Capítulo 26

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*Henry*

Eu fiquei andando pela rua para achar alguma forma de achar a caverna da magia. Eu li o livro que o Cal recebeu. Quando mais precisamos ela aparece, fiquei procurando nas memórias uma forma de achá-la.

Estava desesperado para achar. Precisava de uma porta, vou até uma loja perto e abro a porta e entro. Estava escuro e frio. Eu conseguir! Ando até a luz no fim do túnel e quase cego quando vejo uma luz, era a caverna. Cristais de diversas cores deixavam o lugar maravilhoso, e vejo uma garota do outro lado.

- Quem é você? - Pergunto.

- Sou a escolhida do espaço, estava indo para o meu quarto quando apareci aqui... a profecia está acontecendo não é?

- Sim, precisamos parar - Me aproximo da água cristalina.

- Como?

- Destruindo a magia - Ela entende e contorna vindo até mim.

- Se é preciso ajudarei. Mas como?

- Precisamos de todos aqui. Pode fazer isso?

- Como você acho que posso - Olho para seus olhos que são rosa e seu cabelo é rosa também. Juntamos nossas mãos e sinto minha bochecha queimar. Um por um, os escolhidos apareciam do nada. Não posso falhar.

- Precisamos destruir a magia - A escolhida do espaço soltou minha mão e olhou para os outros que estavam perdidos olhando em volta. Suas marcas é um oito deitado, o símbolo do infinito, rosa. Olhei para os outros e cada um era diferente. Marcas diferentes. Tinha um que me chamou atenção. Aquele deve ser o do Estranho, ele não tinha marcas mas sim uma tatuagem no peito de um diamante invertido.

- Não podemos! A luta precisa acontecer, sem magia o que será do mundo? Pensou nisso? - Um garoto de cabelos um pouco longo disse e suas marcas era de rosas, o Escolhido da mente.

- Precisamos, não vai ter mundo se a guerra acontecer.

- E talvez se a magia morrer - Os outros estavam inquietos, a caverna treme, eles já estavam lutando.

- Mas eu prefiro ficar no talvez do que na certeza. Quem está com a gente? - Os Escolhidos levantam a mão e começaram a se aproximar mas logo pararam.

- Só por cima de mim - Eles estavam sendo controlados pelo escolhido de mentes - Isso não vai dar certo - Eles se juntaram a ele, meus músculos estavam tensos. Alguém acerta ele que desmaia. O escolhido do estranho, era imune a ele, sorte.

- Vamos logo - Ele disse ficando do meu lado e virado para a estrela, todos logo saíram do transe e correram para ficar em volta. Demos as mãos e uma corrente passou por mim.

- Para isso acontecer, precisa de um feitiço chave, por sorte o estranho é o único que sabe - O "Estranho" disse. Ele suava frio - Repitam comigo. Você nos deu vida mas agora trago sua morte - Todos repetiam de mãos dadas a água cristalina começou a escurecer, a caverna tremia e os cristais rachavam mas aí parou e a estrela ainda brilhava.

- Precisamos dele - O irmão novo de Cal, Thomas gritou e todos olharam para o escolhido da mente que ainda estava caído no chão. Ele se levanta e nos olhos.

- Vocês vão morrer assim! - Ele gritou.

- Precisamos é você sabe, a era dos escolhidos precisa acabar, a magia faz mais mal do que bem - Ele para e parece nos analisar.

- Estão certo, eu entrei na mente de vocês, a magia tornou a vida de vocês um inferno. Eu ajudo - Ele correu e juntou suas mãos sorri e voltamos a dizer as palavras. Nossas marcas brilharam e se apagaram, e a luz da Estrela sumiu, acabou. Eu me sentia fraco e a caverna tremia.

Os cristais não brilham mais, estão quebrados, rachados ou cinza. Sem cor. Sem luz. A caverna começa a cair em pedaços e um brilho emana da água iluminando todos. Um pedaço enorme desmorona e leva tudo. Fecho os olhos de medo. Abro e percebo que voltei para a cidade. O último feito da magia foi nos salvar dela mesma. Me sinto humano de novo, sem visões do passado, e do futuro.

