Capítulo 2

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P.O.V  CAROL

Acordo com o despertador e me levanto embora esteja muito cansada. Caminho até o banheiro e tomo uma ducha para despertar, o que foi em vão porque ainda continuo com sono, caminho até a cozinha média que há na minha casa e preparo um café forte para dar um ânimo. Me sento para tomar o café e resolvo então dar uma espiadinha no meu telefone. 

"Você sumiu Carol, não falou mais nada comigo." - disse Felipe, meu namorado. Suspirei. 

"Desculpa amor, eu estava no show e quando cheguei fui direto dormir". - respondi. 

"Você não passa mais tempo comigo". - replicou. 

"Okay Felipe venha aqui em casa hoje à noite." - respondi em rendição e bloquei o telefone. 

P.O.V  DAY

Depois daquela noite eu não consigo tirar a ruiva da cabeça, queria poder conhecê-la, descobrir seus gostos, suas manias, mas não, a vida insiste em ser um INFERNO comigo, e agora estou aqui presa nessa mesa com pilhas e mais pilhas de papéis que tenho que resolver até o fim do expediente. Sinto falta de cantar e tocar como eu fazia anos atrás mas essa vontade me foi arrancada com o tempo. 

Toc Toc. - alguém bate na porta. 

- Entre. - Me pronunciei.

- Desculpa, te interromper Srta. Limns. - Mas o Senhor Adalton quer que você apresse os papéis o mais rápido possível. - disse um  rapaz novo, provavelmente estagiário. 

- Tudo bem. - respondi sem enrolações e o mesmo fechou a porta em seguida. 

- MERDA. - sussurei. 

Já sei o quão tarde eu vou sair daqui e sei que não vai demorar muito pra Bruna surtar comigo e hoje eu estou sem um pingo de paciência, eu só queria voltar aquele show, ver aquela ruiva que cantando como um anjo que caiu do céu, aquele sorriso que não sai da minha cabeça, ela tem um lindo sorriso. 

                                                                                   *               *              *

Chego em casa exausta e querendo apenas a minha cama e o meu sossego, mas já pressinto que não é isso que vai acontecer hoje. Subo para tomar meu banho enquanto Bruna não chega, ajeito meu quarto e todas as coisas que estão fora do lugar. Até que escuto alguém bater na porta e sei quem é que bate nela então logo abro. 

- Oi amor. - disse Bruna. 

- Oii. - respondi tentando não parecer fria. 

- Vamos assistir um filme? - sugeriu. 

- Vamos. - respondi sem empolgação. 

Bruna se empolga e corre para fazer a pipoca eu subo para o quarto e busco a minha coberta e desço para o sofá, Bruna termina de fazer a pipoca e se senta ao meu lado, puxando um pouco da coberta pra si e encostando suas pernas em mim, terminamos a pipoca e Bruna levou o balde até o balcão da pia e voltou, e se recostou em mim encostando nossos corpos. 

Bruna num gesto rápido me beijou e se colocou por cima de mim, foi arranhando minhas costas e me beijando cada vez mais, desceu os beijos até meu pescoço e suplicou para que eu transasse com ela e assim fiz. Removi sua roupa e logo comecei a beijar sua boca, desci para seu seio e logo para sua intimidade e foi assim, nada de surpreendente. 

Bruna apaga e a levo para a cama, me deito ao seu lado e fico pensando na ruiva que não sai da minha cabeça. 

P.O.V  CAROL 

Felipe chega e me beija, despeja a pizza sobre a mesa e ali nos sentamos para comer.

- como foi seu dia? - perguntou.

- normal e o seu? - respondi.

- ah, estressante como sempre. - respondeu em tom de cansaço.

terminamos de comer e fomos ver TV, Felipe recosta a cabeça nas minhas pernas e assiste atentamente a TV, passava uma de suas séries favoritas. Até que ele se levanta num gesto rápido.

- Sabe Cah, faz tempo que a gente não transa. - disse ele.

- Eu ando cansada fê. - debati.

- Eu sei mas eu preciso de você e você só se afasta, não fala comigo como devia, não fica comigo como devia. - falou e senti o quanto ele estava certo.

- Você tem razão meu bem, me desculpa. - falei baixo e ele logo me beijou.

Felipe me beijou tão calmo e ao mesmo tempo feroz e ansioso pra arrancar as minhas roupas e entrar no meu corpo como se nunca tivesse entrado.

Felipe me recostou no sofá e foi tirando a minha roupa e por mais errado que pareça eu apenas consigo lembrar da morena no show... Felipe beija meu peito, desce os beijos, desce com as mãos e então começa, e eu permaneço inerce e ele não percebe nada, sentia nada, ele entrava e saia de mim e eu não sentia nada, fingia uns leves gemidos mas meus pensamentos voavam longe, meus pensamentos estavam naquela morena, mas por que penso tanto nela? nem sei seu nome, se namora, se gosta de girassóis, se gosta de músicas ou livros, logo eu que nunca pensei em mulheres do jeito que penso nela, cá estou eu, perdida naqueles olhos que tanto me fitavam..

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora