Eu me esqueci do seu rosto.

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Gente mais  um capítulo, um pouco curto,para entenderem um pouco mais o que aconteceu com a Lena, quando viu a mãe.Acho que nunca agradeci a vcs que lêem, e comentam a minha história,obrigada a todos.

   Segue capítulo...
   

    Lena olhava no rosto daquela mulher, que oferecia sua ajuda, mesmo sem a conhecer,ela se  lembrou de quando ainda era uma criança, tinha quatro anos, e sua mãe a abraçou bem apertado e disse. " Ter você nos meus braços, é como segurar todo o meu mundo,saiba que eu amo você mais que tudo no mundo" Lena deixa uma lágrima escorrer pelo seu rosto, a mulher com o olhar mais terno que ela já havia visto disse: — Parece que é algo sério,e talvez possa desabafar comigo, afinal de contas sou apenas uma estranha sentada em um parque.

Lena sorriu triste e disse:
— Você tem razão, eu preciso desabafar,mas você…. é...obrigada por estar aqui,mesmo sem me conhecer.

—  Deixa eu contar um segredo para você, talvez Confie mais em mim,para contar o seu... então,não me julgue por favor,  ok? 

—  Prometo. Disse Lena, secando o próprio rosto.

A mulher sorriu gentil e disse: — Eu não deveria,mas sou apaixonada por um homem casado, e ele tem um filho,de quase seis anos,semana passada eu o conheci, e o garoto é incrível é tão inteligente e isso faz com que eu me sinta mais culpada, e todos os dias eu ensaio na frente do espelho a melhor maneira de acabar com tudo,da forma menos dolorosa, e quando ele vem me ver, todo amoroso todo incrível como ele é,eu acabo deixando para outro dia,e para o outro dia, e sinceramente não sei se algum dia terei forças para acabar tudo.
Lena suspirou fundo,pois sabia que os pais dela deveriam sim, continuar juntos pois ela ainda não tinha sido  nem concebida, e apesar da vontade imensa de dizer para a mãe,que deixasse o Lionel, pois assim não nasceria, e se não existo logo não sofro, assim pensava Lena, mas ela sorriu, com algumas dúvidas na cabeça disse: —  Você o ama? 

— Amo,amo muito. 

— Então é simples, fique com ele,e tenho certeza que algum dia...tudo vai dar certo,para os dois.
Lena disse com os olhos marejados, pois ela queria mesmo dizer para mãe, não ir ao lago, quando sua filha que você ainda não está esperando, tiver quatro anos, não vá ao lago,mas em vez disso ela sentiu o toque da mulher em sua mão,a qual disse: —  Vamos lá, qual é o seu problema?

Lena se ajeitou no banco e disse:  — Eu fiz algo terrível...mas se eu não fizesse,ele continuaria a machucar as pessoas... pessoas que eu amo,mas também o amava...sabe que é pior? é que não sinto nada...e as pessoas que eu queria proteger,elas mentiram para mim,por anos...eu deveria me sentir mal,pelo que fiz...mas a única coisa que sinto é ódio...isso me torna alguém muito ruim? 

—  Bom, pelo que entendi você queria proteger as pessoas que ama...e vejo que você sente sim e muito,ou não estaria aqui, chorando conversando com uma estranha,seja lá o que tenha feito, você fez por amor, e tenho certeza que as pessoas a quem se refere,elas amam você, e se mentiram tiveram motivos, talvez os mesmos que os seus.

—  É,talvez...o que eu devo fazer?

— Perdoar, a começar por você,depois as pessoas que tanto ama...eu não sei o que fez,mas se está aqui talvez ainda haja conserto.

— Não,o que eu fiz não tem mais volta...mas o negócio do perdão, esse também é complicado...sabe quando  se entrega? ao ponto de fazer loucuras,como comprar uma empresa por milhões, assinar um contrato que mais te prejudica do que ajuda, por pessoas que só te manipulam com mentiras e falsidade...não sei se há perdão? 

— Esse só depende de você...às vezes pedir perdão é mais fácil que perdoar...mas como minha mãe sempre diz, " errar é humano,mas perdoar é divino"

Lena sorriu, e a única coisa que conseguiu dizer,foi.
—   Obrigada. 

—  Não por isso, fique bem...obrigada por me ouvir também.
Lena olha para mulher,sem dizer nada ela a abraça forte, o que é retribuído com bastante carinho,elas se separam e a mulher diz: 

— Nossa, sabe quando você parece conhecer alguém,então eu senti isso, agora no seu abraço, ele me pareceu tão familiar.
Lena apenas se levantou e disse: — É, eu entendo,sinto o mesmo,mas agora preciso realmente ir,obrigada novamente.
Ela sai rápido dali, pois já não conseguia mais segurar as lágrimas, voltou para dentro da nave,olhou para Sara,e para Kara,a qual se aproximou segurou sua mão, ela olhou para Kara,e disse quase inaudível: — Eu não devia ter feito isso,não devia. Se abaixou sentando no piso da nave, Kara sentou se ao seu lado, Sara saiu deixando elas mais a vontade, Lena suspirou e olhou para Kara e disse,com a voz chorosa: 

—  Eu,quase não há reconheci, eu me esqueci do seu rosto,ela era tão linda.

Lena chorava,Kara abraçou ela e disse.— Lena você só tinha quatro anos, quando ela morreu, é normal não se lembrar. 

— É que eu penso, que tive uma mãe tão incrível, e nunca falei isso para ela,não me lembro de ter dito que a amava. 

— Eu tenho certeza que ela sabia,toda mãe sabe.
Kara disse segurando no rosto de Lena, a qual chorava muito, um choro doído que vinha da alma, e ecoou por toda a nave, Kara não conseguiu dizer nada,apenas abraçou ela bem forte, enquanto a mesma chorava tudo que ela não chorou, durante muitos anos.
Em outra sala dentro da nave, inconscientemente Kara da terra 38 segurou a mão de Lena, a qual também chorava,pois imaginava o que sua sósia estava sentindo, e aquilo era doloroso demais. 

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