Capítulo 23

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 Meu cérebro queima e senti arrepio enquanto eu dormia com Henry. Acordo no meio de uma floresta densa, as folhas secas fazem cócegas nos meus braços, me ergo e fico apoiado pelas pernas, tudo estava verde e marrom, uma floresta densa, e com árvores muito altas, ouço um som de aves estranhas, olho para cima e tinha animais estranhos voando pelo céu. Um rugido tremeu meu corpo, um dinossauro sai das árvores, UM DINOSSAURO!

Ele avança com presas e tudo e sinto um puxão e acordo de novo em uma rua, me levanto e olho em volta tinha gente usando roupas antigas, os carros que passavam eram pretos e eram menores, eles me olharam estranhando as minhas roupas. Eu estou flutuando no tempo.

Mais um salto e apareço na caverna da magia, tinhas pessoas em volta do lago e a luz refletia nos rostos, são iguais aos desenhados naquele livro. Eles juntam as mãos e marcas nas suas bochechas aparecem lentamente assim como uma luz fala elementos. Luz, Sombras, Lua, Sol, Júpiter, Terra, Plantas, Almas, Som. Tinha mais pessoas lá e o deles demoraram mais. Mente, Tempo, Espaço e... Estranho. Estranho? Como assim, eles sorriram e se abraçaram, sinto alguém atrás de mim e olho para trás não tinha ninguém, olho para o lago e todos desapareceram, alguém toca o meu braço e volto a olhar mesmo no susto.

- Quem é você? - O jovem que recebeu o poder do tempo, suas marcas eram de ampulhetas azuis clara, lindas mas ele me olhava incrédulo.

- Cal - Falo tenso, ele para de me olhar incrédulo.

- Sei quem é, o que faz nessa época?

- Como assim? Não é sonho?

- Ser atacado por um dinossauro é sonho? - Olho o estupefato.

- Como sabe?

- Eu observo o tempo - Ele começa a andar a minha volta - Conseguir algo que todos os Escolhidos tem problema, eu vivo eternamente, além disso, posso mudar o tempo. Sabe como veio parar aqui?

- Eu estava dormindo com meu amigo.

- Ata foi isso, sabe... ele está na lista, ele será o próximo a receber o poder do tempo! - Minha mente quase explodi, um ruído me faz quase tremer quando ele fala "Poder do tempo". Ponho as mãos nos ouvidos. Então esse era o segredo daquele anjo. Mas ele vive eternamente não pode passar adiante, será isso um erro? - Eu admito, foi crueldade parar o ciclo, eu vivi por muito tempo, e nunca passei adiante - A luz do lago quase me cega, ele brilha muito forte não sei por quê - Mas já deu para mim, por isso você está aqui, para concertar meu erro. Então... continue - Ele abriu os braços.

- Não vou te matar! - Sinto algo se mexer debaixo da minha pele e breu sai involuntariamente e tento controlar.

- Isso vai me matar e você não pode fazer nada, não é sua culpa e preciso e realmente quero paz - Eu tento resistir mas o breu forma uma lâmina afiada que atravessa direto no seu coração, meu corpo tremeu e vi seu sangue sair pela boca. Estou sem força para gritar.

Ele ainda tem um sorriso nos lábios enquanto sua vida vai embora, para bem longe, o breu se dissipa e vou até seu corpo no chão, seus olhos estão fechados e suas marcas enfraquecem e somem, o brilho da estrela cadente desapareceu me deixando no escuro total.

Acordo e Henry se remexe na cama suando e gemendo, me levanto e ele põe as mãos na cabeça e marcas de ampulheta aparecem para ele, e o abajur do nada desaparece e volta como lamparina, o telefone vira aqueles antigos de fio e as camas um pouco mais simples, sua dor passa junto com as marcas e ele continua dormindo como anjo, foi igual comigo mas eu matei tudo em volto já ele... reduziu tudo a antiguidades. Nem dormi, fiquei acordado a noite o vigiando.

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