CATARINA E LÉO- PARTE II

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- Que conversa é essa agora , amor ?!

Me ajeito com ela na cadeira e ganho beijos por minha barba que preciso aparar.

- Foi uma coisa que me passou pela cabeça , não queria te ver zangado comigo só porque peguei seu celular escondido ...

Estranho o que ela me diz e começo a sintetizar como ocorreu esse encontro com Camila.

- Você chamou Camila aqui se passando por mim ?!

- Não fiz por mal ...

Tapo sua boca com o polegar e em seguida ela sorri se lembrando que essa fala é minha sempre que nos reconciliamos.

- Está me imitando ?!

Questiono-a e tento relevar , sei que minha mãe tem muito a ver com essa história de Camila ficar me perseguindo nos lugares onde vou ...

- Não faz essa cara , juro que não faço mais.

Sinto os lábios dela nos meus que querem me convencer de sua fala anterior !

- O que você disse para que Camila saísse toda apressada ?!

Nos levantamos da cadeira e recebo uma massagem reconfortante em meus ombros enquanto ela formula sua resposta :

- Acho que exagerei um pouquinho ao dizer para ela que se a mesma ficasse atrás de você , eu iria parar na cadeia ...

Catarina me arranca risadas e percebo que estamos demorando demais aqui e que Luna precisa mamar.

- Você não é do tipo de mulher que briga por um homem , Catarina , admita que disse isso só para tentar amedrontá-la !

Pego a bolsa dela enquanto a própria abre a porta da sala para sairmos impressionada com minha afirmação.

- Tem razão , mas por você eu abro uma exceção ...

- Espera , estou ouvindo direito ?!

Tenho minha mão pegada a dela e nossos dedos se comunicam se acariciando a todo instante.

- Não vai querer uma prova maior da teimosia que sinto por você desde que te vi naquela Universidade do que os nossos três filhos , não é ?!

Após me provocar ela cobre os olhos azuis com os óculos escuros e aperto seus dedos em contrapartida.

- Odeio concordar com você , mas me surpreende que tenha chamado Camila para ter esse tipo de conversa ameaçadora !

Seu riso ecoa pelos corredores e chegamos no estacionamento vazio em que estamos sozinhos.

- Isso é tudo culpa sua , sabia ?!

Catarina me critica ao me tomar a bolsa e jogar esse objeto dentro do carro me encostando na lataria do mesmo e em seguida fechando a porta ...

Prensado e contente , amarro sua cintura em meus antebraços e determino :

- Eu sou o culpado de ter te deixado tão apaixonada a esse ponto ?!

Não ver o azul desses olhos é quase uma tortura , então prendo-a em meu corpo para que sinta como estou.

- Pare de ser convencido , eu estava apenas zelando pela saúde dela avisando-a que nem sempre gosto de permitir que as oportunidades de me livrar de um incômodo me escapem !

Os cabelos negros reluzem amarrados , sua musculatura toda entregue me faz retornar à minha adolescência , como se fosse um menino encantado por determinada mulher pela primeira vez.

Ensina-me a te amar ! (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora