Capítulo 22

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Acordei sendo esmagada por um braço grande, Gross estava me abraçando com força enquanto dormia. Fiz um movimento leve para virar em sua direção e fiquei encarando seu rosto enquanto dormia. Depois do sexo ele me contou sobre ser marcada e me pediu que eu lhe dissesse quando estivesse pronta. Foi muito gentil da parte dele ter conversado comigo antes de fazer qualquer coisa, Gross era diferente em todos os aspectos e eu me sentia estranhamente sortuda por tê-lo. Ele não se afastou ou me julgou quando soube da doença, mas se prontificou a me ajudar, a combate-la juntos todos os dias. O que mais eu poderia querer de alguém? Eu não queria que me perdoassem, queria alguém que me mostrasse o quão errado eu estava agindo e consegui, isso sim é amor de verdade. Aquele que acima de qualquer coisa quer te ver bem. E o sexo... Que sexo... Ter ele me preenchendo completamente foi como estar em um paraíso particular, não tinha um canto dentro de minha intimidade que ele não tocava. Olhando ele dormir tranquilamente eu tive a brilhante ideia de antecipar meu trabalho, já que eu não podia sair daqui e claramente não queria, teria que arrumar outra forma de mandar tudo para o juíz.

Deslizei para baixo de seus braços e me livrei do aperto, peguei meu notebook e comecei a organizar todos os relatórios que eu tinha feito ontem, colocando tudo na ordem das provas que estava mandando. Por fim fiz um pequeno discurso sobre as leis e o caso, enfatizando que não tinha me apresentado pessoalmente por causa da minha segurança, o que não era uma mentira se levasse em conta minha saúde o propósito por estar em Homeland. Tive que usar algumas citações, e prints de mensagens de texto trocadas com Jessie para fortalecer minha palavra, assim minha ausência não seria questionada. Depois de revisar tudo três vezes eu enviei o e-mail para o juíz, torcendo mentalmente para que ele levasse em consideração tudo que eu tinha mando, que observasse bem as provas e tomasse uma decisão justa. Carlos ser julgado por Homeland, é meu principal objetivo e não conseguir isso realmente seria devastador. Eu iria a audiência, tomar meu lugar de acusação, mas, tinha perfeita conciencia que ele poderia muito bem subornar o júri e vencer o caso tão facilmente quanto retirava as vidas das testemunhas. Ele era um bastardo manipulador.

— O que estava fazendo? – Gross me encarou com olhar preguiçoso, parecia que ele não dormia bem há muito tempo. Sorri antes de responder. – Trabalhando. Não podia esperar mais, estava ansiosa. Como você está?

— Nunca dormi tão bem. – seu olhar sobre mim foi tão suave, e quase espantado quando eu perguntei como estava. – E você, como está?

— Eu estou bem. Agora estou muito melhor... – tanto por ter ele aqui ao meu lado, quanto por ter finalmente terminado meu trabalho.

— Vem aqui. – levantei do chão onde estava sentada com meu notebook sobre as pernas e o coloquei de lado, em seguida deitei na cama próximo ao seu corpo. Gross me rodeou com seus braços e me puxou contra o seu peito. – Podemos conversar?

— Podemos, o que aconteceu? – ele negou, apenas me encarando com um olhar leve, não parecia ser nada de ruim já que sua fisionomia continua a mesma.

— Você aconteceu. Eu quero ir devagar, quero que se acostume comigo e me permita ficar cada vez mais perto. Te falei ontem sobre a marca e prometo que não farei até que esteja pronta. Eu não quero assustar você, ou que ache que tudo que sinto é apenas tesão. Meu desejo é cuidar de você todos os dias, porque não vejo um futuro sem que eu esteja ao seu lado... – segurei as lágrimas para que não começasse a chorar, ele continuou. – Sei que para você eu me apeguei fácil, mas eu quero que entenda que eu esperei por você durante muito tempo. Eu esperei por alguém que iria fazer meu instinto animal se tornar possessivo, chamar de lar. Então se algum dia eu avançar um passo de repente, é porque o que eu sinto por você é muito forte e vai além do que eu possa explicar. Só tente me entender, assim como eu vou tentar te esperar até que esteja pronta para realmente acasalar comigo. Rory? Diga alguma coisa, estou ficando preocupado.

As palavras não saiam, era como se ele tivesse roubado todo o meu ar. Sim, ele era fodidamente intenso, e eu sentia algo por ele um tanto mais forte do que desejo sexual. Gross me compreendia, me abraçou quando eu achei que não merecia e está tendo paciência comigo, me esperando por mais que tudo dentro dele diga ao contrário. Eu realmente não sei o que dizer. Um sorriso torto se for ou em meu rosto, afundei minha cabeça em seu peito e fiquei ali por um tempo, sentindo seus músculos rijos sob meu rosto.

— Obrigada, Gross. Obrigada por me esperar, por me ajudar e estar aqui ao meu lado. Por me colocar acima das suas necessidades... – e a voz se perdeu quando encontrei seus olhos laranja sobre mim.

— Obrigado por me dar uma razão para acordar todos os dias... – seus dedos desenharam meu rosto e desceu para a minha nuca onde ele me puxou para seus lábios.

O beijo começou doce e delicado, ele estava tenso, com medo. Depois de alguns segundos ele relaxou, levei minha mão ao seu rosto e fiz um leve carinho. Sua língua pediu passagem e eu concedi me deixando levar pelo sabor da sua, ele explorava minha boca com destreza e eu permiti que a minha língua bailasse com a sua em uma dança erótica que estava me ascendendo em chamas por dentro.  Gross se moveu rápido sobre a cama prendendo meu corpo sob o seu robusto, seu membro estava duro, pulsante, eu podia sentir, e minha calcinha já estava encharcada.

Gross - Novas Espécies [L9]Onde histórias criam vida. Descubra agora