Capítulo 3

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3 semanas depois

P.O.V DAY

Acordo e vejo a silhueta de Bruna ao meu lado, me levanto e entro no banheiro para tomar uma ducha. Me pego pensando e meus sentimentos são estranhos, completamente estranhos. Me vejo pensando na ruiva, em como deve ser o seu gosto, as suas curvas, o seu beijo...

- Amor?! - disse Bruna entrando de supetão. 

- Oi. - respondi assustada. - o que foi?

- Você está minutos ai parada, aconteceu alguma coisa? - perguntou e eu logo fechei o chuveiro. 

- Nada. - respondi pegando a toalha e me enrolando. - estou atrasada. - acrescentei beijando a sua testa e saindo. 

Me arrumei o mais rápido. Bruna iria pra casa dos pais novamente e nem fiz questão de ir. Permaneço no meu trabalho até quase 19h e então me lembrei que hoje é dia de PUB e pensei logo em ir. Talvez a ruiva esteja lá, faz 3 semanas que vou ao PUB somente para vê-la e em todas apenas aprecio a sua beleza. Não sei o por que estou pensando na hipótese de encontrá-la mas mesmo assim não penso duas vezes em ir direto pra casa me arrumar e dessa vez vou sozinha.

Chego no PUB que como sempre, está cheio e logo me apresso em sentar no mesmo lugar da última vez, no canto, no lugar recluso, exatamente onde posso enxergar a ruiva perfeitamente, sorrio sem querer em meio ao público lembrando da ruiva. Está me dando frio na barriga, estou ansiosa ao ponto de ficar gelada e mexendo as pernas inquieta. E ter que esperar 20 minutos foi a maior crueldade, foram os 20 minutos mais longos da minha vida. 

- E agora vamos a ultima atração da noite. - disse o apresentador. 

- Boa noite, é uma enorme gratidão estar aqui novamente. - disse sorrindo de uma orelha a outra o que me fez sorrir junto. Vou cantar uma música muito conhecida o nome dela é GIVE ME LOVE. - acrescentou. 

- Me dê amor... - sussurrei e logo sorri. 

Observo a ruiva de uma forma completamente diferente, com carinho e atenção, até que ela então olha para mim e sorri como todas as vezes. E sinto meu rosto corar. Então a ruiva prossegue seu repertório incrível e só então quando termina, ela começa a desconectar os cabos, arrumar tudo em seu devido lugar, a acompanho com os olhos e então a vejo caminhar até os bancos do balcão do bar. 

- coragem Day, coragem, é apenas uma mulher. - digo a mim mesma. 

Caminho até ela e só então me sento ao seu lado, me debruçando no balcão e pedindo um copo de chopp ao garçom. 

- Amei o seu show. - comentei sem jeito. 

- Nem sei se aquilo podia ser chamado de show, ninguém dava idéia. - respondeu. 

- Ah, obrigada por me chamar de ninguém. - ri. 

- Ah desculpa, muito obrigada pelo elogio. Qual seu nome? - perguntou. 

- Prazer, Day ou Dayane. - respondi. E o seu? - acrescentei.

- Não ouviu meu nome? - riu. Me chamo Carol. - respondeu.

- Se eu te falar que não ouvi, promete não me julgar? Estava focada em outra coisa. - respondi 

- Tudo bem. - respondeu rindo. Você gosta mesmo de vir aqui não é? Sempre que venho você está. - perguntou curiosa e logo me engasguei com a bebida. 

- Desculpas. Eu gosto sim, e como você sabe que venho aqui? - perguntei fingindo não saber. 

- Ora, onde você sentava dava pra ver você direitinho do palco. - respondeu. Ah, eu tenho que ir. - comentou olhando o relógio. 

- Vamos, eu te levo. - respondi sem pensar. 

- E o que me garante que você não vai me sequestrar? - perguntou rindo. 

- Qual é, não sou uma sequestradora. - comentei rindo. - Tudo bem. - acrescentou ela. 

Entramos no meu carro, que por mais pequeno que seja era bastante confortável, e reinou entre nós o silêncio, as únicas palavras que ouvia dela era as que me direcionavam até a sua casa. Então chegamos até a sua casa. 

- Obrigada Day. - disse.

- De nada. - respondi.

- Ah, esse é meu cartãozinho, eu sou veterinária e se seu bichinho precisar só me ligar. - disse oferecendo o cartão. 

- E se eu for o bichinho que precisa? - sussurei. 

- O que disse? - perguntou. 

- Obrigada por isso. - respondi tentando consertar a merda que eu fiz. - Boa noite. - acrescentei. 

- Boa noite. - respondeu. 

Sigo para casa, exausta, porém feliz de poder ao menos levá-la pra casa. Corro para tomar um banho e logo volto a cozinha para fazer uma janta rápida. Escovo os dentes e me deito.

P.O.V CAROL

Eu ainda não acredito que ela me trouxe aqui de carro, espero não ter sido um desastre, será que ela gostou de mim? será ? Ah por que é que ela me deixa tão feliz? Só sei o nome dela, é a única coisa que eu sei e isso me agonia, eu devia ter pego o número dela ao invés de dar a desculpa do cartão. Eu sei o quanto estou sendo errada com Felipe, mas tudo bem isso pode ser só uma amizade. 

Quero que chegue logo o próximo show no PUB para poder reencontra-la, espero que ela me ligue, nem que invente que algum animal esteja mal só pra me ver, quero vê-la, quero conversar, quero ouvi-la, quero isso logo. 

Guardo todas as coisas em seu devido lugar, tomo meu banho e me deito até pegar no sono..


Sempre foi você (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora