A luz do sol invadiu pela janela do quarto e me fez acordar. Ela refletia em algo e projetava um arco-íris enorme na parede cor bege. Me levantei e fui para o banheiro fazer minhas higienes básica. Saio e vejo Henry sentado com a cara de sono e o cabelo ruivo todo bagunçado. Sorrio de lado e estalo os dedos na sua frente.
- Tudo bem? - Pergunto e ele me olha e sorri.
- Morri ainda não, só estou com sono, o fuso horário me quebrou - Fala e logo boceja, ele se levantou e percebi seu short pijama um pouco errado. Sento na cama e aquele meu colega ainda está dormindo, Henry volta ainda com o pijama errado mas com o cabelo mais arrumado.
- Vem cá - O chamo e ele fica de frente para mim, sorrio e arrumo seu pijama.
- Obrigado - Outro bocejo dele, ponho uma calça jeans cinza um pouco rasgada e uma camisa verde, ponho um tênis e saio do quarto, chego na recepção e tinha algumas pessoas por lá.
Passo direto e saio do hotel, logo de frente tem a praça com várias pessoas correndo, pulando e se divertindo. Vejo Julian longe sentado em um banco e me aproximo.
- O que faz aqui? - Pergunto e ele e seus olhos me encaram.
- Só pensando na vida - Um silêncio permaneceu enquanto ele olhava para as pessoas me sentei ao seu lado - Eu nem pedi para nascer sabe, tudo isso está sendo um pesadelo.
- Você sabe quem fez isso com você? - Ele para e pensa.
- Um garoto, da nossa sala, Charles - Fico surpreso mas nem tanto, ele é muito galinha.
- Precisamos falar com a polícia! Você sabe o quanto ele é galinha, várias pessoas devem ter pego por causa dele.
- Relaxa eu tenho um plano - Ele se levanta e sai, fico olhando ele até sumir para dentro do hotel, o que ele vai fazer?
Fico por um tempo lá e depois volto para meu quarto, o Henry estava lá, sozinho, jogando uma bolinha na parede e depois pegando de volta, só faltava uma hora para a próxima visita da escola, e ele estava no tédio total.
- O que está fazendo? - Perguntei e ele me viu, sorriu e mostrou covinhas lindas.
- Só passando o tempo... e você? - Parou de jogar a bolinha e deixou-a jogada no chão.
- Olhando para as pessoas, eu nunca perguntei mas como foi com a Star?
- Legal - Ele ficou com a ponta das orelhas vermelhas, fiquei confuso mas não perguntei mais, fui passar por ele e não vi a bolinha, pisei em cima e deslizei rumo ao chão de costa, por sorte Henry me segurou e levei um susto, meu coração quase pulava para fora do corpo, senti um arrepio e quando olhei para seus olhos era tarde demais.
Dessa vez eu estava na escola, ele estava sentado sozinho e eu mesmo me vi, me lembro, foi quando conheci ele, como só vejo lembranças ruins, então isso foi um erro? Ficamos conversando e ele me olhava diferente, seu coração acelerava de uma forma estranha. Pisquei e estava no quarto dele, olhei em volta e vi ele na cama olhando um foto nossa antiga.
- Eu não entendo você, mas me divirto tentando, mas não posso, você nunca escolheria a mim... por quê estou pensando nisso? Para
A última palavra saiu como grito e tampo os ouvidos e fecho os olhos, meus ossos tremem. Abro os olho e nos vejo no meu quarto, eu era um pouco mais velho.
- Henry, não posso esconder algo por muito tempo, demorou mas você é meu melhor amigo né? - Eu digo, foi quando me assumi.
- Claro cara, pode falar o que quiser.
- Eu sou... bissexual - As pontas de suas orelhas estavam vermelhas e logo a imagem se distorce como borrão, ele estava no seu quarto.
- Droga, por quê? Isso só piora para mim, eu... estou ficando louco!
Acordo e ele ainda estava me segurando, me levanto e fico desajeitado ele também, pelo visto, eu queria saber o que estava acontecendo.
- Você viu, não é? - Ele me olha meio cabisbaixo.
- Não tudo - Ele se levanta e sai do quarto, fico meio pensativo, o que significava, eu não vi um pesadelo da vida dele, eu vi algo bom.
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Fomos visitar um prédio de uma agência importante de comunicação, Henry não olhava para mim e eu mal prestava atenção nas coisas que falavam, Julian também criou alguma parede invisível, estava preso nos seus pensamentos e me dava medo. Já se escurecia e começamos a voltar para o hotel, mas sinto uma mão agarrar a minha e me puxar para longe, era Henry, ele nem me olhava e depois de um tempo vi que ele me levava ao parque de diversões.
- Por que me trouxe aqui? - Ele não respondeu me puxou até a montanha russa e entramos depois de enfrentar a fila, começou a subir e o silêncio me corroía.
- Eu não vou falar, mas vou mostrar - Ele estende a mão para mim sem olhar para mim.
- Tem certeza? - Pergunto suando frio e com calafrios.
- Só veja - Ele falou calmo e toquei seu braço e logo me senti engolido pela escuridão e pela sua mente.
- Está me deixando louco! - A imagem muda e vejo quando eu sem "querer" beijo o canto de sua boca por causa da sujeira. As vozes ficam mudas e logo tudo escurece, e quando pisco ele volta para seu quarto e sentir um gosto de bebida - Por quê não paro de pensar em você? - Logo tudo se encaixa - Eu sou tão covarde de não te contar, poxa, eu te amo - Ele começa a chorar mas um sorriso brota - Seus olhos, seu cabelo, você é tudo para mim mas sou covarde, e sempre fui.
Volto a realidade e estávamos no topo e começamos a descer devagar.
- Você me ama? - Solto sua mão e ele me olha com lágrimas nos olhos.
- Sim mas nunca tive coragem de admitir, me escondi nas mulheres, tive medo de nos separar, quando eu deixei de falar com você, foi uma tortura.
- Sério? - Minha cabeça estava a mil.
- Sim, sou um covarde - Estávamos subindo de novo.
- Não você não é - Seguro na sua mão e entrelaço nossos dedos ele me olha confuso e aperto sua mão e ele congela no tempo, mostro para ele em visão dos momentos que mais me senti apaixonado por ele, logo acorda.
- Você também sente o mesmo? - Estávamos no topo, me aproximo dele, depois mais até senti sua respiração no meu nariz, fechamos nossos olhos e selamos em um beijo lento e delicioso, meu coração não estava acelerado, mas eu me sentia confortável como se pudesse voar, mesmo que posso realmente.
Segurei sua nuca e senti sua língua explorar a minha e sua respiração estava ofegante mas a minha estava calma e quase parando, me separei dele e sorri, ele estava da cor de um tomate e logo estávamos descendo novamente, ele olhou para frente com vergonha. Mas senti sua mão segurar a minha no metal frio e entrelaçou nossos dedos novamente e me fez arrepiar.
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Marca das trevas
RomanceDo mesmo universo de "O escolhido da Lua". Cal era um simples garoto normal, porém despertou um poder que ia além da sua compreensão, logo ele terá que sobreviver no novo mundo sobrenatural, com isso ele se apaixona por um garoto que conhece, seu mu...