e o vejo sair por aí devagar para não ser pego pelo professor. Entramos e cada parte de mim queria correr dali e se esconder. Mas não podia mais, alguma instrutora nos explica coisas mas eu não prestava atenção. Eu tinha que fazer isso.

Sai de perto das pessoas e vou andando por um beco escuro, algo toca no meu ombro e meus pelos sobem.

- Onde vai? - Quase grito quando me viro, era só o Julian.

- Preciso de ar, ficar longe de gente, tóxica.

- Entendo então vou com você - Não!

- Volta, não quero companhia - Continuo a andar enquanto ele ficou parado lá. Vejo algumas coisas escritas e o que parecia ser celas para prisioneiros, ou animais ferozes. Saio por uma passagem e reparo que era o centro do coliseu. Engulo em seco, as nuvens já estavam cinzas mas silenciosas, até o som dos pássaros sumiu, parece que o planeta estava ansioso para testemunhar o começo do fim.

Ando mais um pouco, o solo era um pouco seco e rachado, mas era de vários anos atrás. Olho para frente e vejo uma garota, mas ela está um pouco longe, mas reconheço, a ligação com ela é forte. Star.

- Cal? - Nos aproximamos - Então vai ser verdade?

- Eu estou planejando parar, meu amigo vai parar tudo isso - Vejo areia dourada saindo do corpo dela.

- Eu estou me sentindo controlada, saiba que não é nossa culpa - Involuntariamente sai breu de mim, vai começar. Um relâmpago rompe as nuvens e olho para trás e percebo Julian, nos olhando apavorado, mas eu não posso falar, não mais. Só penso e um matá-la. Não me controlo.

Lâminas douradas se formam e avançam na minha direção, me protejo fazendo um escudo e minhas asas negras se formam me fazendo voar, disparo lâminas afiadas contra ela que gira o corpo e desvia de todas. Asas de borboletas se formam nela e logo estamos de frente um para o outro no ar. Ela faz uma lança dourada enquanto eu invoco minha espada corrompida, a nossa força faz sair faísca das armas.

Ela me prende em um chicote e a areia negra queima minha pele, saio como vulto negro.

- A alguns dias - Ela tenta se impedir e resistir - Um demônio me atacou, mas eu o matei e roubei sua lança, eu a encantei.

- Um anjo me atacou e corrompi sua espada - Pelo visto não fui o único atacado. O inferno também não quer essa briga, outro raio rompe o céu.

Avancei contra ela que me chutou e segurou minha perna me jogando no chão, a força fez criar rachaduras. Olho para o lado e vejo Julian, sem controle o Breu o ataca mas por sorte Star entra no meio e o protege. Um dinossauro de areia dourada me morde e corre comigo na boca, soco seu dente e logo a areia dourada vira negra. E do dinossauro, surge cavalos e corvos.

Ouço o som dos cavalos negros que expelem fumaça negra no lugar dos pelos. Star estava no meio de unicórnios brilhante e pássaros de luz. Rápido Henry. Corro e o impacto do meu poder com o dela cria rachaduras no coliseu, e logo estávamos lutando perto de prédios, ela me jogava em tendas de feirantes enquanto se defendia de corvos. Aproveitei que ela estava distraída e me concentrei e formei aquela super borboleta que usei no anjo, as árvores morriam a minha volta, e joguei nela que fez uma borboleta igual, só que de areia dourada e feixes de luz, o choque me jogou para trás e caí no chão com força o chão abriu um buraco com a destruição. Me senti mais fraco. Cada vez mais. E a areia ao meu redor se dissipou, o mesmo aconteceu com Star. E consegui controle de mim mesmo.

- O que aconteceu? - Ela correu até mim, mas estava com controle.

- Acho que Henry conseguiu! - Olho em volta em me toco do caos - Melhor corremos.

- Bom mesmo - A puxo para longe.


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