Capítulo 24 - O Vasto

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Orion não chamara a técnica base de Skiner com seu próprio nome, ele dera o nome daquele que um dia viera a ser o primeiro Baker, Orinio. Seu corpo pulsava, como se a mana estivesse expandindo dentro dele, e queriam se libertar.

Seu pai disse que ele não deveria deixar a mana dominá-lo. Era o necessário.

Seu peito estalou e ele soltou um rugido. A cauda de raio azulada moldou-se para vermelho, e sua velocidade aumentou. E usando a própria magia de Velocidade para se impulsionar, estalou o ar e deixou um vácuo poderoso para trás.

A Valsa dos Sete Pigmentos o deixara usar duas magias dentro da outra, a complementando. Seus estudos quando criança eram corretos, uma base poderia usar a outra. Fechando os olhos, recobrou todos os livros que lera, e cada base de cada Escola Mágica.

Cada runa unida, cada símbolo, cada ensinamento, cada anotação, cada pergunta. Seu conhecimento era tão vasto quando o céu, mas agora, com a Natureza Arcana, ele poderia começar do zero, fazendo suas próprias anotações no Livro Arcano.

Respirou fundo e ao exalar, as sete cores se libertaram.

Ao passar pelas chamas, usou os pés para deslizar pela grama, parando subitamente, observando ao redor. Segurou o cabo da espada enquanto seus olhos marcavam criaturas humanoides presentes.

As criaturas possuíam carcaças tão brancas quanto uma nuvem, com grandes olhos negros e seus cheiros eram podres, com um fedor de sangue misturado com fezes, ferro e vomito. Largas esferas redondas eram liberadas pelo corpo das criaturas, algumas absorvendo os fazendeiros e moradores, outras já liberadas e fechadas completamente.

Orion liberou todo o ar do peito e disparou em um raio. Ele sacou a espada, passando como um risco ao lado de cada criatura e surgindo de frente para um pequeno garotinho que segurava os braços própria mãe, assustado.

Valsa: Tigres Ilustres.

Cada criatura soltou um grito antes de decair em pedaços com agulhas elétricas espalhadas pelos seus corpos. Orion se abaixou, passando a mão na cabeça do garotinho, o confortando um pouco.

– Leve todo mundo pra casa, está bem? Fique lá dentro e não abra a porta para ninguém.

– S-Sim, senhor. E os outros? Tem muitos...

– Eu os protegerei. Tem minha palavra.

Orion esperou que todos os fazendeiros entrasse para a pequena casa, e olhou ao redor. A rua de terra estava cheia de pegadas que seguiam adiante. Ele a seguiu, correndo. Vazio, ninguém pelas ruas, nem mesmo os mais antigos.

Orion parou ao ouvir um tintilar fraco, girou para trás e esquivou-se de algo. O solo atrás de si rachou com o impacto, e o que o provocou era apenas uma pedra.

A força de quem jogou isso deve ser absurda.

– Desviou mesmo – ele olhou para cima, vendo uma mulher com longas asas negras e chifres retorcidos para trás. – E matou minhas criaturas. Pobres criaturas, elas morreram tão rápidos. Eu queria um pouco de diversão, mas vejo que elas não são capazes de matar um Mago.

Orion puxou o pé para trás e tocou o cabo da espada, mirando os olhos ao redor. Ninguém além da mulher.

– Onde estão os outros moradores?

A mulher era linda, com um corpo tão volumoso que Orion não podia ficar entorpecido, ainda assim, ele não cedeu.

– Ah, eu peguei para alimentar meus brinquedos. Sabe, existem muitas criaturas que se gostam do sangue humano. Eu tive que pegá-los, mas eu devolvo depois. Agora, tenho que ir. Até mais, pequeno Mago.

Passos Arcanos: Sombras do LesteOnde histórias criam vida. Descubra agora