Capítulo 4

581 71 17
                                    

dias depois...

P.O.V DAY

Bruna e eu acabamos de entrar em uma discussão porque eu não a avisei que sairia com meus amigos. 

- PORRA DAY, ASSIM NÃO DÁ, NÃO MESMO. - vociferou 

- Você fala como se você fosse um anjo, você inúmeras vezes vacilou comigo e eu tentei consertar tudo, agora me diz, você já tentou? - retruquei e logo ela ficou quieta e me retirei. 

Peguei a chave do carro, entrei no carro, e comecei a andar pela cidade e parei na cafeteria central da cidade. Me sentei e pedi um café, ao abrir a minha carteira me deparo com o cartão da ruiva. Pego ele em mãos e começo a pensar enquanto bebo meu café. Qual seria a desculpa perfeita para vê-la? 

Termino o café e caminho pelo estacionamento do local, havia estacionado meu carro na parte deserta do estacionamento e logo vejo um gatinho abatido, parecia com fome, caminhei até o gatinho e o verifiquei para ver o que era, me partiu o coração, pensei que também seria uma bela desculpa para ir até a ruiva e com todo cuidado o peguei, aconchegando-o no meu colo, caminho até o carro e o coloco no banco do passageiro. 

Pego o cartãozinho e verifico onde é o endereço, que alias não é muito longe daqui, e então dou partida no carro e percorro o caminho até a clínica veterinária. 

Chegando à clínica, pequena por sinal, mas muito aconchegante e arrumada, me perguntei se foi ela mesma que pensara nessa arrumação. Chego até a recepcionista e peço para que o gatinho fosse atendido, ela pede para preencher o formulário de atendimento e logo preencho. Ela pede para aguardar e assim faço, me sento e aguardo ansiosamente ser chamada. Até que depois de alguns minutos eu sou chamada e encaminhada para a sala.

- Licença. - falei. 

- Entre. - disse aquela voz doce e suave, ao entrar percebi a sua surpresa. - Você aqui? - disse sorrindo e me fez sorrir de volta. 

- Sim, eu aqui. - ri. 

- O que aconteceu com essa coisinha linda? - perguntou. 

- O achei na rua e resolvi trazer aqui. - respondi. 

- Ah que gesto mais lindo. - comentou, colocando o gatinho sobre uma grande mesa de Inox. - Olha é uma fêmea. - comentou novamente. 

- Que interessante. - respondi. 

- Já pensou em algum nome? - perguntou. 

- Keana, o que acha? - perguntei. 

- Uau, você tem bom gosto, eu amei. - respondeu. 

E fiquei ali naquele consultório, ouvindo ela falar como cuidar, o que fazer, o que é contra-indicado, e eu apenas observava a sua beleza, o quanto exuberante ela era e como cada gesto me fazia simplesmente enlouquecer. Nos despedimos e fui até o pet shop comprar todos os itens necessários, e segui para casa. 

P.O.V CAROL

Chego em casa, após o dia cansativo que eu tive e tomo um banho, penso em tudo o que ocorreu hoje. Pensei que nunca mais fosse ver a morena e simplesmente num piscar de olhos ela estava a minha frente, eu não sei o que é que ela tem, mas me prende, me faz pensar nela todos os minutos e eu não aguento mais essa de sumir e voltar, sumir e voltar. Eu preciso fazer alguma coisa, eu preciso falar com ela. 

Começo a revirar minhas coisas, à procura das fichas de todos os bichinhos da clínica onde contém informações de cada dono, procuro e parece que nunca vou achar até que..

- ACHEI. - gritei pra mim mesma em tom de felicidade. 

Pego a ficha e logo procuro o número, pego meu telefone e sem pensar, sem cogitar a situação, eu digito e salvo em meu telefone, cogito em mandar mensagem, mas apenas fico fitando a tela até que então sem pensar, sem raciocinar eu mando. 

- "Oii." - escrevi. 

Foram os minutos mais longos da minha vida, a mistura de medo de não ser respondida, ou de ser interpretada errada mas mesmo assim, não desgrudei o telefone de mim até que.. 

- "Oi." - respondeu com emojis felizes e eu sorri. 

- "Tudo bem?" - perguntei. 

- "Sim e você?" - perguntou.

- "Bem." - respondi com emojis felizes.

- "Estava pensando aqui, e a gente pode marcar de sair, fazer alguma coisa, o que acha?" - perguntou. 

- "Acho maravilhoso." - respondi. 

- "Então, vamos sair amanhã depois do seu expediente? Você pode?" - perguntou. 

- "Sim, posso sim." - respondi.

- "Ok, te vejo amanhã no seu serviço" - comentou com emojis felizes novamente. 

E ali eu bloquei o telefone e respirei fundo com sorriso de orelha a orelha, não imaginei que ela fosse tão direta assim, tão rápida, eu achei que fosse dar tudo errado ou que ela não fosse querer falar comigo, mas foi totalmente contrário e estou explodindo de felicidades, sei nem que felicidade toda é essa, mas simplesmente estou ansiosa. 

Coloco o celular pra carregar e me cubro para dormir, quem sabe assim não passa mais rápido a hora de ver a morena, o problema é eu despistar o Felipe... Mas deixamos isso para amanhã.

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora