Capítulo 18

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P.O.V DAY

Acordo exausta, com muita dores na cabeça, olho pro lado e vejo a garota da noite anterior, a minha expressão é de desgosto, então me levanto e caminho em direção ao chuveiro e tomando uma ducha bem geladinha pela manhã, me seco e então me arrumo. 

- Acho melhor você ir. - digo para a menina que acabara de acordar. 

- É, eu vou indo, você vai me ligar? - perguntou estendendo um papelzinho. 

- Vou sim. - menti. - Qual seu nome mesmo? - perguntei. 

- Raquel. - disse ela. - E o seu? - perguntou. 

- Day. - respondi. 

Raquel estava descendo as escadas para entrar no Uber que havia pedido, quando alguém toca a campainha, então vou até a mesma e abro, me assusto com que eu vejo, meu pai. 

- Oi filha. - disse ele sorridente.

- Oi pai, o que faz aqui? levou alta? - perguntei preocupada. 

- Relaxa, vim passar uns dias com você, a Doutora disse que não haveria problemas. - disse ele. 

- Ok pai, tem um quarto pro Senhor bem ali. - digo apontando para um quarto próximo da cozinha. 

- Quem é ela? - perguntou meu pai olhando a Raquel. 

- É.. então... - tentei. 

- Já entendi. - disse ele emburrado. - Prazer meu nome é Dario. - acrescentou ele. 

- Meu nome é Raquel, me desculpe atrapalhar, aliás meu Uber já chegou. - disse ela saindo ela porta sem jeito. 

- Tchau. - falei. 

Fechei a porta, respirei fundo, ouvi os passos do meu pai rodearem a sala e então o mesmo se sentar no sofá, me virei e o mesmo estava esperando que eu dizesse algo. 

- Então não vai me contar quem é a moça? - perguntou. 

- Eu a conheci no PUB pai. - respondi sem jeito. 

- Ah.. no PUB.. Day você precisa parar com isso, você acha mesmo que isso irá satisfazê-la? - perguntou.

- Mas pai... - tentei. 

- Mas nada Day, estou decepcionado, cadê as suas responsabilidades, sabe muito bem que só você pode assumir as coisas, Danilo não quer nem um pouco. - disse ele. - Mas o que me deixa mais inquieto é, onde está aquela menina que você me falou no Hospital? - questionou.

- A Carol? - ri. - Ela terminou comigo do nada, estávamos bem, e então no outro dia ela postou foto com Felipe sendo que ele a maltratava muito. - respondi triste.

- Filha, tem certeza que ela terminou por que queria mesmo? - perguntou meu pai. 

- Pai ela quis isso. - respondi. - Eu não quero mais falar sobre se você não se importa, preciso sair e respirar um pouco. - falei e o mesmo acenou pra mim. 

Sai, fui caminhar pelo shopping, dar uma volta, me sento para tomar um milk-shake de morango, quando de repente vejo Elana com seu filhinho, a mesma acena para mim e caminha até a minha direção. 

- Oi estava mesmo querendo falar com você. - disse Elana. 

- Sobre o que? - perguntei.

- Carol. - respondeu. 

- Eu não quero saber dela, ela me fez de idiota, e agora está com Felipe de novo. - falei. 

- Ei mocinha se acalme. - disse ela. - Eu estou preocupada com a Carol, Day. - disse ela.

- Tá mas e ai? Ela nem se importou como eu ficaria também. - respondi. 

- Day, para, estou falando sério. A Carol está estranha, está fechada, está mais magra, percebi que anda usando muita base pelo corpo mas pra esconder o que? - perguntou e aquilo me fez acordar. 

- Felipe... - respondi. 

- O que tem ele? - perguntou. 

- Só pode ser ele, ele que a mandou fazer tudo isso, ele está com a Carol, ele está machucando a Carol. - falei sem acreditar que estava cega pra isso. 

- Como assim? - perguntou. 

- O Felipe batia na Carol, um dia consegui pegar ele no ato e bati nele o mesmo desmaiou mas antes da polícia chegar ele fugiu, ele só pode estar com a Carol. - expliquei. 

- Meu Deus Day e agora? Temos que buscar a Carol. Minha amiga está nas mãos desse monstro. - disse ela. 

- Eu vou conversar com os seguranças do meu pai, irei até lá buscar a Carol. - respondi. 

Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora