Eu tinha mesmo que tocar no assunto do meu nome? Odeio quando fico nervosa e dou com a língua nos dentes. Já faz muito tempo que eu tento me convencer que meu nome é Rory e não Aurora. Meu pai adora meu nome mas eu não, julgando pelo que minha mãe se tornou e o fim que teve, carregar seu nome para mim era como uma maldição. Ela sempre dizia que tinha me colocado esse nome porque eu seria igual a ela, desde então eu fujo desse destino horrível.
Gross me deixou sem jeito, atordoada e o pior de tudo, nervosa e excitada. Sua voz forte e seu tipo enorme faziam minhas pernas bambearem. Depois de mostrar claramente minha tristeza ao ouvir ele elogiando esse nome amaldiçoado eu tive que correr para achar um lugar onde enfiar minha cara. Tomei um banho demorado de chuveiro para tentar esfriar a cabeça, precisava esquecer que quase tive um troço ao ficar frente a frente com o espécie mais lindo e sensual que eu já tinha visto.
Passo a toalha nos cabelos molhados e os bagunço para que seque naturalmente, coloco um conjunto folgado de moletom Verde e saio do quarto. Ao começar a descer as escadas quase tropeço e saio embalando, Gross estava na cozinha mexendo em algo, como ao me desequilibrar acabei gritando chamei sua atenção. Seu olhar laranja sobre mim esquentou partes bem improváveis.
- Rory, achei que iria demorar mais. Eu sinto muito se acabei lhe ofendendo, então grelhei carne para me desculpar. - falando desse jeito ele parecia um gatinho desconfiado por ter derrubado o pode da mesa, senti vontade de alertas suas bochechas o que obviamente eu não fiz, seria extremamente estranho. Abri um sorriso para ele.
- Obrigada, Gross. Mas não precisava, você não me ofendeu. - terminei de descer devagar e me aproximei da Ilha da cozinha onde estava a carne e um pouco de arroz.
- Parecia ofendida, triste. Eu não quero que se sinta triste Rory. - será que ele errou ao escolher seu nome? Porque nada do que ele fez até agora demonstrou qualquer indício de brutalidade.
- É só... ah esqueça. Bem, obrigada pela ... carne. Eu tenho certeza que não consigo comer sozinha, me acompanha? - ele assentiu sem se quer pensar, eu me sentia protegida com esse homem grande por perto. Era como uma muralha em Minha frente.
Gross sentou a minha frente e serviu o seu prato, ele comia devagar e me observava atentamente, seu olhar era como fogo sobre mim, podia sentir minha intimidade esquentar. Isso só pode ser piada para minha TPM. Enquanto comíamos alguém bateu na porta, me levantei para atender e ao abrir Brass estava ali.
- Rory, oi. O Jericho está ai? - Lhe lancei meu melhor olhar de confusão.
- Não, quem está aqui é o Gross. Estamos jantando, quer entrar? - seu olhar foi até o felino sentado na Ilha, ele sorriu para mim e assentiu.
Logo estávamos nós três jantando, o silêncio era sufocante e perturbador, eu não tinha um faro sensível às emoções mas, era notório que tinha algo errado. Brass sorria para mim as vezes mas ao olhar para Gross sua mão apertava o garfo em tempo de dobrar a pequena peça de aço.
- Vocês estão bem? - perguntei, a atenção dos dois rapidamente se voltou a mim.
- Ótimo. - respondeu Brass abocanhando o último pedaço de carne do seu prato.
Esperei Gross responder alguma coisa mas ao invés de palavras ou talvez um rosnado, o seu punho bateu contra o tampo da Ilha me causando um susto, soltei um leve e agudo grito. Bom, talvez ele tenha escolhido o nome certo. Brass rosnou em minha direção provavelmente incomodado com o grito que eu dei, não foi a primeira vez que gritei desse jeito perto de seus ouvidos sensíveis, mas logo seu rosnado foi direcionado a Gross que já estava de pé respirando profundo e pesado.
- Mas... qual o seu problema? - perguntei me levantando, Brass fez o mesmo vindo em minha direção. Um rosnado alto rasgou pelo peito de Gross como um aviso.
- Suba, Rory. - uma ordem dada por ele, eu não sei o que aconteceria aqui em baixo mas duvidava que eles iriam jogar impa ou par. - Suba agora!
Me afadtei de Brass e corri em direção as escadas, quando primeiro prato caiu quebrado no chão pela força com que eles se atracaram eu gritei. Eles iam se matar. Mas o que estava acontecendo aqui?
Lembrei rapidamente do botão ao lado porta, o alarme para chamar os guardas, o problema era que a luta já estava indo para a sala e eu teria que atravessa-la para chegar na porta. Maldito botão distante. Era isso ou deixar que eles se ms tem e destruam a casa.
Em um ato de loucura eu corri pela sala destruída, o som de rosnados e socos eram altos e estavam me deixando assustada. Para completar meu azar acabei tropeçando nos meus próprios sapatos que tinha deixado perto da porta batendo a cabeça fortemente na parede. Fiquei momentaneamente tonta e me estiquei apertando o botão. Meu corpo se encolheu ali naquele cantinho enquanto eles se matavam. Mas o que diabos aconteceu com esses dois?
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Gross - Novas Espécies [L9]
FanfictionLivro 8 Zona oito. Tempestuoso e bruto, criado para matar ele nem imaginava que a liberdade que tanto almejava seria tão vazia quanto sua antiga "casa". Aos poucos viu seus irmãos sendo resgatados e aceitou ajuda-los a se adaptar na Zona Selvagem...