"De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa: "Quero pra mim". Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será".
-Caio Fernando de Abreu
Eduardo Bergamini
Nem acredito que tenho a mulher que amo em meus braços novamente. Tento não pensar que poderíamos nunca ter nos separados se não fôssemos tão orgulhosos, mas isso já ficou para trás. Eu só quero viver ao lado da minha filha e da Bela, tudo vai ser diferente dessa vez, eu sinto.
Bela dorme tranquilamente ao meu lado, com seus cabeços espalhados por todo o travesseiro. Faço um carinho de leve em sua bochecha, e aprecio seu rosto perfeito, que tanto me seduz. Com essa expressão serena, e indefesa, nem parece a briguenta que conheço e tanto amo.-Papai? Mamãe? - escuto Manu procurando por alguém.
Levanto-me da cama apenas de shorts, e destranco a porta.
-Filha, o papai tá aqui.
Manu aparece no corredore sorri aliviada ao me ver. Caminha em minha direção e estende os bracinhos para eu pegá-la.
-Pensei que vocês tinham me deixado sozinha papai, estava quase chorando.
-Uma mocinha chorando? Que coisa feia - brinco com ela que sorri.
-Cadê a mamãe? - entro no quarto com ela no colo - vocês estavam dormindo juntos? - pergunta espantada e eu afirmo com a cabeça - ual.
-Agora vamos ficar quietinhos que a mamãe tá dormindo.
-Ta bom.Deitamos na cama com cuidado, e Bela nem se mexe. Manu me abraça e fico fazendo carinho em seu cabelo.
-Papai deixa eu jogar no seu notebook? - ela me olha com seus doces olhos.
-Porque não pode ser no meu celular, hein mocinha?Faz algum tempo que eu não sei o que aconteceu com meu celular. Tem todo tipo de jogo de menina, de cozinhar, salão de beleza, entre outros. Meu celular com quarenta e oito gigas, está com a memória cheia.
-Porque quero usar a internet papai - diz como se fosse óbvio.
-Meu amor, acontece que esse é o computador do papai trabalhar, tem um monte de coisas importantes.
-Então deixa eu cuidar da minha bebê em seu celular, ela deve estar morrendo de fome.Pego meu celular no criado mudo e entrego para ela. Mesmo com senha, ela desbloqueia o celular, e entra em seus joguinhos. Me faz participar de tudo, e até flalda da 'sua filha', eu já troquei.
-Eu quero ter quatro filhos papai - Manu fala distraída - o Pedro, o Yago, a Daniela e a Paula.
-Nossa amor, tudo isso? - pergunto rindo.
-É papai, o Kaio, meu namorado, disse que só quer ter um filho, mas eu vou converncer ele a ter quatro.
-Você não tem idade para namorar Manuela - digo sério.
-É namoro de criança papai, a gente nem beijou na boca ainda - ela sussura a última parte baixinho.
-E nem vão beijar! Onde já se viu isso? Que pouca vergonha!Manu sorri timida, e volta a jogar seu joguinho. Bela se mexe na cama, e abre seus olhos encontrando os meus. Sorrio apaixonado, e sorrio ainda mais ao ver que ela também sorri ao me ver.
-Durmiu bem amor? - pergunto tirando o cabelo de seu rosto.
-Dormi... E você? - confirmo com a cabeça - e você neném?
-Também mamãe - Manu diz e continua jogando.
-Vocês estão com fome? Poderíamos andar no centro da cidade e comer alguma coisa - sugiro.
-Vamos - Bela diz animada.Levantamos, e enquanto Bela dava banho na Manu, eu fiquei esperando ela. Quando sai, fui tomar meu banho. Terminei, e me troquei, encontrando Manu e Bela prontas já me esperando.
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Sr. Destino
RomancePLÁGIO É CRIME ! No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral - artigo 184 - que traz o seguinte teor: Violar direito...