- Onde está meu gatinho preferido? Oh, você está tão lindo hoje 465. Tenho um trabalho para você. - a doutora Kisha, a mulher que me infringia dor. Dois guardas entraram na cela com armas carregadas, eu era sim um macho explosivo, impaciente, bruto. Mas sabia a hora de apenas obedecer.
- 465 é um avanço, doutora Kisha. Seus testes tem ficado cada vez mais eficientes. - uma outra fêmea tagarelava sobre mim de frente a doutora.
- Ele é o meu gatinho, mas não é meu maior tesouro. Cuide bem dele doutora Losier, eu o criei para ser o mais calculista dos meus filhos. - então eu seria vendido, já tinha visto outros dos meus irem embora e nunca mais retornar, essa era a minha vez.
Devagar, fui conduzido até uma coisa prateada, ouvi eles comentando que aquela coisa se chamava carro, iria nos levar para um novo laboratório. Entrei e me sentei no chão gelado encarando os olhos azuis da doutora que me comprou, eles tinham uma maldade tão crua quanto os de Kisha.
Demorou muito tempo balançando de um lado para o outro até que finalmente parou, a porta foi aberta e puxaram as correntes para que eu descesse do carro, assim fiz. O local era estranho, diferente do antigo laboratório que eu vivia, tinha cinco machos que ao me encararem nos olhos deram um passo para trás, como se eles soubessem o peso de catastrofes que eu levava nas costas.
- Coloque-o na cela especial, quero ver do que ele é capaz. - os machos obedeceram rapidamente a doutora e me levaram para uma cela grande com paredes transparentes. Estava com um cheiro forte do produto que eles usavam para limpar sangue. - Pegue o macho 403, e solte os dois.
Soltaram minhas correntes temerosos, eu podia sentir o cheiro do medo deles, mas eu não faria nada fui ensinado assim. Depois que eles saíram me deixando sozinho demorou alguns minutoa para outro macho ser jogado dentro da cela, ele era um pouco menor que eu e o seu cheiro denunciava ser um canino. Estava revolto e batia nas paredes transparentes com força.
- 465, mate-o. - foi uma ordem, o macho rapidamente se colocou em posição de ataque provavelmente achando que ganharia a luta, ele rosnou alto e avançou em minha direção, senti aquele queimor no meu corpo e de repente ferveu tudo por dentro. O macho me jogou contra a parede e começou a desferir socos contra mim, sem pensar segurei o seu braço e o torci ouvindo o barulho dos ossos se quebrando com uma certa resistência, ele tentou revidar mas era tarde já tinha agarrado o seu pescoço e o quebrei jogando o corpo do macho no chão. - Im.pre.cio.nan.te.
[···]
Estava sentado em minha cela comendo tranquilamente, eu era o único macho que não ficava preso o tempo inteiro contra a parede, sabia que se me comportasse teria um pouco do tratamento humano, infelezmente os outros machos não entendiam isso. Mais uma vez vieram me buscar em minha cela, eu achei que era mais um macho problemático mas depois de um tempo sozinho jogaram uma fêmea humana lá dentro. Ela tremia e chorava ao me ver, o que queriam que eu fizesse com ela? Era pequena e magra demais muito diferente das fêmeas que me forçavam a acasalar, e mesmo que fosse isso essa não era a sala que costumavam me levar.
- Mate-a. - a humana tinha cabelos loiros e a pele avermelhada, estava com tanto medo de mim que eu hesitei, dei um passo atrás e neguei com a cabeça para o lugar que eu sabia que a doutora iria poder ver. - Como assim, não? É uma ordem! Obedeça!
- Não. - rosnei para a doutora, ela riu e de repente eu ouvi o destravar de alguma coisa, a humana segurava uma arma em suas mãos, ela apontava para mim. - Não vou machucar você. - garanti a ela mas parecia não me escutar, a arma disparou em mim uma vez e meu corpo desequilibrou. - Pare com isso. - rosnei para ela mas atirou novamente, e de novo, de novo. Comecei a ir em sua direção, uma tela vermelha sendo posta a minha frente, o fervor da droga dentro de mim como combustível. A última coisa que ouvi foi o seu grito antes da sua cabeça ser rapidamente separada do corpo.
- Agora sim eu tenho a arma perfeita. -
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Gross - Novas Espécies [L9]
FanfictionLivro 8 Zona oito. Tempestuoso e bruto, criado para matar ele nem imaginava que a liberdade que tanto almejava seria tão vazia quanto sua antiga "casa". Aos poucos viu seus irmãos sendo resgatados e aceitou ajuda-los a se adaptar na Zona Selvagem...