Sinto algo no meu bolso, pego e é um frasco, com saliva.

- Eca - junto tinha um bilhete.

Para o Cal, ele pediu.

Thomas.

Ele deve ter colocado no meu bolso antes de ser mandado de volta. Ando e vejo pessoas fugindo, árvores mortas e corvos gritando por todo lado. Corro e encontro Cal e a Star fugindo.

- Você conseguiu! - Ele solta a mão dela dela e me abraça - Obrigado - Ele me beija e quase me derreto, meu coração está acelerado.

- Foi estranho. Além disso - Entrego o frasco para ele - Precisamos salvar um amigo ainda.

Ele sorri e me abraça, só depois de um tempinho eu lembrei da Star ali.

- Vou para casa, lá deve estar uma confusão - Olhamos para ela, e logo sai andando. Voltamos para o hotel e estava um estardalhaço por todo lado. Fomos para o quarto do Julian e batemos na porta. Ela abre devagar, entro mais e Cal estava tenso.

- O que foi?

- Ele me viu na luta - Respiro fundo e olho para o quarto. Ele não estava lá - Cadê ele?

- Não sei... ele fugiu pra cá.

- Vamos nos separar okay? - Digo e não espero resposta, corro por entre os corredores a sua procura. Subo no elevador até o topo do prédio. Quando a portas abrem eu ouço vozes.

Não consigo entender, vou andando até elas e tinha uma parede que separa, contorno ela e me assusto, Julian com uma arma apontada para um garoto.

- Você é um monstro sabia? E não foi só comigo.

- Julian! Abaixa isso - Ele me ver e aponta pra mim, sinto um calafrio e eu começo a suar - Por que?

- Esse idiota... - Transborda lágrimas dele - Me passou HIV, agora esse palhaço vai pagar por isso - A arma volta para o garoto assustado. Cal aparece e corre para a frente dele, Julian dispara e acerta Cal na barriga, grito ao mesmo tempo que choro. Não, não, não!

- Cal? - Julian se afasta e corro para ajudá-lo. Aperto o local da ferida. Enquanto ele geme no chão.

- Vai ficar tudo bem - Pego o frasco do Cal e jogo para o Julian - Não era isso que queria? Agora some! - Seu sangue molha minhas mãos, ele não pode morrer.

É muito jovem. Pego meu celular mas o sangue suja tudo, coloco a mão esquerda para a ferida, as lágrimas não deixa eu ver.

Alguém toca o meu ombro, Julian, ele também chorava.

- Preciso concertar isso, ele precisa mais do que eu - Ele vira o frasco na ferida e o líquido se espalha com o sangue. O sangue começa a se juntar na ferida, a bola sai como se fosse cuspida, e a ferida se fecha. Que sorte.

Minhas lágrimas caem no chão e Cal adormece, pelo menos está vivo. Julian sai pois sabe que de mim, não sairia um obrigado. Pego ele no colo e levo para o elevador e logo estávamos no quarto, sua respiração era leve. Tiro a roupa que ainda tinha sangue e as deles também. Jogo fora e lavo as mãos. Sentei ao lado dele e o vejo dormir. Suas pálpebras se mexem e abre os olhos. Eram lindos, aquele verde me dava esperança.

Ele sorri e o beijo rápido, várias vezes sentindo já sua falta.

- Calma - Ele sorri e me afasta um pouco - Obrigado.

- Aquele Julian! - Começo e ele para com um beijo.

- Eu perdôo ele... ninguém sabia o que se passava, ninguém podia ajudá-lo de verdade. Nem mesmo a cura do Thomas. O verdadeiro dano está na mente dele, e você não viu o que aconteceu com ele, eu vi, e eu que deveria pedir desculpas por ser cego, ele estava pedindo ajuda enquanto todos achavam piada. Então ele descontava a raiva em mim, pois no fundo ele me amava - Congelo um pouco mas o abraço.

- Não morra senão eu te mato está bem?

- Pode deixar.

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