Capítulo 5

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Isabela Garcia
Começo me arrumar para ir à Villa Mix duas horas antes, pois sei que vou demorar. Tomo um banho rápido lavando e hidratando o meu cabelo, quando saio do Box enrolo uma toalha em meu corpo e trato de dar um jeito no meu cabelo. Não acho que escovar seja uma boa ideia, festivais tendem a ser lotados, com todo mundo dançando e logo eu ficarei suada, então opto pelo difusor. Meu cabelo é 'liso' e com o uso do difusor ele ganha um movimento interessante que eu adoro. Não faço nada caprichado na maquiagem, apenas um rímel e um batom rosa salmon, e então vou para a parte difícil do dia: escolher a roupa. Depois de provar uma série de combinações eu acabo vestindo uma regata de ceda preta frente única e uma saia de paetê dourada. Calço um salto alto com meia pata que me trará um conforto maior, pego uma bolsa pequena apenas para colocar o meu celular, minha carteira e meu molho de chaves. Quando estou pronta para sair de casa ouço minha campainha, não é possível que já seja ele. Confiro meu visual uma última vez no espelho e respiro fundo antes de abrir a porta. Ó céus! Eduardo está vestido com uma calça jeans clara e uma camisa branca com a manga enrola até os cotovelos.

-Ual vizinha, você está ainda mais linda! - ele me elogia exibindo seu famoso sorriso Colgate.
-Você também não está de se jogar fora - digo na maior cara de pau e sinto as minhas bochechas queimarem.
-Pelo visto já está pronta né? - eu confirmo com a cabeça - Então vamos, quem sabe tiramos a sorte grande e encontramos uma mesa vazia.

Eu saio do meu apartamento e tranco a porta, quando entramos no elevador sinto o cheiro amadeirado que vem do Eduardo. Além de lindo, gostoso, simpático o maldito ainda é cheiroso. Como Deus foi generoso com essa criatura!

-Está animada? O Jorge e Mateus vão fechar o show, ouvi falar que as mulheres os adoram - comenta quando entramos no carro.
-Estou animada, mas não gosto tanto de Jorge e Mateus. As músicas deles são muito melosas - digo fazendo uma careta.
-Pensei que você curtisse - diz em um tom intrigado sem tirar os olhos da estrada.
-Até curto, só que costumo ouvir músicas de acordo com o meu estado de humor, e músicas românticas não se encaixam muito na fase que estou vivendo - explico enquanto ajeito o meu cabelo.
-Ah entendi.

O resto do caminho conversamos amenidades e comentamos sobre as atrações da noite. Eduardo é muito gente boa, e faz com que eu me sinta totalmente a vontade ao seu lado. Após passarmos pela entrada do evento Edu pousa uma de suas mãos na base da minha coluna e me conduz até as escadas que tem no canto do salão. O local já está lotado e um DJ anima a festa, sinto minha pele formigar em contato com a pele quente da mão do Eduardo.

-Pensei que era em uma arena, tipo show - grito no seu ouvido enquanto subimos as escadas.
-Na verdade sempre foi, é que esse ano preferiram fechar esse salão pois assim têm mais controle de tudo que acontece.
-Entendi.

Confesso que prefiro assim, é mais confortável. Descubro que o andar de cima é a área vip onde tem um bar e várias mesas dispostas em posições estratégicas para que quem esteja sentado consiga ver o palco. Diferente do andar de baixo, a aérea vip está quase vazia, exceto por duas mesas que estão ocupadas por alguns jovens.

-Tiramos a sorte grande - diz Eduardo enquanto nos conduzimos à uma mesa que tem uma ótima visão do palco - o que quer beber?
-Vodca é bom.
-Já venho - ele diz enquanto caminha até o bar.

Eduardo demora um pouco e pelo que vejo daqui onde estou ele conhece o barman. A área vip começa a encher e entre tantas pessoas que estão chegando vejo o Ricardo, o médico que trabalha comigo na clínica. Fico olhando em sua direção para cumprimentá-lo e quando ele finalmente me vê vem minha direção.

-Oi flor - diz dando um beijo estalado em minha bochecha.
-Oi Ric, você por aqui?
-Pois é, médicos bonitões também curtem um arrocha - fala enquanto coloca uma mão na cabeça como se segurasse um chapéu invisível e a outra mão na cintura dando uma rebolada um tanto engraçada.
-Ainda bem que você não quis ser dançarino - comento rindo.
-Que isso florzinha, sei que você adorou a minha arrochada - brinca rindo.
-Ai Ricardo, só você!
-Aqui está - diz Eduardo colocando o copo de vodca na minha mão.
-Obrigada!

Sr. DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora