Capítulo 8

474 59 6
                                    

P.O.V DAY

3 semanas depois..

Hoje se completa 3 semanas que não sei o que é ver Carol, pra dizer que não a vejo, as vezes a encontro com o namorado dela e eles parecem bem juntos e isso me frustra tanto. O jeito que ela conseguiu seguir a vida dela como se nada tivesse acontecido e eu aqui finalmente separada da Bruna mas a mesma não deixa me atentar de vez em quando.

Queria saber como, qual o método, qual a técnica que ela usou para descartar-me e excluir-me da vida dela em um lapso. Queria nunca ter criado tantas expectativas nela, logo eu que nunca fui de me apaixonar por alguém, me apaixonei por ela, e infelizmente não foi correspondido. Devido a série de sentimentos que eu sentia pela Carol meu relacionamento com a Bruna foi cada vez mais infeliz, cada vez mais insuportável e por fim decidir ficar sozinha do que ficar com Bruna. 

Hoje estou aqui no meu escritório, virada para a vidraça enorme de vidro olhando como é a vista da cidade daqui de cima, estou de costas para a porta, então ouço a mesma ser batida. 

- Toc Toc - alguém bateu na porta.

- Licença Srta. Limns, mas tem uma moça que não sai de jeito algum daqui e insiste em falar com você - disse meu secretário Jordan. 

- Deixe-a entrar então, Jordan. - respondi. 

- Tem certeza Srta por qu... - 

- Deixe-a entrar Jordan. - o interrompi. 

Jordan saiu, ouvi a porta ser fechada, logo em seguida a ouvi ser aberta e ouvi os passos da pessoa mas continuei virada para a vidraça que havia em minha frente. 

- Day? - perguntou uma voz muito familiar e logo me virei para ver de quem se tratava e logo me espantei. 

Era a Carol, mas dessa vez completamente diferente do que eu a conhecia, sua fisionomia estava mais magra, suas vestes estavam caídas devido a perda de quilos, seu rosto que antes era perfeito, sem marca alguma, agora é feito de marcas, algumas marcas roxas. 

- O que aconteceu com você? O que você faz aqui? - questionei. 

- Me desculpa Day.. - disse com os olhos cheios repletos de água. 

- Sente-se. - ofereci e a mesma se sentou. - O que aconteceu? - perguntei delicadamente. 

-  Fe..fe.. - tentou. 

- Felipe? - perguntei e ela assentiu com a cabeça. - O que ele fez com você Carol? - perguntei. 

- Me machucou. - respondeu assustada. 

- Por que? - perguntei. 

- Porque eu ia apenas tocar no PUB, isso do nada, estávamos bem e ele nunca foi de fazer isso, apenas me agredia verbalmente, dessa vez ele me machucou, disse que a culpa era minha e que eu ficava me engraçando nos outros do PUB. - respondeu e aquilo foi como um tiro. 

- Venha cá. - pedi e a mesma veio. - Senta aqui no meu colo. - e a mesma se sentou. 

- Me desculpa por falar com você daquela maneira, me desculpa por não ter pensado em você, me desculpa por ter sido idiota com você Day, mas o que eu sentia por você estava começando a crescer demais e era injusto com Felipe naquele tempo. - disse e eu logo envolvi uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha e sem pensar a beijei. 

Foi um beijo e tanto, um beijo calmo, tranquilo, no inicio Carol hesitou mas logo correspondeu e ali estávamos, nos beijando, foi um beijo especial, um beijo único. Logo nos separamos e a mesma me abraçou e ficamos abraçadas ali durante um bom tempo. E eu até tinha me esquecido que estava no trabalho. Então ela se levantou. 

- Acho que vou voltar pra casa, não quero te atrapalhar. - disse ela. 

- Não está me atrapalhando, aliás, já acabou meu expediente. - sorri. - Vamos, vamos sair daqui. - disse a puxando e logo caminhamos até o carro. 

- Onde vamos? - perguntou ela. 

- Para minha casa. - respondi e a mesma não entendeu. - Vamos ficar um pouco lá. - então a mesma concordou com a idéia. 

Fomos para a minha que por sua vez também era pequena mas era bem confortável, arrumada, com os mesmos gostos que a Carol. E logo vi a Carol correr para a estantes de livros e se perdia ali, fui até a cozinha para fazer um lanche para a gente. Fiz um sanduba bem gostoso do jeitinho que nós duas gostamos e os coloquei sobre a mesa. Logo ela se sentou e nós duas comemos. 

Fomos para a sala e nos deitamos no sofá que por sua vez era quase um sofá-cama. Carol se recostou no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em sua cabeça. 

- E se sua namorada chegar aqui e me ver assim com você? - perguntou preocupada. 

- Eu não namoro mais. - respondi e logo Carol levantou sua cabeça e me olhou. 

- Como assim não namora mais? E a Bruna? - perguntou. 

- Eu terminei com ela. - respondi. 

- Mas por que? - perguntou. 

- Porque o relacionamento já estava insuportável e eu não sentia mais o mesmo. - respondi. 

- Por que não sentia mais o mesmo? - perguntou curiosa. 

- Porque eu gosto de outra pessoa. - respondi e a mesma não fez mais perguntas. 

Depois de longos minutos, o telefone de Carol começa a apitar com mensagens e a mesma abre elas desesperadamente. 

- Tenho que ir. - disse ela. 

- Que? Por que? - perguntei sem entender. 

- Felipe chega daqui alguns minutos e se eu não tiver em casa ele vai perguntar. - disse ela. 

- Sério que depois de tudo o que ele fez você ainda vai se importar com ele? - perguntei chateada. 

- Eu tenho que ir Day. - disse ela me dando um beijo na bochecha. - Tenho que ver ele. - acrescentou e se despediu e não dei idéia. 

Não acredito que depois de tudo o que ele fez, ela vai atrás dele, logo dele que a machucou, isso me consome uma raiva tão grande, mas tão grande, e agora vai se deitar com ele como se nada tivesse acontecido. E agora está me batendo os ciúmes, eu sou uma idiota por me apaixonar por ela. 


Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora