Capítulo 23

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Escrito por: Àquila

Rebecca Adams

Está frio, mas eu não ligo, meu coração dói, mas eu não me importo, minha mente está uma bagunça, e eu tô nem aí, ele não me ama, e eu sofro com isso o tempo todo, eu apenas queria que ele me amasse, que ele me olhasse como eu o olho, sinto como se estivesse prestes a desmoronar, eu preciso dele, de todas as formas, ele me faz tão bem, mesmo nos não tendo nada, parece que o amor não é para mim mesmo, venho suportando o amargor do beijo que ele me deu, quando ele me beijou eu me senti tão bem, pela primeira vez senti o sabor de seus lábios e a maciez, eu desejo o beijar novamente, desejo sentir aquela sensação novamente, mas nunca mais irá acontecer, por que o amor é tão traiçoeiro? Ele brinca conosco, brinca com nossos sentimentos, eu sempre sonhei em conhecer o homem da minha vida, e me casar ter meus filhos mas nunca consegui, saia de mais por falta de amor, mas quando eu encontro alguém que faz com que meu coração de voltas, ele está tão distante de meu alcance, e eu não sei se consigo o alcançar, eu me sinto fraca, esgotada, e além de tudo me sinto quebrada, em milhões de pedaços, eu queria ser ela, eu queria ser como ela, por que ela? O que há de extraordinário nela? O que ela tem que eu não tenho? Me sinto diminuída, incapaz, minha garganta dói, meu nariz está entupido e as lágrimas que descem de meus olhos deixam um rastro gelado pelo meu rosto por causa do tempo, o único lugar solitário e triste, cercado por neve, uma energia calma me transpassa, porém, também solitária, a neve me cerca e eu me sinto tão mal, prefiro as flores, porém todas se guardam quando o inverno rigoroso chega, talvez o meu chegou, e para não morrer preciso me resguarda, para não sofrer mais, mas eu não consigo o deixar, há Peter o que você fez comigo? O que você fez com a Rebecca que não ligava se ficava com mais de 10 em uma única noite? Que se sentia bem mesmo não tendo alguém ao seu lado, mas ao mesmo tempo querendo ter uma família? Eu sou incapaz de entender, o sentido de tudo isso, tudo não passa de uma brincadeira, um correndo atrás do outro, e no final, todos sofrem pela mesma dor, pelo sentimento de não ser recíproco, o sentimento de não ser suficiente para aquela pessoa, ou simplesmente que aquela pessoa nunca irá te ver com outros olhos, todos não passam de cegos, um desejando outro sem ver o seu verdadeiro amor ao seu lado, sem notar que quem o ama de verdade é aquela simples amiga, e no final, todos sofrem com o sentimento doloroso que é o amor, no final, talvez todos fiquei sozinhos e sentindo o tão doloroso amor que não foi correspondido.

Sinto alguém encostar em meu ombro e levo um pequeno susto, mas relaxo quando noto ser Dylan, ele me olha preocupado, e ao mesmo tempo confuso, tentei sorrir, mas uma careta se fez no lugar, eu não sabia se chorava mais ou apenas tentava me acalmar, Dylan estava sendo o meu conselheiro nesse tempo e me sentia bem em desabafar com ele, talvez ele também mereça saber o que aconteceu naquela noite.

- O que houve? - Perguntou se sentando ao meu lado, olhei para minhas mãos cobertas pela luva e sorri amargurada.

- Eu apenas estou com o coração partido.

- Por?

- Bem - Olhei para ele e suspirei, eu queria falar, mas eu não queria lembrar - Sobre o beijo, meu e do Peter.

- O que tem? Foi pela confusão no quarto? Você se sentiu ofendida de algum modo?

- Não, não foi isso, foi realmente no dia do beijo.

- Quer me contar? - Perguntou, brinquei com meus dedos e suspirei, então ele se sentou na minha frente e eu comecei a contar.

The collision of two worlds«𝔒 𝔠𝔬𝔪𝔢𝔠̧𝔬 𝔡𝔬 𝔠𝔞𝔬𝔰»Onde histórias criam vida. Descubra agora