Estava limpando as vitrines da loja quando Daniel se aproximou ,estava sério não havia o menor vestígio de um sorriso, imaginando que fosse mais uma de suas brincadeiras dei -lhe um soco de leve no braço.
-Dessa vez não vou cair nas suas pegadinhas .indago
- Não é pegadinhas, sinto muito Emma mas seu pai morreu
--Essa brincadeira não tem graça Daniel.
-Sua mãe acabou de me ligar agora, parece que ele teve um enfarto
Fechei os olhos igual como eu vazia quando era criança na esperança que quando abrisse tudo não passaria de um sonho, quando abri no entanto Daniel continuava ali me olhando com pesar.
-Vem, vou te levar para casa .
O caminho de volta a casa foi silencioso, tudo que eu queria era chegar em casa e ver que tudo havia sido um engano, meu pai estaria sentado na sua poltrona favorita folheando o jornal enquanto bebericava uma xícara de café mas assim que desci do jipe notei que havia alguns carros estacionado na frente da minha casa entrei correndo encontrando pelo caminho várias pessoas, umas conhecidas outras não vestidas de preto, minha irmã estava recostada no divã ao lado de seu namorado ,seus olhos estava inchados e vermelhos, ao me ver aproximar ela se levantou e se jogou nos meus braços seus soluços irrompendo na sala silenciosa.
-O papai ,o papai está morto e agora o que será de nós. ...
Não respondi apenas a abracei mais forte querendo expurgar de dentro dela e de mim essa dor.
-E a mamãe? indago
-cuidando das papeladas para o enterro do papai.
O corpo de meu pai chegou às duas horas e naquele momento a ficha caiu ,meu pai realmente estava morto .Me aproximei do caixão, e lá estava o homem que era meu herói, meu ídolo , pálido, e imóvel e pela primeira vez naquele dia as lágrimas rolaram .
Durante o enterro minha irmã ficou ao lado de luis ,e eu com minha mãe que chorava como um bebê nos meus braços e por ela tentei me manter forte, guardando dentro de mim as lágrimas. sinto uma mão familiar nos meus ombros me viro encontrando tessa e analice Cowell.Analice me dar os pêsames com seu jeito discreto, e logo vai confortar minha mãe e minha irmã, já tessa impulsiva como sempre simplesmente me abraça.
-Sinto muito Emma, vocês não mereciam estar passando por isso mas pensem que seu pai estar num lugar muito melhor agora.
Engolir o bolor que havia se formado na minha garganta e me soltei do abraço de tessa.
-obrigada, significa muito você ter vindo aqui hoje.
-Pode chorar amiga, estou contigo.
-Eu tenho que ser forte por elas
Olhei para minha mãe e irmã e elas estavam arrasadas, precisava de mim, meu pai ia querer isso de mim, ele sempre me ensinou a ser forte. Daniel depois de depositar um ramalhete de flores sobre o túmulo de meu pai ele se aproximou de mim e me abraçou, havia apenas conforto no seu abraço e por um instante senti que tudo aquilo era um sonho.
-Obrigado por tudo Daniel
-você sabe que estou sempre aqui,tudo que precisar é só dizer que eu farei.
Voltamos para casa, e eu senti que sem meu pai aquela não era mais minha casa, havia apenas solidão, vazio, minha mãe se trancou no quarto, evie saiu com Luis alegando que precisava esquecer e que voltar para casa só a faria se lembrar,não podia culpar -la, tudo aqui lembrava ele ,a velha poltrona estofada que era onde ele sentava todo dia para assistir ao jornal, ou o cinzeiro sobre a escrivaninha , ou a garrafa de conhaque escondida dentro da estante,ele bebia escondido já que minha mãe o tinha proibido desde a minha festa de 15 anos quando depois de ter bebido demais ele tinha expulsado todo mundo da festa,somente eu sabia do seu esconderijo e as vezes quando estava só nós dois em casa bebia com ele , era tipo nosso segredo particular.
De uma coisa eu tinha certeza absoluta ,nossa vida jamais seria a mesma, sem ele é como se houvesse cortado o fio invisível que mantinha nossa família de pé .Um choro abafado me arrancou dos meus pensamentos
e em instantes eu estava no quarto da minha mãe com ela nos meus braços aos prantos, me lembro das noites de tempestades quando assustada eu corria para esse mesmo quarto e dormia abraçada a minha mãe e a meu pai .
'''''Ah papai , quanta falta você irá fazer.
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Debaixo do mesmo céu
RomanceEle perdeu os movimentos das pernas num trágico acidente, agora condenado a uma cadeira de rodas , a culpa, a insegurança, são suas companheiras, não por muito tempo pois a chegada ,dela IRÁ balançar seu mundo de cabeça para baixo fazendo -o enf...