Passos Arcanos: Sombras do Leste

Capítulo 5 - Som da Estagnação

O Conselho dos Doze eram um dos poucos grupos continentais que eram conhecidos por todos, incluindo o próprio Clero, eram adorados e idolatrados, odiados e ressentidos por suas façanhas. Acima de todos os Magos, eram considerados nada mais do que os pilares do mundo arcano, altamente influentes em qualquer área de pesquisa ou combate, de expedições ou descobertas.

Seus nomes poderiam ser dito pelo mais ignorante dos homens, e duvidavam que o outro, mais ignorante ainda, não soubesse. Fortes, sábios e determinados, se encontravam uma vez ao ano, em um lugar especifico.

Nova Koppa, a cidade dos grandes feitos, era a morada temporária de todos os Magos que um dia resolveriam doar seus estudos para os atuais Arcanos. E por conta disso, os doze se uniam na cidade, em uma das torres mais altas do Palácio Lidiano.

Feito por um escultor centenas de anos atrás, o Palácio Lidiano foi construído para o Rei Nunos Lidiano, esse morto depois de anos por um dos seus herdeiros, que também foi morto. Uma trágica história familiar de sangue e traições.

No fim, o Palácio perdeu todos os seus herdeiros, e quem dominava sua estadia eram os Magos.

– Acho que depois de tanto tempo, você viria mais gentil do que antes – Anneton dizia ao segurar as nádegas de Heda. Apertava-a com força enquanto beijava seu pescoço. Ambos nus sorriam e se deliciavam com a presença do outro.

Dos tempos sombrios do ano anterior, o Humano Anneton Diaz era considerado um dos pais do Arcanismo Comum. Além de sua grande inteligência e habilidade, também era um dos poucos capazes de produzir uma Runa semiperfeita.

Faltava apenas alguns poucos estudos sobre a Linhagem da Mana, sobre seu interior, os estudos da Escola das Partículas, para achar o resultado final. O fato era que esse pedinte também vinculava com Heda Rassa.

A Elfa era uma pequena encruzilhada entre os desejos lascivos por seu corpo exuberante e sua paixão pelos estudos aprimorados do Bio-Arcanismo. Uma das mulheres mais inteligentes e capazes do Conselho dos Doze, seu papel era acima de tudo, tomar conta da mente do homem mais importante, e seu parceiro.

Era só enrolado nos lençóis, depois um ano separado, que os dois se encontravam em posições que muitos diriam desconfortáveis. O clamor, o querer do corpo do próximo e também suas necessidades básicas os envolviam da forma mais inesperada possível, e depois de uma hora, quando o fogo era extinguido, deixado somente a brasa, eles iniciavam seu segundo trabalho.

– Tem muitas coisas acontecendo no mundo. – Os dedos de Heda iam e voltavam nos cabelos lisos de seu amado. – O Rei Elfo é um garoto um tanto extremista. Consegui escoltar Balick, está vindo para cá com alguns dos meus. Não sei como o garoto conseguiu tirar tudo daquele velho, ele era impecável.

– Bom, os Elfos tem problemas, os Humanos tem problemas, os Anões tem problemas, meu amor. Soube das cidades portuárias a Oeste? Chifre Ondulado vai quebrar antes de conseguirmos lidar com todos os tratados comerciais que esse garoto cortou. – O ponta do cigarro de palha queimava, liberando e unindo-se a fumaça das bocas de Anneton. – O Clero mandou cerca de 20 Campeões da Luz para RiverWood. Se eles conseguirem aquele ponto, será um passo para vir para cá e um passo para dominar o lado Oeste completo. Não temos influências naqueles portos, não como antes. Precisamos de muito para aquele lado.

Os longos cabelos esverdeados da Elfa escorriam pelo travesseiro. Heda retirou o cigarro dos dedos de Anneton e tragou.

– Eles estão começando a se mexer. O Reino de Tenra, em Archaboom, também está sendo dominado por uma grande comoção. Nossas bases ao Sul não vão aguentar muito tempo. Temos que começar a intervir.